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sábado, 4 de novembro de 2023

NÁUTICO - ELEIÇÕES ALVIRRUBRAS

SAF, RJ e futebol: Bruno Becker detalha ideias para o Náutico

Bruno Becker (foto) disputará presidência do Náutico com Alexandre Asfora no dia 12 de novembro (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)


Candidato da oposição falou ainda sobre a impugnação de Aluísio Xavier, seu antecessor na cabeça de chapa


Confira na íntegra o que pensa Bruno Becker sobre os temas pertinentes nos bastidores alvirrubros, dos ideais de governança e condução do futebol, ao andamento da recuperação e implementação da SAF do Timbu. 

Impugnação de Aluísio Xavier

“O Dr. Aluísio (Xavier) tem o apoio de todos nós (da chapa). O entendimento que nós temos é que houve, no mínimo, um equívoco da Comissão Eleitoral e, como qualquer cidadão, o Dr. Aluísio tem o direito de buscar o Judiciário, que é o local pra dirimir essas dúvidas. Então o Dr. Aluísio tem o nosso apoio e ajuizou uma ação. Foi negada a liminar, e ele já sinalizou que vai recorrer e tem o nosso apoio. Qualquer coisa além disso, eu estaria antecipando um cenário hipotético. O candidato da chapa sou eu, a vice é Tatiana Roma, e assim seguiremos até o dia 12 de novembro (data das eleições)”.

Experiência na segunda disputa eleitoral

“O tempo traz experiência pra todos nós e qualquer situação e quando você passa a analisar de fora a situação do clube, você começa a ter uma percepção mais próxima da realidade. E isso sem dúvida aconteceu ao longo desses dois anos. Eu observei e estudei muito a situação do Náutico, conversei muito com as pessoas e, se eu posso resumir numa palavra, eu chego hoje muito mais amadurecido e preparado do que já estava dois anos atrás”.

Relação com o elenco

“Em relação a questão do futebol, não esperem de mim um presidente que vai ficar indo ao vestiário, viajando com a delegação em todos os jogos ou indo todos os dias pro CT na beira do campo. Eu tô me candidatando a presidente do Náutico e não a vice-presidente de futebol. Isso não quer dizer que o presidente será ausente. Presidente é pra resolver problemas, coordenar equipe e liderar um grupo. Caso necessário, o presidente vai se fazer presente no CT e numa viagem com a delegação, mas isso é exceção, não espere de mim que isso seja a regra”.

Perfil da diretoria de futebol

“Em relação à questão da diretoria de futebol, estatutariamente o Náutico tem que ter diretores não-remunerados. Mas independentemente disso, eu acho que no futebol as discussões tem que ser colocadas no mesmo patamar entre aqueles que participam da diretoria, então eu penso que a figura do vice-presidente não é o mais indicado”.

“Eu acredito que é melhor existir diretores de futebol, todos no mesmo nível hierárquico, que vão comandar a pasta do futebol, opinar e fiscalizar se o trabalho está sendo bem realizado por aqueles que foram contratados e fazer este link com o presidente. Cabe à diretoria de futebol também convencer o presidente de que aquele nome é o melhor para ser técnico, e aí o presidente vai fazer as indagações, os questionamentos e ser convencido de que o treinador A é melhor que o treinador B”.

Perfil do treinador para 2024

“Eu penso que tem que ser o treinador que, primeiro, conheça a Série C, que é o principal objetivo do clube. É óbvio que o Náutico entra em toda e qualquer competição pensando em ganhar, mas o objetivo é subir pra Série B por N razões e a principal financeira”.

“Eu acredito que tem que ser um treinador que também consiga trabalhar com atletas de base, porque isso mais uma vez interfere na questão orçamentária e financeira, porque num calendário de 2024 que a gente não terá receita de Copa do Brasil e não terá a receita que teria se estivesse na Série B, a dificuldade de contratação obviamente é maior, então minimamente tem que ter esse perfil. A questão de um treinador mais experiente ou que esteja em início de carreira pra mim é secundário. Ele tem que entender da competição e tem que trabalhar com os atletas de base”.

Recuperação judicial

“Eu tive uma reunião há cerca de dez dias com o Dr. Rodrigo Cahu Beltrão, o escritório dele foi contratado pra conduzir toda essa questão da recuperação judicial. (A RJ) está sendo muito bem conduzida por esse escritório contratado, os prazos estão sendo cumpridos e logo mais vai chegar na parte de aprovação do plano de pagamento aos credores. Agora é dar tempo ao tempo pra que o processo continue tramitando da forma regular e tranquila”.

SAF

“A SAF é mais do que uma realidade no caso do Náutico, é uma necessidade. Principalmente por conta da questão da recuperação judicial, que (o clube) vai precisar de recursos para poder honrar aquele plano de pagamento que vai ser levado à aprovação dos credores. Desde sempre, se pegarem minhas falas de dois anos atrás, eu já citava a necessidade de fazer SAF. Eu sou um defensor da SAF”.

Papel dos diretores no clube-empresa

“Não se pode ficar esperando a SAF em detrimento de planejar o futebol. Então, nós estamos planejando o futebol no ano de 2024. O projeto do futebol está sendo feito a várias mãos, com vários nomes que apoiam a nossa chapa, Paulo Pontes, Alexandre Homem de Melo, Thiago Dias e vários outros que estão com a gente. A SAF chegando antes, obviamente que os ajustes serão necessários, mas o fato é que vai existir essa transição. Então, nós estamos preocupados em montar o projeto. E nesse projeto, o que eu já amplio para todo o clube é a questão do profissionalismo”.

“Eu sempre digo que não é simplesmente contratar um profissional e remunerar. É colocar ele no local mais indicado pra ele trabalhar e deixar ele trabalhar. E aí se tem um papel muito importante o diretor abnegado. A figura do diretor não-remunerado, seja no futebol ou nas outras áreas administrativas do clube, está ali para supervisionar o processo. O staff remunerado vai tocar o processo no dia a dia de acordo com as diretrizes que foram traçadas nesse planejamento, cabe ao diretor não-remunerado e abnegado verificar se estão sendo cumpridas todas aquelas metas e parâmetros que foram estabelecidos”.


 Gabryel Guedes

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