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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

CONDENADOS POR DANOS MORAIS

Justiça condena ex-patrões a pagarem indenização de R$ 2 milhões

Sarí e Sérgio Hacker foram condenados pela Justiça do Trabalho (Foto: Diario de Pernambuco/Arquivo)



Segundo TRT-6, Sarí Corte Real e Sérgio Hacker foram condenados por danos morais

Mais uma vitória na Justiça para a família do
menino Miguel Otávio, de 5 anos, que morreu ao cair de um prédio de luxo, Centro do Recife, em junho de 2020. 

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) condenou o ex-prefeito de Tamandaré Sérgio Hacker e a mulher dele, Sarí Corte Real, a indenizarem a mãe de Miguel, Mirtes Renata, e a avó dele, Marta Maria, em mais de R$ 2 milhões por danos morais. 
 
As duas atuavam como empregadas domésticas do casal, mas recebiam dinheiro da Prefeitura de Tamandaré, no Litoral Sul. 
 
A  sentença foi assinada pelo Juiz João Carlos de Andrade e Silva, no dia 6 de setembro deste mês. Ainda cabe recurso, segundo o TRT-6. 
 
O magistrado determinou que os réus paguem o valor de R$ 2.010.000 para a família de Miguel por danos morais ao trabalharem durante a pandemia de Covid-19. 
 
 O magistrado reconheceu que o casal permitia a presença da criança no local de trabalho, assumindo assim, o risco de eventuais danos a Miguel.
 
Sarí Corte Real já havia sido condenada, em 2022, a oito anos e meio de prisão por abandono de incapaz que resultou em morte.
 
A defesa recorreu e ela segue respondendo ao processo em liberdade.
 
O processo segue em segunda estância até o caso transitar em julgado. 
 
O Diario de Pernambuco tenta contato com a defesa de Sarí Corte Real e Sérgio Hacker para recercutir a condenação. 
 
O que diz Mirtes
 
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, Mirtes Santana disse que recebeu com “satisfação” a notícia da condenação do ex-patrões, mas que o foco da família é na conclusão do processo criminal contra Sarí. 
 
“Recebemos a notícia com ‘satisfação’, mas o meu foco está no processo criminal, que está nas mãos do desembargador responsável pelo processo, no qual ele já fez o relatório e enviou para outra desembargadora revisar. A gente está aguardando que se finalize para poder ser distribuído. Nisso pedimos celeridade neste processo, pois estamos há muito tempo aguardando que finalmente a justiça ao meu filho seja feita”, enfatizou Mirtes. 

Ainda segundo ela, não foi decidido ainda o destino do valor da indenização de R$ 2 milhões.
 
“Sei que ainda há recursos e que isso aí vai demorar um pouco para finalizar. Essas pessoas só sentem o peso de seus atos quando mexem no bolso. Então, é isso, ela acha que não fez nada de mal, que não são responsáveis por nada, e está aí a resposta das atitudes deles”, complementou.

Entenda o caso

O menino Miguel Otávio morreu após cair do 9º andar do prédio conhecido como as “Torres Gêmeas”, em 2 de junho de 2020.
 
No momento do acidente, ele tinha sido deixado pela mãe, ex-trabalhadora doméstica que estava na parte de baixo do prédio passeando com o cachorro dos patrões e Miguel ficou aos cuidados da então patroa dela, Sarí.

A ex-patroa, que chegou a ser presa em flagrante na época da morte do menino por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, foi solta após pagar fiança de R$ 20 mil.

Por: Wilson Maranhão

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