Parentes fazem ato na frente do Palácio da Justiça e exigem aumento de pena para Sarí Corte Real
Ato aconteceu antes do julgamento de recurso impetrado pela defesa da mulher, já condenada por abandono de incapaz que resultou na morte da criança
Parentes do menino Miguel Otávio de Santana, de 5 anos, realizaram, nesta quarta (8), um ato na frente do Palácio da Justiça, no bairro de Santo Antônio, na área Central do Recife.
Eles cobram o aumento de pena para Sarî Corte Real, já condenada a oito anos de reclusão por abandono de incapaz que resultou na morte do garoto.
Miguel caiu de um prédio de luxo onde Sarí mora com a família. A criança estava aos cuidados dela enquanto a mãe, a então empregada doméstica Mirtes Renata, passeava com cadela dos patrões.
O ato foi realizado antes da abertura da A sessão que julga a apelação a pedido dos advogados da defesa de Sarí.
A reunião começou às 9h e tem participação de integrantes de um colegiado de desembargadores da 3° câmara criminal do TJPE.
Os magistrados vão definir se manterão a condenação de Sarî Corte Real por oito anos e seis meses de reclusão pelo crime de abandono de incapaz por resultado morte.
Não foi informada pelo TJPE qual a previsão do encerrametno da sessão.
Como foi
A mãe de Miguel, Mirtes Renata, chegou acompanhada da avó do garoto, Marta Bezerra, além da afogada de defesa da família, Maria Clara D'Ávila.
Juntas elas participaram do pequeno ato na frente do fórum, no qual um cartaz foi erguido cobrando justiça pela morte do menino.
Segundo a advogada Maria Clara D'Ávila, a defesa irá trabalhar para que não somente que a pena seja mantida, mas também para pedir que a pena seja aumentando.
Sarí foi condenada com base no artigo 133, parágrafo 2, do Código Penal, que prevê o crime de abandono de incapaz com resultado morte. A pena é de quatro a doze anos de regime fechado.
Sarî foi condenada em 2022, mas recorreu e segue respondendo em liberdade. Ela não compareceu à sessão que julga a apelação a pedido de sua defesa.
A sessão tem a presidência do desembargador Cláudio Jean Nogueira Virginio, que também é o relator do processo de apelação.
Também fazem parte do colegiado a desembargadora Daisy Andrade Pereira e Eudes França.
Entenda o caso
Miguel caiu de um dos prédios conhecidos como “Torres Gêmeas”, no Centro do Recife, em junho de 2020.
O menino estava sob os cuidados de Sarí, enquanto a mãe dele, Mirtes Renata, então empregada doméstica, passeava com a cadela dos patrões.
Por: Wilson Maranhão
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