Primeira beneficiária do Morar Bem assina contrato e terá apartamento próprio
Foi partir do programa Morar Bem Pernambuco que a nail designer Isabele de Lima, de 21 anos, conquistou o apartamento dos sonhos. Ela foi a primeira mulher beneficiária do programa a assinar o contrato de financiamento do imóvel, na modalidade Entrada Garantida.
Essa assinatura aconteceu na manhã desta quinta-feira (16), na agência da Caixa Econômica Federal do Shopping Plaza, em Casa Forte, Zona Norte do Recife.
O programa do Governo do Estado concede subsídio à população de R$ 20 mil para servir como entrada na hora da compra. Para aderir ao programa, os critérios básicos são: ter renda máxima de até dois salários mínimos, residir em Pernambuco e o imóvel precisa custar até R$ 190 mil, ser novo, o primeiro do cliente e estar cadastrado, tanto no Minha Casa Minha Vida como no Morar Bem Pernambuco. Esse cadastro do imóvel é feito exclusivamente pela construtora.
O apartamento que a jovem comprou custou R$ 190 mil, e fica em Paulista, às margens da PE-22. Ele mede 47,86 m², tem dois quartos, um banheiro, uma sala e cozinha. Sem o programa estadual, ela diz que não teria condições de efetuar a compra. O imóvel será entregue em até dois anos.
“A gente esperou [a resposta de aprovação] por um mês. Esta semana chegou a ligação de que eu tinha sido aprovada. Sem o programa não ia dar, porque eu tenho a renda de R$ 2.400 e sou solteira [civilmente falando]. Eu tive que apresentar o RG, CPF e o comprovante de renda, somente”, explicou.
O Morar Bem Pernambuco está em fase de teste. Isabele foi a segunda cliente do programa. Ainda faltam cinco pessoas assinarem os contratos. Elas são dos municípios de Petrolina, Garanhuns, Cabo, Recife e Olinda. O primeiro contemplado assinou contrato na última terça-feira (14), em Caruaru, no Agreste Pernambucano. O diretor presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), Paulo Lira, explica a fase inicial do programa.
“Neste momento, estamos na fase de testes, assinando o contrato com sete clientes. Ainda faltam cinco. A expectativa é de que até a semana que vem a gente conclua todos. Após isso, vai ser liberado para todos os inscritos. Para esse primeiro ano, o Governo do Estado reservou um orçamento de R$ 200 milhões para atender cerca de 10 mil famílias, em até um ano”, disse ele.
O Minha Casa Minha Vida é do Governo Federal e operado pela Caixa Econômica Federal, segundo o superintendente de rede do banco, Fernando Nery. Ele é direcionado às pessoas que possuem renda de até R$ 8 mil.
“De acordo com a renda, a taxa de juros varia, sendo ela de 4% a 8%. Daí já se tem uma boa vantagem para os clientes. Como o financiamento não é de 100%, a entrada que o Governo do Estado [de R$ 20 mil] está fazendo tem uma importância muito grande
Ao todo, mais de 50 empreendimentos estão cadastrados no programa Morar Bem Pernambuco. Os interessados em aderir ao subsídio do governo, devem acessar o site [morarbempe.com.br] se cadastrar e aguardar a resposta. Até o momento, 24,5 mil pernambucanos se inscreveram para receber esse aporte.
O Entrada Garantida trabalha com pessoas da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, que atualmente tem um novo teto de subsídios de até R$ 55 mil por família. O programa federal também oferece juros reduzido (5% e 8,16% ao ano) no financiamento para famílias de menor renda e extensão do prazo de financiamento para até 35 anos. A Caixa usa os mesmos critérios de seleção do Minha Casa, Minha Vida. A carta de crédito é aprovada para pessoas com renda de até R$ 2.640 que tenham interesse em comprar imóveis de até R$ 190 mil enquadrados no programa federal.
Entrada Garantia
O Entrada Garantida é voltado para famílias de baixa renda que não têm capacidade de poupança para pagar a entrada num financiamento habitacional. Segundo dados da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), o pernambucano que tem uma renda de dois salários precisa ter, em média, R$ 20 mil para complementar a entrada num financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida. Esse valor já considera o subsídio dado pelo governo federal no programa, que financia até 80% do valor do imóvel.
Dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PE) mostram que a iniciativa do Governo tem o potencial de atrair investimentos de R$ 4 bilhões, oriundos do FGTS, na indústria da construção civil e incentivar a geração de mais de 72 mil empregos diretos e indiretos.
Por Thalis Araújo
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