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sábado, 30 de março de 2024

CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS

Em lados opostos, técnicos do Náutico e Sport têm fortes diferenças para clássico deste sábado; veja

Em ordem: capitão do Sport, Rafael Thyere; técnico do Náutico, Allan Aal;                                                                                                                                                            técnico do Sport, Mariano Soso; e capitão do Náutico, Rafael Vaz - Foto: Rafael Vieira/Federação Pernambucana de Futebol (FPF)


Enquanto Allan Aal sofre com desfalques e limitações, Mariano Soso espera poder dar carga máxima em campo



Não é uma disputa individual, mas, ainda assim, o Clássico dos Clássicos entre Náutico e Sport, no Estádio dos Aflitos neste sábado (30),pelo jogo de ida da final do Campeonato Pernambucano, terá um duelo marcado por ideias distintas que se cruzam com um único objetivo: levantar a taça.

Na esfera alvirrubra, o técnico Allan Aal chega pressionado. Embora finalista na competição estadual e garantido nas quartas da Copa do Nordeste, o Timbu passa longe de um futebol que o credencie como favorito.

Já para os leoninos, o desafio principal do treinador Mariano Soso, que conta com um elenco de nível superior ao do rival, é extrair o potencial máximo - algo também cobrado pelos rubro-negros e pouco visto em embates de maior importância como nas semifinais do torneio, contra o Santa Cruz. A força máxima na escalação para o fim de semana, por sua vez, pode ser comprometida com as possíveis ausências do atacante Romarinho e do lateral-esquerdo Felipinho, por conta de dores.

Aal costuma dizer que não observa o que é comentado nas redes sociais. Porém, do banco de reservas, já pôde sentir ao vivo o que é ser cobrado. Jogando em casa, o desempenho do Náutico no Regional foi fraco - não ganhou uma sequer como mandante na primeira fase.

O contexto das classificações (passando em quarto lugar e com somente um triunfo em oito partidas) e na decisão estadual (nos pênaltis, contra o Retrô) também não convenceu os alvirrubros de que o Timbu pode evoluir.

Sem mudar o esquema com três homens posicionados na frente - no máximo improvisando um lateral no ataque -, Aal não costuma inovar tanto na formação. Fruto também da dificuldade de contar com a força máxima do elenco devido aos desfalques por lesões. Situação, aliás, que fez a diretoria ter mais cautela na análise do seu trabalho. 

"A manutenção de Allan passa por uma avaliação do trabalho quando ele tiver todos à disposição. Não temos, por uma infelicidade, como contar com todas as peças do setor ofensivo, por exemplo”, frisou o diretor executivo de futebol do Náutico, Léo Franco.

Uma maneira de abafar essas oscilações em consequência aos desfalques é esperada para o próximo jogo. “O problema que estamos procurando solucionar é oscilar o mínimo possível. Temos que trabalhar para a nossa melhor versão. Isso será fundamental para brigarmos pelo título com uma equipe tão difícil e bem trabalhada como o Sport. A nossa oscilação nos incomoda, mas temos convicção de que tivemos grandes desempenhos e é isso que vamos buscar”, disse Aal, antes de assegurar condições de manter igualdade em campo.

“Moralmente, chegamos muito fortes, até porque chegamos à final por méritos. Temos total possibilidade de brigar pelo título e é isso que vamos fazer. Temos condições plenas de jogar de igual para igual e tenho certeza que vai ser um grande jogo. Os 180 minutos vão dizer o melhor desempenho”, complementou, fazendo referência também ao segundo jogo da final, na Arena de Pernambuco.

Lado oposto
Do lado rubro-negro, o técnico Mariano Soso aparenta não dar atenção às críticas e mostra convicção no trabalho que vem coordenando no Leão. 

Depois de um início de trabalho tentando emplacar um time com três zagueiros, voltou atrás e passou a escalar a equipe no tradicional esquema com dois homens no miolo da zaga.

Nada, no entanto, que o impeça de inovar durante as partidas. Principalmente, quando a equipe estiver precisando da vitória.

É comum, por exemplo, ver o meia atuando de volante, tal como o cabeça de área preenchendo um espaço na zaga. Vez ou outra, como já aconteceu com Fabinho e Fabricio Domínguez, também é visto o homem da contenção do meio de campo jogando na lateral-direita.

Em meio à uma forma única de ver o jogo, a torcida só não se acostuma com o rodízio no elenco. Em 21 compromissos, o treinador nunca repetiu a formação da equipe e espera implementar estratégias no primeiro duelo da fase final. Soso destaca ainda a responsabilidade do grupo com o desafio. 

“Reafirmo nosso compromisso para alcançar o objetivo que engrandeça a história do Sport. Sempre penso que o futebol foi criado para dar alegria aos povos, e temos a responsabilidade de representar essa emoção e esse sonho. Para nós, esse é um jogo significativo e com a particularidade de ser um clássico. Estamos focamos nessa final que terá dois jogos e sábado já temos que fazer um jogo muito estratégico”, salientou Soso.


Por Ana Beatriz Venceslau, William Tavares e Yuri Teixeira


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