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sábado, 31 de agosto de 2019

FORÇA NACIONAL EM PAULISTA

Com Força Nacional, moradores de Paulista esperam redução de crimes
Equipe foi às ruas nesta sexta-feira (30) - Peu Ricardo/DP


O efetivo do programa Em Frente Brasil começou a circular às 11h50 desta sexta-feira (30) por Paulista, na Região Metropolitana do Recife, um dos cinco municípios selecionados no país pelo Governo Federal para testar o projeto de combate aos crimes violentos, inspirado no Pacto Pela Vida, do Governo de Pernambuco. Dos 405 profissionais de segurança empregados na operação, 80 são da Força Nacional, especificamente para trabalhar nas ruas. E as atividades eram acompanhadas de perto pelos moradores do município, que esperam uma redução prática na criminalidade. 

Quem passava pela Praça Professor Emílio Russel, em Maranguape I, pôde ver a Força Nacional em ação. A dona de casa Adelma Rodrigues, 31 anos, e o autônomo Eduardo Albuquerque, 40, levavam para escola o filho Heitor, de 5. O casal aprovava a presença da equipe de segurança, mas acredita que é preciso ir além. “Não me sinto segura nem aqui nem em canto nenhum, né? Espero que melhore agora, porque a gente sai de casa e fica com aquela sensação de que vai ser roubado o tempo todo”, diz Adelma.

Marido de Adelma, Eduardo acrescenta: “Espero que eles façam ações de surpresa, trabalhos investigativos, minuciosos. Tem tanta coisa para se ver aqui. O tráfico impera, dias atrás teve um tiroteio enorme. É coisa rara aparição de polícia, você acaba se sentindo coagido”.

Nesse aspecto de coação por insegurança, o limpador de mesas Sérgio de Aquino, 58, deixou de andar com seu celular. “Já teve muito assalto por aqui em ruas, prédios. Os caras (assaltantes) vem e metem um revólver na cabeça da gente. Espero que a Força Nacional trabalhe principalmente de noite e de madrugada”, comenta.

Forças Unidas
Implantado em Paulista, Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Goiânia (GO) e São José dos Pinhais (PR), o programa Em Frente Brasil busca unir agentes de segurança pública, como a Força Nacional e as polícias (Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar) em ações estratégicas, principalmente contra homicídios. Essas ações podem ser, por exemplo, patrulhamento de rua, investigação, inteligência ou perícia criminal. 

A cidade pernambucana foi repartida em quatro áreas estratégicas, com ações direcionadas aos locais com maiores índices de criminalidade. Nos primeiros dias, o foco será nos bairros de Maranguape I e II, Janga e Engenho Maranguape, além das margens da BR-101. Não há um número determinado de policiais ou viaturas envolvidas em cada ação - a quantidade é definida de forma dinâmica, de acordo com a necessidade.

A Força Nacional Ostensiva é comandada pelo major Márcio Ribeiro, originário da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Há dois meses, ele desembarcou em Paulista para começar a avaliar as necessidades regionais. “Esse projeto piloto (Em Frente Brasil) já tem um início muito bom. Todo mundo está trabalhando numa integração diferenciada, que começou muito bem e tenho certeza que trará excelentes resultados”, afirma. A equipe ficará na cidade por 120 dias.

O Governo Federal destinou R$ 4 milhões para investimentos nessa primeira etapa do programa em Pernambuco. De acordo com o secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire, mais dinheiro pode ser liberado em breve, para outros projetos em parceria com outros ministérios/secretarias. “Já tivemos essa sinalização (financeira). Mas o mais importante é que temos a oportunidade de levar as boas práticas do Pacto Pela Vida para todo o país”, pondera.

DP

DÓRIA O TRAÍRA

‘Deslealdade’ fez Bolsonaro atacar Doria na ‘live’ sobre as tetas do BNDES

Enquanto governador criticou 'política de confronto', presidente lembrou jatinho financiado pelo BNDES


Jair Bolsonaro resolveu atacar no tucano João Doria, lembrando que as “tetas” do BNDES financiaram seu jatinho com juros subsidiados, irritado com a atitude do governador de São Paulo na Alemanha, que considerou “desleal”, de criticar sua “política de confronto”. A referência ao jatinho, durante a “live” de quinta (29) para o Facebook, teve toques de achincalhe. Doria foi a Berlim faturar investimentos da Volkswagen no Brasil, na verdade já definidos pela empresa, como sua conquista. 
Na Alemanha, o governador criticou Bolsonaro em razão da crise das queimadas. Informado disso, o presidente ficou indignado.
Candidato em 2022, Doria tenta construir imagem de político “moderno, educado e eficiente” em contraposição a Bolsonaro, “o tosco”.
O governador reagiu friamente aos ataques de Bolsonaro e, fiel a sua estratégia, disse que não entraria “nessa polêmica”.


A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

ONG UM BOM NEGÓCIO NA AMAZÔNIA

ONGs gastam os milhões destinados à Amazônia com elas mesmas

Salários e despesas administrativas consomem até 90% dos recursos que deviam ir para a Amazônia


Auditoria em 18 contratos com ONGs, no valor de R$252,2 milhões, revela que grande parte desses recursos do Fundo Amazônia acabou no bolso de pessoas ligadas aos projetos. Um caso é exemplar: dos R$14,2 milhões entregues à ONG Imazon, R$12,4 milhões (87% do total) foram pagos a seus próprios integrantes. “Consultorias” etc. levaram R$3,7 milhões (26,5%). O caso está entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU), que já definiu relator: o ministro Vital do Rêgo. 
O objeto do projeto de R$14,2 milhões da Imazon sugere enrolação: “Apoiar a adequação ambiental de imóveis rurais na Amazônia Legal”.
A ONG Imazon faturou R$36,6 milhões em três contratos com o Fundo Amazônia. E o BNDES liberou dinheiro sem prestação de contas.
A Imazon recebeu R$9,7 milhões para “contribuir” na “mobilização de atores locais”, blábláblá, torrando 85% do total em custeio e pessoal.
Solicitada a explicar gastos tão significativos com seu próprio pessoal, a Imazon não respondeu ao pedido até o fechamento desta edição.
A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

SOBERANIA BRASILEIRA

Amazônia: Câmara discutirá soberania na quarta (4)

Felipe Werneck/Ibama 


Audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional discutem, na quarta-feira (4), a soberania da Amazônia brasileira.
O evento foi proposto pelo deputado General Girão (PSL-RN) e subscrito pelos deputados Arthur Oliveira Maia (DEM-BA) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC).
General Girão justifica o pedido. "É preciso que nós, parlamentares, conheçamos profundamente todas as questões que tangenciam esse tema de segurança nacional, que envolvem as terras indígenas nas fronteiras, as ONGs estrangeiras financiadas por outros países, a pressão dos organismos internacionais e de outras potências estrangeiras, etc."
Foram convidados para participar do debate como expositores:
- o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, general Maynarde Marques de Santa Rosa;
- o diretor de Geopolítica e Conflitos do Instituto Sagres - Política e Gestão Estratégica Aplicadas, general Luiz Eduardo Rocha Paiva;
- o diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Professor Pio Penna Filho;
- representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Meio Ambiente; e das Relações Exteriores (MRE).
A audiência pública será realizada às 9h30 no plenário 3.
JUSTIFICAÇÃO
A reunião de audiência pública proposta nesse requerimento visa a promover um debate sobre a questão amazônica, sob a perspectiva das ameaças nacionais e internacionais à soberania brasileira sobre essa região.
Os nomes sugeridos como expositores, em razão de sua expertise no assunto, muito têm a contribuir para essa discussão tão premente e atual. É preciso que nós, parlamentares, especialmente os membros desta Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, estudemos e conheçamos profundamente todas as questões que tangenciam esse tema de segurança nacional, que envolvem as terras indígenas nas fronteiras, as ONGs estrangeiras financiadas por outros países, a pressão dos organismos internacionais e de outras potências estrangeiras, etc.

Por notícias da Câmara dos Deputados

DESAPARELHANDO

Ancine: diretoria aprova demissões e corte de gastos

Ancine Foto: Reprodução

A Ancine demitirá 30 funcionários e ordenou estudos para cortar mais custos.
Em reunião da diretoria colegiada da Ancine nesta terça-feira 27, foi definida por unanimidade a exoneração de 30 servidores, entre secretárias, recepcionistas e mensageiros.
Os diretores também determinaram a apresentação das "demais medidas que estão sendo adotadas pela redução de custos e ajuste da execução orçamentária".
A agência também devolverá um imóvel alugado e concentrará suas atividades no prédio da Rua Graça Aranha, no centro do Rio de Janeiro.

Época - Coluna de Guilherme Amado
Por Eduardo Barreto

FORO DE SÃO PAULO

PSB deixa Foro de São Paulo

Prediente do PSB - Carlos Siqueira /Presidente da Venezuela Nicolas Maduro/Fonte Brasil247
Partido faz nota de repúdio a Maduro


A direção do PSB aprovou na manhã desta sexta (30) nota de repúdio ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, e decidiu sair do Foro de São Paulo.
As ações foram submetidas ao diretório nacional e chanceladas por 85% dos membros.
A sigla aponta registros de “graves violações aos direitos humanos, civis, políticos e econômicos” naquele país como motivação para o ato de repúdio.
O PSB também salienta que, embora não participe há anos das atividades do Foro de São Paulo, agora quer deixar oficialmente de integrar a lista de partidos que apoiam o grupo.
As determinações estão sendo tratadas como uma “guinada na esquerda”.
O PSB, na nota, repudia intervenção internacional na Venezuela e prega que a Noruega atue como mediadora da crise.

Folha de S. Paulo - Painel 
Por Daniela Lima

JULGAMENTO DO PSB

PSB expulsa apenas um deputado; Carreras e demais são suspensos

Julgamento do diretório nacional dos dissidentes do PSB na votação da reforma da PrevidênciaFoto: Reprodução / Facebook


O deputado federal Felipe Carreras e outros nove parlamentares do PSB que votaram a favor da reforma da Previdência na Câmara Federal, no primeiro e no segundo turnos, foram julgados pelo diretório nacional do partido, na tarde desta sexta-feira (30), no Salão Vermelho B do Hotel Nacional, em Brasília. O primeiro a ser julgado foi o deputado federal Átila Lira, do Piauí. Após anunciado o relatório do Conselho de Ética pela sua expulsão, foi aberta votação que acatou o relatório. Aos demais parlamentares, entre eles o pernambucano Felipe Carreras, o relator pediu a suspensão por 12 meses dos cargos relativos ao partido na Câmara Federal, o que também foi referendado em votação.

Por ser reincidente - já havia contrariado fechamento de questão do partido na reforma Trabalhista no governo de Michel Temer  (MDB) - o julgamento de Átila Lira foi feito primeiro, em separado dos demais. Ao todo, 82 votos acompanharam o relatório, três votos se abstiveram, quatro votos optaram pela não expulsão e houve um pedido de suspeição do parlamentar José Antônio de Almeida, do Maranhão. 

Aos demais dissidentes, o relatório do Conselho de Ética pediu a suspensão de 12 meses de funções que exerçam no parlamento em decorrência de espaços partidários e de funções em diretórios estaduais da legenda. Os deputados ficam livres para sua atuação parlamentar, devendo respeitar, no entanto, outros fechamentos de questão. Após seis meses, eles serão reavaliados individualmente e poderão ter suas penas extintas. Aqueles que não atenderem à avaliação terão que cumprir os 12 meses de suspensão impostos pelo partido. A sanção foi acatada por 84 votos a favor, sete contra e uma abstenção. 

"Ninguém é obrigado a entrar no partido. Quando entra assina uma lista que diz que ele está obrigado a seguir às regras. Seria uma balbúrdia e uma anarquia partidária se não existisse regras. Isso aqui não é a casa de mãe Joana. A casa de mão Joana é em outro endereço, não é aqui", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

O líder da bancada na Câmara Federal, Tadeu Alencar, antes de proferir seu voto pela expulsão de Átila, pediu a palavra. "Defendi que a decisão tivesse respeito às decisões partidárias, porque o partido que não defende pela decisões tende para a flacidez. E o outro objetivo que eu acredito que deve ser defendido é o de não haver decisões extremadas", afirmou, acompanhando, contudo, o relatório pela expulsão. No momento do anúncio pela expulsão dos parlamentares, ouviu-se ao fundo gritos de "Carlos Siqueira é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo".

Sanção

Ficam os nove deputados julgados impedidos de assumir novos cargos e sem direito a voto nas reunião partidárias, bem como de serem votados em qualquer função, inclusive liderança. Além disso, perdem cargos e funções que exerçam na Câmara dos Deputados. Após seis e meses, uma comissão formada pelo presidente do partido, pelo líder da bancada da Câmara Federal e por membros titulares do Conselho de Ètica e Fidelidade Partidária decidirá se o o parlamentar ajustou a conduta e pode ter sua pena encerrada.

Resultado do julgamento:

Expulso:


Átila Lira (PI)

Suspensos por 12 meses:

Emidinho Madeira (MG),
Felipe Carreras
Felipe Rigoni (ES) 
Ted Conti (ES) 
Jefferson Campos (SP)
Liziane Bayer (RS)
Rodrigo Agostinho (SP)
Rosana Valle (SP), Rodrigo Coelhi (SC) e 

VISITA A CASA BRANCA

Eduardo deixa a Casa Branca sem fazer anúncios e fala em reunião simbólica

Eduardo Bolsonaro saindo da Casa BrancaFoto: Brendan Smialowski / AFP


Mais cedo, em Brasília, o presidente Bolsonaro afirmou que era possível esperar novidades como resultado da visita de seu filho à capital americana

Eduardo Bolsonaro deixou a Casa Branca nesta sexta-feira (30) sem anunciar novidades. Recusou-se a falar em inglês com a imprensa estrangeira -delegando a missão ao chanceler Ernesto Araújo- e, aos jornalistas brasileiros, afirmou que seu encontro com Donald Trump serviu para mostrar mais uma vez que os EUA estão alinhados ao governo de seu pai, Jair Bolsonaro, inclusive para se opor a quem contestar o que chama de soberania brasileira na Amazônia

"Todos os líderes que tentarem subjugar a soberania nacional encontrarão problemas não só com o Brasil, mas também com os EUA", afirmou Eduardo após se reunir com Trump e integrantes do governo americano em um encontro classificado por integrantes da comitiva brasileira como simbólico.

Mais cedo, em Brasília, o presidente Bolsonaro afirmou que era possível esperar novidades como resultado da visita de seu filho à capital americana. A partir daí, criou-se uma expectativa de que haveria anúncio de uma ajuda específica dos EUA para combater as queimadas na Amazônia.

O chanceler brasileiro, por sua vez, afirmou que a comitiva não fez nenhum pedido específico a Trump e que não tinha a intenção de sair com qualquer acordo do encontro em Washington.

Segundo Araújo, a reunião foi uma forma de emitir sinais à comunidade internacional sobre a parceria entre americanos e brasileiros. "Não tínhamos expectativas de sair daqui com nada, mas achamos extremamente significativo que o presidente Trump tenha nos recebido", disse Araújo.

Eduardo, por sua vez, afirmou que eventuais anúncios seriam feitos por Bolsonaro, mas não foi assertivo ou deu detalhes sobre alguma medida concreta. "Qualquer tipo de anúncio ou fato mais detalhado certamente o presidente Bolsonaro falará, inclusive é um deferência, antes de falar com Bolsonaro, estamos falando com vocês de maneira aberta", afirmou aos repórteres brasileiros que o esperavam após passar quase duas horas dentro da Casa Branca.

Antes de conversar por cerca de meia hora com Trump e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, no Salão Oval, a comitiva se reunião com integrantes do Conselho de Segurança Nacional.

Eduardo foi escolhido pelo pai para ser o embaixador do Brasil nos EUA, mas sua indicação ainda não foi encaminhada ao Senado, onde precisa passar por sabatina e ter a chancela da maioria dos 81 senadores.

No entanto, ele já tem o aval oficial do governo americano para ocupar o posto e disse que, durante o encontro desta sexta, Trump reforçou o apoio a seu nome "de maneira educada."

Dentro da Casa Branca, jornalistas que fazem a cobertura diária da rotina de Trump estranhavam a visita do filho do presidente brasileiro sem que ele ainda tenha sido aprovado para o cargo e esperavam por um anúncio sobre a ajuda americana para o combate às queimadas na Amazônia.

Acabaram frustrados. Foi Araújo quem respondeu às perguntas em inglês, dizendo que não havia novidades naquele momento. Quando um dos repórteres se dirigiu a Eduardo para saber como o presidente brasileiro se sentia em relação às críticas do presidente francês, Emmanuel Macron, ouviu o deputado, em português: "qual foi a pergunta? Responde você, Ernesto."

"O presidente se sentiu muito ofendido, assim como a maioria dos brasileiros", retrucou o chanceler.

Questionado sobre o motivo de ter se recusado a falar com os jornalistas estrangeiros, Eduardo ironizou: "prefiro falar com os brasileiros, vocês são muito mais bonitos."

O Planalto queria o respaldo de Trump para isolar Macron em meio à crise internacional que reverberou em torno das queimadas na Amazônia.

O francês tem sido um dos críticos mais ferrenhos à negligente política ambiental de Bolsonaro e impulsionou outros presidentes europeus a condenar o desmatamento e as queimadas na floresta, elevando a tensão internacional.

"Não podemos aceitar, no Brasil, Macron falando e atentando contra nossa soberania nacional, depois querer fazer algum tipo de ajuda, porque não é uma ajuda que vem de bom coração. Isso é um desrespeito aos brasileiros, seria subjugar nossa brasilidade aceitar esse tipo de ajuda", finalizou Eduardo.

Ao final do encontro na Casa Branca, o deputado seguiu com a comitiva para a embaixada, onde se encontrou com o polemista Olavo de Carvalho.

O deputado estava acompanhado, além de Araújo, do assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, e do encarregado de negócios da embaixada brasileira em Washington, Nestor Forster.

NEY MATOGROSSO

De volta ao Recife, Ney Matogrosso nega mensagem política em show: 'Eu sou o discurso'

Ney MatogrossoFoto: Teca Lamboglia/Divulgação



Cantor traz a Pernambuco, pela primeira vez, o seu show 'Bloco na Rua', que ganha única apresentação no Teatro Guararapes, neste sábado

Filho de militar, Ney Matogrosso passou a infância e a adolescência mudando de cidade. O Recife foi uma delas. Até hoje ainda guarda na memória o cheiro que exalava dos jenipapeiros plantados na rua onde morava, no bairro de Casa Amarela. Aos 78 anos, retorna à capital pernambucana como cantor e compositor consagrado, figura fundamental na história da música brasileira. 

Neste sábado (31), a partir das 21h, ele sobe ao palco do Teatro Guararapes com seu novo show, "Bloco na rua", que está na estrada desde o início do ano. Em entrevista coletiva concedida no hotel onde está hospedado, em Boa Viagem, o ex-integrante do grupo Secos & Molhados falou sobre o repertório da apresentação, sua opção por não fazer discurso político e as lembranças de Pernambuco.


Repertório do show

Eu fiz um repertório já gravado por muita gente. Há artistas que não cantam música que alguém já gravou, mas eu não tenho esse tipo de problema. Acho que vou dar a minha leitura, a minha visão sobre aquilo. Então, esse show é baseado em músicas que já foram interpretadas por outras pessoas, até mais de uma vez, e algumas do meu repertório antigo, coisa que eu também não faço com muita frequência. Só tem uma inédita ("Inominável", de Dan Nakagawa). Não tinha nem a intenção de cantar músicas novas.

Posicionamento político

Não estou fazendo discurso político. Eu sou muito mais sútil. Não me interessa fazer discursos, mas isso não me impede de falar e cantar o que eu tiver vontade. Eu sou o discurso. Não preciso pegar numa bandeira, eu sou a própria. Meu trabalho não é pautado em ninguém. Tanto é que esse repertório está pronto há dois anos. Não havia horizonte indicando nada do que está acontecendo agora no Brasil. Portanto, se acham que alguma coisa que eu canto pode ser vista como política, então seria política para qualquer um. Fiz um repertório independente, livremente, pelo prazer de dizer aquelas coisas e acho que o que estou dizendo é compatível com tudo o que a gente tem visto.


Figurino

Foi a primeira vez que eu não opinei (na escolha do figurino). Gosto de estar junto e dar minha opinião, mas o Lino (Villaventura) não queria. Eu deixei, mas disse que se não gostasse eu não usaria. Mas gostei, porque eu já tinha visto a ideia da cabeça e me pareceu muito interessante. Entro sem verem o meu rosto, mas dura só um minuto, logo eu tiro. Por baixo dessa cabeça tem outra coisa e, em um determinado momento, eu abro o peito. No bis, tiro os adereços dos braços e das pernas e fica só o macacão. Minha ideia era fazer uma roupa só, porque eu estava cansado de tantas trocas. No 'Atento aos sinais' eram quatro e eu acabei tirando o figurino que eu mais gostava: um vestido preto, colado no corpo e que ia até o chão. 

Nova biografia

Eu conversei com o autor (o jornalista Julio Maria), porque já saíram outros livros sobre mim e nesses eu vi mentiras. Falei com ele e disse: "Não posso te impedir de fazer, porque agora existe uma lei e você tem o direito, mas não pode ter mentira a meu respeito, porque se tiver eu vou reagir. Então, você preste atenção". Não estou dizendo que ele mentiria, mas as pessoas aproveitam as oportunidades. No primeiro livro que escreveram eu li um monte de absurdos que as pessoas falaram para a escritora. Então, o Julio está mais cuidadoso. Quando tem dúvidas, ele me liga, me pergunta e eu respondo. Não vou impedir ele de fazer, mas também não pode escrever tudo o que as pessoas dizem, se não for verdadeiro.

Lembranças do Recife


Tenho memória da rua em que eu morei, que se chamava Rua do Jenipapeiro. Nem sei se ainda existe. Era uma ladeira que tinha pés de jenipapo plantados nela inteira. Nossa casa ficava no alto e eu me lembro do cheiro. Tem a história do camarada que chegou na grade de ferro me chamando. Fui na direção dele e, daqui a pouco, vieram as empregadas gritando. Eu era uma criança, não entendia nada. Eu devia ter quatro ou cinco anos. Me agarraram e me tiraram de lá. Depois, me disseram que não podia, porque era o papa-figo, que comia o fígado das crianças. 

Cuidados com a saúde

Eu como pouco, porque não gosto de sair da mesa me sentindo pesado. Faço ginástica diariamente. Não para ficar forte, mas para manter meu tônus muscular apenas. E acho que a cabeça me leva. Eu inventei isso (subir aos palcos), como é que não vou realizar? Por mais que seja pesado, tenho que fazer. Nunca tive um show leve. Todos exigiram muito de mim fisicamente. Não é que agora exija mais. Pelo contrário, eu suava muito mais do que hoje em dia. Nada me impede ainda. Sei que inevitavelmente chegará esse pedaço da vida, mas enquanto puder eu faço. 

Sucesso no exterior

Portugal para mim não é fora. Eu me sinto em casa. Desde 1983, vou lá regularmente e tudo o que faço aqui eu levo para lá. Mas também já fui à Alemanha, onde ninguém entende uma palavra do que eu estou cantando. Eu corria para um ponto do palco e todo mundo corria atrás de mim. Não entendo o que é que move essas pessoas. Acho que meu trabalho é baseado na palavra. Eu determino o que vou cantar por esse critério. Então, fico imaginando como é quando não entendem a palavra. Vou me apresentar em Londres pela primeira vez em outubro. Há muitos brasileiros morando lá. Provavelmente, deve aparecer gente que não me vê há muito tempo. Só estou com medo do frio. 

Formato 

Eu não tenho mais como ouvir vinil. Esse aparelho que você compra hoje em dia não é igual. Eu gostava mais do que possibilitava a capa de um LP, pelo tamanho e tudo mais. Mas mesmo com o CD faço isso. Tudo nos meus trabalhos passa por mim. Não sei se isso é muita loucura, mas acho que tem que ser tudo muito coerente. As capas todas, assim como a primeira imagem que será mostrada de cada trabalho, quem determina sou eu. Sempre foi assim.


FolhaPE

MUDANÇA NO TRÂNSITO

Eventos alteram o trânsito do Recife neste domingo

O circuito Banco do Brasil sairá do Shopping Rio Mar, no bairro do PinaFoto: Reprodução/ Wikipedia


Circuitos esportivos e uma Parada da Diversidade deslocarão cerca de 60 agentes da CTTU

Devido a eventos no Centro e nas zonas Norte e Sul do Recife neste domingo (1º), a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) preparou esquemas especiais de trânsito. Cerca de 60 agentes foram escalados para acompanhar as atividades. 

Das 6h30 às 11h, ocorrerá a operação para o Circuito Banco do Brasil, que sairá do Shopping Riomar, no bairro do Pina. Os condutores que desejarem acessar ou circular pela área central da cidade deverão ficar atentos aos bloqueios e desvios montados pela CTT. A expectativa é de que as operações sejam encerradas às 12h. 

A corrida terá dois percursos, de 10 km e 5 km, ambos com saída do Shopping RioMar. O trajeto mais longo segue do RioMar pela Avenida República Árabe Unida, Ponte Governador Paulo Guerra, Avenida Saturnino de Brito, Avenida Engenheiro José Estelita, onde ocorre o retorno, e volta pela Ponte Paulo Guerra, Via Mangue, retornando para o local da largada. Já para os participantes da corrida de 5 km, o percurso segue o mesmo trajeto, no entanto os corredores voltam para o local da partida pela Ponte Paulo Guerra.

Os principais bloqueios serão montados a partir das 6h no Cais José Estelita, nos sentidos do Largo do Cabanga até o Forte das Cinco Pontas e na pista Oeste da Via Mangue, a partir da Ponte Paulo Guerra até a altura do Supermercado Extra. Também haverá bloqueio nos cruzamentos da Rua Comandante Antônio Manhães de Matos com a Rua Dilermano Reis e Rua Bituri.

Os condutores vindos da Zona Sul devem seguir pela avenida Governador Agamenon Magalhães para acessar o Centro. Quem desejar pegar as vias do entorno da comunidade Jardim Beira Rio deverá seguir pela Avenida Herculano Bandeira e girar à direita na Rua Arquiteto Augusto Reinado. Já quem estiver na área Central e quiser seguir para a Zona Sul poderá utilizar a Rua Imperial como rota alternativa. Também há opções de desvios para aqueles que desejam trafegar pelo Centro. As ruas da Aurora (faixa da esquerda), Imperador e Siqueira Campos estarão abertas para a circulação e poderão ser usadas como rotas alternativas.

Também no domingo, das 9h às 13h, ocorrerá o Passeio Ciclístico Pedalando contra as Drogas, no Centro do Recife. Os bloqueios serão feitos e desfeitos de acordo com a passagem do público. 

Os ciclistas sairão da Rua da Aurora, na altura do antigo prédio da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e seguirão no sentido subúrbio. Em seguida, seguem para a Ponte do Limoeiro, Cais do Apolo, Rua Madre de Deus, Cais Santa Rita, Viaduto das Cinco Pontas, Avenida Engenheiro José Estelita, Rua Capitão Temudo, Avenida Herculano Bandeira, Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, Rua Jornalista Francisco Almeida, Avenida Conselheiro Aguiar, Rua França Pereira, Avenida Boa Viagem, Avenida Antônio de Goes, Avenida Engenheiro José Estelita, Avenida Martins de Barros, Praça da Independência, Avenida Guararapes e Ponte Duarte Coelho, com término na Rua da Aurora. 

Já a partir das 15h, o bairro de Casa Amarela, na Zona Norte, receberá a Parada da Diversidade. A concentração será na Rua Vasco da Gama. O palco será montado na Rua Luiz Cesário de Melo, que ficará bloqueada até a segunda-feira (2), para desmontagem da estrutura. 

O desfile sairá da Rua Vasco da Gama e seguirá pela Rua Padre Lemos, Rua Dona Ana Xavier, Rua Paula Batista, Estrada do Arraial, Rua Padre Lemos novamente, Rua Pedro Alain, Avenida Norte, encerrando em frente à Igreja do Evangelho Quadrangular. Os demais bloqueios do percurso serão itinerantes, e a previsão é de que o evento seja encerrado às 20h.



FolhaPE

MONITORANDO QUEIMADAS

Bolsonaro agradece Merkel e diz que serviço europeu vai monitorar queimadas

Bolsonaro e Angela Merkel no encontro do G20, realizado em julho no JapãoFoto: Clauber Cleber Caetano/PR


Em nota oficial, a Presidência da República classificou o contato como 'franco e cordial'. Na conversa, Bolsonaro agradeceu a alemã pelo esforço dos países estrangeiros em colaborar com o Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse que o Serviço Europeu de Ação Externa foi acionado para avaliar o quadro de queimadas na América do Sul, incluindo a floresta amazônica.

A informação, segundo o governo brasileiro, foi repassada ao presidente pela chanceler alemã Angela Merkel, em conversa por telefone na tarde desta sexta-feira (30). Segundo ele, o diálogo foi produtivo.

"No dia de hoje, tive uma conversa bastante produtiva com a chanceler Angela Merkel, a qual reafirmou a soberania brasileira na nossa região amazônica. A pedido do governo alemão, o Serviço Europeu de Ação Externa foi mobilizado para avaliar a situação das queimadas na América do Sul", disse o presidente, em mensagem nas redes sociais.

Em nota oficial, a Presidência da República classificou o contato como "franco e cordial". Na conversa, Bolsonaro agradeceu a alemã pelo esforço dos países estrangeiros em colaborar com o Brasil.

"O presidente informou que foi um contato franco e cordial onde agradeceu o esforço dos países em colaborar com Brasil, na missão de combater as queimadas sazonais que ora afetam a Amazônia Legal", salientou.

O Palácio do Planalto disse ainda que o presidente atualizou a chanceler sobre as iniciativas feitas até agora, como a colaboração das Forças Armadas para o combate aos incêndios ilegais, e reafirmou a posição brasileira de não aceitar discussões sobre a soberania brasileira.

"Ele ratificou a posição brasileira de não cogitar qualquer discussão quanto à soberania do nosso território, bem como sobre a governança de eventuais recursos e apoios que possam ser concedidos ao Brasil", ressaltou.

O governo brasileiro também relata que, durante a conversa, Bolsonaro disse a Merkel que suas críticas em relação ao presidente da França, Emmanuel Macron, devem-se a um posicionamento de "caráter pessoal" diante dos "ataques perpetrados" pelo francês.

Na mensagem nas redes sociais, Bolsonaro afirmou ainda que foi informado de que as o Serviço Europeu de Ação Externa constatou que a área de queimadas no Brasil teve um decréscimo neste ano em comparação ao ano passado.

O brasileiro, no entanto, não apresentou documentos que provam essa informação. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o país teve até agora 72.843 focos de incêndio, um aumento de 83% em relação ao mesmo período do ano passado.

O tom cordial adotado por Bolsonaro na conversa com Merkel representa uma mudança em relação ao início da crise ambiental. Ele chegou a ironizar a decisão do governo alemão em suspender o envio recursos para projetos de proteção da floresta amazônica.

"Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu R$ 80 milhões para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando muito mais do que aqui", disse.