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terça-feira, 5 de setembro de 2023

PREFEITO PRESO

Prefeito de Água Preta é preso pela Polícia Federal

Equipe da PF localizou muitos cheques no apartamento de Noé Magalhães (PSB), em quantidade e valor ainda não quantificados (Sem crédito - PF-PE_Divulgação)


Prisão ocorreu como parte de operação contra organização criminosa envolvida com corrupção e lavagem de dinheiro em Pernambuco

O prefeito de Água Preta, Noelino Magalhães Oliveira Lyra, o Noé Magalhães (PSB), foi preso no apartamento onde reside e onde estava em companhia da esposa e filhos, na Avenida Boa Viagem, Região Sul do Recife, em cumprimento de um mandado de prisão da operação Dilúvio 2 da Polícia Federal, realizada na manhã desta terça-feira, contra corrupção e lavagem de dinheiro em Pernambuco. Além da prisão há outras ações desenvolvidas envolvendo agentes da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), com cumprimento de sete mandados na Região Metropolitana do Recife e no município de Palmares, a 105,24 quilômetros da Capital, na região da Mata Sul. Não teve sucesso nenhuma tentativa de contato com a Prefeitura de Água Preta e com o vice-prefeito Teodorino Alves Cavalcanti Neto, o Neto Cavalcanti (PSB).

Segundo a PF, Noé Magalhães (PSB) não ofereceu resistência, não precisou que fosse algemado na sua residência, onde foram localizadas armas registradas em nome dele e vasta quantidade de cheques em número e somatório de valores não quantificados, mas que são interpretados como indício de prática de agiotagem. “Também foram apreendidos documentos, contratos de compra e venda, que ratificam indícios de lavagem de dinheiro, compra de imóveis com registros em nome de terceiros. No imóvel do investigado a Polícia (Federal) encontrou um fundo falso, e, nesse local, estavam acondicionadas as folhas de cheques”, disse o delegado da PF Márcio Tenório. Às 18h57 a PF informou que o prefeito passou por audiência de custódia, concluída com a decisão de manutenção de sua prisão no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), no município de Abreu e Lima.

Organização criminosa
Também não foi informada a quantidade de pessoas citadas nos documentos e de responsáveis pelos cheques encontrados. “A documentação ainda vai ser confrontada com registros fiscais à Receita Federal por declarações que são obrigados a prestar. Pode se configurar sonegação fiscal ou insuficiência de declaração de rendimentos e eles devem ser autuados para recolher esses tributos. Estamos ainda na fase de análise inicial e não temos como informar os valores envolvidos nisso”, adiantou o auditor da Receita Federal Ginaldo Antonio Freire.

Participam da operação 40 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da CGU, para cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, justamente a do prefeito do município Água Preta, situado a 101 quilômetros do Recife, na Zona da Mata.

Na prática, a operação Dilúvio 2 é a segunda fase da Operação Dilúvio, realizada no dia 23 de maio. Segundo a PF, o objetivo é reprimir a atuação de uma organização criminosa estabelecida na Mata Sul de Pernambuco, especializada na prática de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros, atribuídos a agentes públicos, servidores, empresários e outras pessoas.

Penas de 40 anos
Na primeira fase, então denominada Operação Dilúvio, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado, localizados nos municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré. E foi do resultado dessas ações que foram identificados indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, inclusive pela prática de atos de obstrução da Justiça, além da identificação de novas contas bancárias utilizadas pelos investigados, o que motivou a solicitação de novas ações investigativas, deferidas integralmente pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

Ainda segundo a PF, as penas máximas estimadas para os crimes investigados na Operação Dilúvio, somadas, podem ultrapassar 40 anos de reclusão. O nome da Operação, extraído de uma passagem bíblica, faz referência ao meio utilizado por Deus para fazer desaparecer da terra os vícios humanos, no caso presente, a malversação dos recursos públicos.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da PF-PE.

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