PF investiga suposto vazamento de imagem de prova do Enem no Agreste
As imagens vazadas deixaram em alerta o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (Foto: Reprodução/Redes sociais )
Apuração está sendo feita em Caruaru, segundo informações da assessoria de comunicação da corporação
Um suposto vazamento de conteúdos da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 é alvo de investigação da Polícia Federal em Pernambuco (PF).
A Delegacia da PF em Caruaru, no Agreste do estado, vem realizando diligências nesta segunda (6) para identificar e prender a autoria do vazamento de conteúdos dos exames com o registro de imagens que circulam nas redes sociais.
A primeira etapa do Enem foi realizada neste domingo (5) e, em Pernambuco, foram 218.867 inscritos para a realização das provas.
Além de Pernambuco, também há alvos sendo investigados pela corporação no Distrito Federal (DF).
As imagens vazadas deixaram em alerta o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Elas mostram a página 19 do caderno de provas do tipo 3, da cor branca, contendo o tema da redação do exame, que foi “Desafio para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF, a corporação já instaurou um inquérito para apurar o caso e já mobilizou agentes que realizam diligências na busca pelos autores.
“A equipe da PF de Caruaru está ainda em diligências neste caso. A chefia da PF em Caruaru confirmou, porém, prefere divulgar detalhes quando tiver mais dados robustos”, disse a corporação.
Em seu site oficial, a PF diz que: “também acompanha os trabalhos de apuração interna do INEP para obter mais informações sobre o caso e contribuir com os esclarecimentos devidos.
Ainda no domingo (5), o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), em coletiva à imprensa, afirmou que a PF já realizou duas diligências, uma em Pernambuco e outra no Distrito Federal, para identificar os responsáveis pelo vazamento de fotos da provas do Enem após o fechamento dos portões e antes do horário permitido de saída dos pontos de aplicação das provas.
Além da imagem da página 19 do caderno tipo 3 que foi vazada, também foram expostos os textos de apoio relacionados ao tema proposto, além de instruções aos inscritos que participaram do exame.
A reportagem do Diario entrou em contato com as assessorias de imprensa do MEC e do Inep para saber mais detalhes sobre o vazamento e quais medidas os órgãos irão tomar sobre o caso. Entretanto, até a publicação desta matéria, não houve retorno das entidades.
Índice de faltas
Os portões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram abertos oficialmente ao meio-dia e fechados às 13 horas do último domingo e mais de 200 mil pessoas realizaram a prova em Pernambuco. A aplicação começou às 13 horas e foi até 19h.
O estado contou com 576 locais de prova e 7.191 salas de aplicação, além de 218,8 mil inscrições.
Ao todo no país, mais de 3,9 milhões de pessoas se inscreveram, número que representa um aumento de 13% em relação à edição do ano passado.
De acordo com dados oficiais do Ministério da Educação, o exame contou com participação de 71,9% dos inscritos, praticamente o mesmo número de 2022 (71,7%).
O estado que registrou a maior ausência foi o Amazonas (44%) e a menor foi registrada no Paraná (24,4%) e em Sergipe (24,6%), enquanto Pernambuco registrou ausência de 26,9%.
Gabarito
O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), encerrou, às 19h (horário de Brasília) deste domingo (5) a aplicação regular do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023.
Neste primeiro dia, os participantes fizeram provas de linguagens e ciências humanas, além da redação, com o tema “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
O gabarito oficial das provas será divulgado pelo Inep apenas no dia 24 de novembro.
Por: Wilson Maranhão
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