Conselheiros pretendem entrar na Justiça para limitar poder de presidente do Santa Cruz
Conselheiros buscam restituir o poder de decisão da SAF para as mãos dos sócios (Foto: Rafael Vieira/FPF)
Além disso, os conselheiros querem mais explicações sobre o possível rompimento do Santa cruz com a Volt - atual fornecedora esportiva
Nas Repúblicas Independentes do Arruda é possível observar uma verdadeira “guerra de liminares” para a definição do embate entre poderes Executivo e Deliberativo. O último capítulo desse conflito foi o retorno de Marino Abreu e Eduardo Cavalcanti, respectivamente, à presidência do Conselho e da comissão da SAF. Após solicitação de um grupo de conselheiros, o Marino deferiu o requerimento que solicita a realização de nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Segundo o conselheiro Jayme Fortunato, essa não será a única medida que os opositores devem realizar contra o Executivo.
“Entramos com um recurso na última sexta-feira no conselho para que retomasse a Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Isso foi deferido por Marino (presidente do conselho) que a gente poderia voltar, já estamos buscando para divulgar nos grandes jornais de circulação a nova data”.
“Teremos uma reunião e vamos definir a nova data e dentro de 45 dias vai se ter a nova AGE. Não foi preciso colher todas as assinaturas, porque a gente está dando prosseguimento à antiga AGE, que tínhamos solicitado e pela liminar ela tinha sido vetada, mas agora com como a liminar foi derrubada, a gente consegue voltar a ela novamente”, completou.
De acordo com Jayme Fortunato, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), tem como único intuito restituir o poder de decisão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para as mãos dos sócios do clube. “É uma assembleia que ela é única e exclusivamente para dar ao sócio do Santa Cruz o poder de decisão sobre a SAF. É pra tirar da mão de uma única pessoa, do executivo, e trazer para o sócio. Aquele mesmo sócio, aquele mesmo torcedor, que o próprio executivo fala que foi que construiu o Santa Cruz, de tijolo em tijolo. Ele hoje precisa ter o poder de decisão do futuro do clube. Isso não pode ficar só na mão de uma pessoa, tem que ser decidido pelo torcedor”, explicou.
Além disso, o grupo de conselheiro pretende entrar na Justiça para que o Chefe do executivo, Antônio Luiz Neto, tenha poderes limitados até a conclusão da AGE.“Essa é nossa luta, essa AGE vai acontecer, vamos também nos preparar, porque achamos que enquanto a AGE estiver em curso, o executivo não deveria ter o poder de decisão. Vamos entrar na justiça pedindo isso, vamos entrar direto na Recuperação judicial para acessar esse poder. O executivo também tem muitas outras coisas, como gestão temerária, tudo que vamos endossar nesse pedido para que seja respeitado pelo executivo e que esse poder volte para o sócio”, destacou.
Uma das próximas ações a serem realizadas é cobrar do Executivo coral para que haja explicações sobre uma possível quebra de contrato com a Volt - empresa de material esportivo do Santa Cruz. “Solicitamos outras coisas, principalmente, esclarecimentos sobre o contrato da Volt, que foi notificada judicialmente pelo Santa Cruz para o cancelamento do contrato. É o único patrocinador que vai até 2025, onde em janeiro tem um aporte de um milhão no clube. O Santa Cruz não tem outro fornecedor, não tem outra competição, fora o Pernambucano que não chega a esse valor de verba e estamos abrindo mão, cancelando esse contrato. Dentro da RJ você está perdendo receita, isso se torna uma gestão temerária”, apontou.
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