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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

SANTA CRUZ - SAF TRICOLOR

Advogado cita desafios de SAF do Santa Cruz e aponta que proposta será apreciada pelos sócios

Advogado que encabeça a SAF no Santa Cruz falou sobre os empecilhos que dificultam as negociações (Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)


Eduardo Paurá Filho, advogado que coordena o plano de recuperação judicial e SAF apresentou novos detalhes sobre o processo do tricolor


A venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Santa Cruz é carregada de esperança dos tricolores por dias melhores. Para se concretizar as negociações, alguns nós precisam ser desatados. O principal ponto de embate era sobre os sócios iriam terem direito em apreciar a proposta dos investidores pela SAF. Se no passado recente, Antônio Luiz Neto detinha briga ferrenha com o Conselho Deliberativo, o seu sucessor Jairo Rocha adotou nova postura pregando uma pacificação no Mais Querido. Pensando nisso, o advogado que coordena o plano de recuperação judicial e SAF, Eduardo Paruá, explicou desafios do processo e garantiu que o associado participará da decisão final.

"Tivemos uma reunião para poder apresentar o desenho do projeto para o presidente (Jairo Rocha). Eu acho que é uma proposta à altura do clube, considerando as condições em que o Santa Cruz se encontra hoje, em crise e sem série”, disse o advogado. 

Apesar de no estatuto do Santa Cruz, o poder de decisão ser restrito ao Executivo sobre a SAF. O advogado garantiu que na proposta do investidor contém uma cláusula que o projeto precisa da aprovação do associado."A proposta já foi recebida pelo presidente Antônio Luiz Neto e tem algumas condicionantes, que precisam ser superadas e verificadas como todo e qualquer processo de aquisição de empresa. Iremos ter que percorrer esse rito internamente no clube. Uma das propostas é que ela seja submetida, ao final, superadas todas as etapas, seja pelo processo de aprovação dos sócios”, destacou.

Diante disso, Eduardo Paruá considera que o novo presidente assumiu o cargo com objetivo de desmistificar a possibilidade do contrato ser fechado sem aprovação dos sócios.“O Jairo Rocha chega agora para acabar com essa diretriz pessoal. É óbvio que a decisão e a condução passa pelo executivo, mas tem que ser publicizada, ninguém ia fazer algo às escuras, assinar e transferir tudo para um investidor e para uma SAF sem que todo ritual político fosse seguido”, explicou.

Além disso, o representante responsável pela SAF e Recuperação Judicial (RJ) declarou que tem pessoas interessadas em “atrapalhar as negociações”. Porém, considera que o clube não tem tempo hábil para zerar o jogo.“O que a gente não pode e não vai fazer é pra acabar essa celeuma e precipitar e divulgar detalhes estando num acordo de confidencialidade. Porque a gente sabe que muita gente quer o bem do Santa Cruz, mas muita gente quer melar o negócio contando com eleição, com a mudança de mão, pra zerar o jogo, mas não temos tempo mais pra zerar o jogo”, apontou. 
 
Com perfil realista, o especialista ressaltou as dificuldades e apontou o fato de não estar em divisões superiores dificultam uma venda à altura do clube.“Na outra frente de atuação, que é a recuperação judicial, a gente tá sendo cobrado pelo conselho, pela torcida, pelos credores para que o processo ande. (...) Se a gente tivesse como gerar esse recurso internamente, seria uma solução orgânica até que a gente adquirisse uma condição melhor de Série C, uma Série B para fazer um negócio talvez internacional. Aí sim a altura do que todos enxergam o Santa Cruz, mas a gente não tem essa condição, não tem essa fonte de custeio, ela tem que vir de um investidor”, esclareceu.
 
Eduardo Paruá expôs que o ex-presidente Antonio Luiz Neto, sempre procurou pelas melhores propostas. Porém, o fato do Santa Cruz não ter fluxo de caixa interfere negativamente nas negociações com os investidores. “Em que pese as divergências, em relação a encaminhamento disso, mas o presidente (Antônio Luiz Neto) teve muito cuidado, durante um longo período ele buscou a solução ótima, que é inimiga da boa, mas ele buscou a solução ótima, ele buscou o investidor internacional. Mas o nosso clube não gera caixa, o mercado olha para geração de caixa, olha para potencial também. Mas o potencial dele se desenvolve quando está na mão dele”, declarou. 

Portanto, o advogado que encabeça o processo da SAF no Santa Cruz falou sobre o potencial do clube, mas destacou que as “brigas políticas e insegurança jurídica” vinham atrapalhando as negociações.“O Santa Cruz tem potencial, é um clube extraordinário, tem uma força de uma marca muito grande, tem uma torcida que gera um apelo. Somos procurados sistematicamente, tem muita gente que é curiosidade ou quer puxar informações, mas tem investidores que têm interesse, alguns desistem pela brigas políticas e a insegurança jurídica”, finalizou.


 Paulo Mota


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