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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

ESPERNEIO PETISTA

Gleisi Hoffmann (PT) chama de "ato de violência" celeridade do TSE em julgar Lula

                                                                  Gleisi Hoffmann                                                                 Foto: Evaristo Sá/AFP


"Julgamento feito às pressas passa por cima de ritos previstos na lei, como as alegações finais", questiona a petista

presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann emitiu uma nota, ontra o que chamou de "ato de violência judicial" do TSE por acelerar o processo de julgamento sobre a candidatura do ex-presidente Lula (PT) - o julgamento começou  às 14h30 e deverá se alongar pela noite desta sexta-feira (31).

Confira a nota, na íntegra:

Ao incluir de última hora, na pauta da sessão extraordinária desta sexta (31), o julgamento do registro do candidato Lula, o Tribunal Superior Eleitoral comete mais uma violência judicial contra Lula e o povo que quer elegê-lo presidente.

O julgamento feito às pressas passa por cima de ritos previstos na lei, como as alegações finais, diferentemente do que ocorreu com outras candidaturas impugnadas, como as de Geraldo Alkmin e Jair Bolsonaro, baluartes do golpe do impeachment.

A defesa de Lula, protocolada ontem à noite, tem cerca de 200 páginas contendo provas e argumentos que certamente não foram lidos com a devida atenção pelos ministros, dada a evidente falta de tempo para tal.

Setores do Judiciário brasileiro vêm tratando Lula de forma parcial e discriminatória, inclusive nas cortes superiores. Contra ele, tudo se torna possível, até os mais flagrantes atropelos ao direito de defesa, às normas processuais, à Constituição.

Lula tem direito de ser candidato, conforme a lei brasileira e por determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que o estado brasileiro tem de cumprir. O povo brasileiro tem o direito de votar em que melhor o representa. E o Judiciário tem de fazer valer esses direitos.

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do PT"

JULGAMENTO DE LULA

Barroso vota pela exclusão de Lula da eleição


O ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou, hoje, pela rejeição do pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, à Presidência da República.
Relator do pedido de candidatura, Barroso foi o primeiro a votar no julgamento do pedido, cuja decisão depende da maioria dos 7 ministros que integram o plenário do TSE.
Depois dele, votam os ministros Edson Fachin, Jorge Mussi, Og Fernandes, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Rosa Weber.
No voto, Barroso elogiou a Ficha Limpa, pela qual Lula está inelegível em razão da condenação por corrupção e lavagem de dinheiro em órgão colegiado.
“[A lei] não foi um golpe nem decisão de gabinete. Foi em verdade fruto de grande mobilização popular em torno do aumento da moralidade e da probidade na política. Foi o início de um processo profundo e emocionante na sociedade de demanda por integridade, idealismo e patriotismo”, afirmou.
Em relação a Lula, esclareceu que não estava em julgamento a moralidade do ex-presidente nem sobre seu legado político, já que a culpa em si do petista é analisada na Justiça comum – no caso, em recursos ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal.
“Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões de outros órgãos do Judiciário ou tribunais de contas que configurem causa de inelegibilidade”, afirmou, citando precedentes do próprio TSE.
No início, Barroso ainda justificou a opção por decidir nesta sexta sobre o caso – a defesa queria adiar o julgamento, o que permitiria que Lula aparecesse como candidato na propaganda de rádio e TV, que começa neste sábado (1º).
O ministro disse que marcou a decisão para esta sexta para que o horário eleitoral comece com “o quadro definitivo dos candidatos à Presidência”.
“Foi uma decisão a favor da defesa, para permitir a apresentação, sua contestação, suas razões, possibilitar a sustentação oral, receber decisão colegiada em decisão pública, em lugar de decisão que teria de tomar sozinho em meu gabinete”, justificou.
Barroso também disse que, na condição de julgador do caso, não tem “qualquer interesse ou preferência que não seja o bem do Brasil. Nem pessoais, nem políticos, nem ideológicos”.
“Minha única preocupação é a defesa das instituições, da Constituição e da democracia, para que sirvam da melhor maneira possível à nação brasileira”, afirmou.

NÃO VALE NADA

Dodge: Recomendação de Comitê da ONU não tem validade

Nos 10 minutos que teve para defender a impugnação do registro de Lula, a procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, falou sobre o polêmico parecer do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que recomendou que o petista fosse candidato nas eleições deste ano.
Para ela, segundo o Portal BR18,  a decisão do órgão internacional não é de competência da Justiça Eleitoral, já que, como decidiu o juiz Celso de Mello, não se reconhece tratado internacional que não tenha sido incorporada à legislação doméstica.

ELEIÇÕES 2018

Se ficar sem Lula, PT pode não estar no horário eleitoral



O PT pode ficar de fora do horário eleitoral destinado aos candidatos à Presidência da República. Segundo o advogado eleitoral e ex-ministro do TSE Marcelo Ribeiro, para Coluna do Estadão, caso o TSE casse o registro de Lula nesta sexta-feira e não indicar um substituto a tempo, o partido não poderá mostrar sua propaganda neste sábado. Os petistas só voltariam ao rádio e a TV quando formalizassem o “poste” do ex-presidente.

CAMINHADA NA ILHA DE JOANEIRO

CHEGOU A HORA
MARCOS DI BRIA E PAULO CÂMARA 

Ao lado do governador Paulo Câmara, caminhamos pelas ruas da Ilha do Joaneiro,Sentimos o calor e a receptividade do povão daquela comunidade sempre recebidos com muito carinho pelo povo. Esse apoio só reforça a nossa vontade de fazer cada vez mais por essa comunidade tão querida. Vamos, juntos, na Assembleia Legislativa vamos ser ainda mais presente na vida do povo de Pernambuco. 
#MarcosDiBria #ChegouaHora  #DeputadoEstadual

SANTA CRUZ -PODE NÃO RENOVAR

Santa Cruz considera avaliar mercado e Roberto Fernandes fica mais distante do Arruda

Roberto Fernandes levou o Santa Cruz às quartas de final da Série C, mas falhou na missão do acesso


Busca por treinador não é tratada como prioridade pela direção de futebol coral


A diretoria do Santa Cruz ainda não definiu se irá ou não seguir com o técnico Roberto Fernandes para a próxima temporada. Por ora, a escolha do comandante para 2019 ainda não é tratada como prioridade no Arruda. De acordo com o vice-presidente de futebol do clube, Felipe Rêgo Barros, o clube precisa saber usar o tempo como aliado para fazer a melhor escolha. Eliminado da Série C, o Tricolor só volta às atividades no ano que vem.

"A gente ainda não sentou, não fez uma reunião de trabalho para programar o elenco e a comissão técnica. Tudo passa pela questão financeira. Então, não adianta pensar em Roberto Fernandes ou em treinador A, B ou C agora se não sabemos nem temos, precisamente, o levantamento de nossas receitas e despesas. Precisamos definir isso. Confirmando, vamos sentar. Mas posso dizer que não estamos com pressa", disse o dirigente.

Pelo Tricolor, Roberto Fernandes teve uma passagem regular. Comandou o clube em 14 partidas da Série C, levando o clube às quartas de final da competição. Acabou eliminado pelo Operário, perdendo a oportunidade de levar o clube de volta à Série B. De acordo com Rêgo Barros, a passagem do treinador pelo Arruda está sob avaliação e a permanência ainda é incerta. 

"Não quer dizer que vamos sair atrás ou depois dos nossos adversário. Pelo contrário, pode ser que ao passar do tempo novos nomes venham ao mercado. Nomes não disponíveis neste momento podem aparecer. Não quer dizer que decidir ou não agora vai implicar em prejuízo no nosso planejamento. Não vejo assim", pontuou o vice de futebol.

Roberto Fernandes no Santa Cruz
14 jogos
6 vitórias
4 empates
4 derrotas
52,4% de aproveitamento


Diario de Pernambuco

SPORT - AVALIANDO OS NOVATOS

Técnico do Sport avalia Safira e Marcão e praticamente fecha ciclo de reforços do Sport

"As outras contratações não vingaram mais nada. Devem se encerrar por aí", acrescentou o técnico


Eduardo Baptista vê poucas chances de trazer mais peças até fim de prazo


A conta está perto do fim. Com as contratações do volante Marcão, ex-Cuiabá, e do atacante Alisson Safira, ex-Londrina, o Sport chegou a 25 reforços na temporada. O número deve ser o que fechará as investidas do clube no mercado em 2018. Com prazo para inscrever atletas até o próximo dia 4 de setembro (terça-feira), o técnico Eduardo Baptista praticamente descarta que mais atletas possam surgir na Ilha do Retiro, diante das dificuldades financeiras que existem. Desse modo, as conversas com jogadores do Bragantino, que estavam abertas, estão praticamente descartadas.

“Nós chegamos aqui e as possibilidades de contratações se ‘escassaram’. Você não pode buscar mais na Série A (o clube chegou ao limite de cinco reforços de outros times com a divisão em andamento). Na Série B, os jogadores que estão se destacando você dificilmente consegue tirar sem dinheiro e dinheiro também não é uma coisa hoje fácil no Sport”, declarou o técnico.

Com pouca margem, Eduardo Baptista decidiu, então, sanar algumas carências específicas do elenco com a falta de um primeiro volante e de um atacante com possibilidade de disputar posição com Hernane Brocador. O próprio técnico avaliou as características do volante Marcão e do atacante Alisson Safira.

“A gente foi atrás de características. O Marcão é uma característica de primeiro volante, que nós não temos no nosso elenco. É um volante de contenção, de pegada. Conheço ele de alguns clubes, de disputar campeonato Paulista. Esteve no Atlético-GO ano passado. Esse ano enfrentei duas vezes pelo Campeonato Paulista. Então, é um primeiro volante de muita força e entendo que é uma posição carente”, disse.

“O Safira é um jogador jovem. A gente já vem acompanhando bem. Destacou-se ano passado na Série B pelo Londrina. No Campeonato Paulista, fez um campeonato bom pelo Novorizontino fazendo alguns gols. É artilheiro. Joga de nove, onde é a real função dele. Atua pelos lados  como tem feito pelo Londrina. É um jovem que vai nos ajudar na função de 9 para criar uma competição com Hernane. As outras contratações não vingaram mais nada. Devem se encerrar por aí”, acrescentou.


Diario de Pernambuco

LULA VAI PAGAR MULTA MILIONÁRIA

LULA TERÁ DE PAGAR MULTA DE MAIS DE 31 MILHÕES NO CASO DO TRIPLEX
Os valores serão pagos a título de danos no caso do triplex, por determinação da juíza Carolina Lebbos.

Quantia se destina a reparação de dano no caso do triplex

O ex-presidente Lula terá de pagar R$ 31.195.712,78 referentes a multa, custas processuais e reparação de dano no caso do triplex do Guarujá (SP), segundo determinou a juíza federal Carolina Lebbos, 12ª Vara Federal de Curitiba. A magistrada ofereceu prazo de 15 dias para o ex-presidente propor parcelamento do valor.
O não pagamento dessa quantia impedirá o acesso do apenado ao regime de progressão de regime de pena, após o trânsito em julgado da sentença.
Carolina Lebbos determinou ainda a abertura de conta judicial na Caixa Econômica Federal onde terá de ser feito o depósito dos R$31,1 milhões. Lula terá de pagar R$99,32 de custas processuais, R$1.299.613,46 de multa e mais R$29.896.000 de reparação de dano.
Ainda na mesma decisão, a juíza reafirmou que Lula foi condenado em segunda instância e está inelegível. Por isso, decidiu que não vai analisar os pedidos de entrevistas.

FIM DA FARSA

JUÍZA PROÍBE GLEISI DE FINGIR QUE ATUA COMO ADVOGADA PARA TER ACESSO A LULA
Gleisi Hoffmann fingia atuar na defesa de Lula só para ter livre acesso à carceragem da PF. (Foto: Ricardo Stuckert)


A juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), emitiu despacho na noite desta quinta-feira (30) impedindo a senadora Gleisi Hoffmann (PT) de atuar como advogada do petista.

Gleisi passou a figurar entre os advogados do ex-presidente para poder encontrá-lo sem restrições. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) desde abril.
Com a decisão de Lebbos, a presidente nacional do PT precisará respeitar o horário de visitas, que têm ocorrido às quintas-feiras. O despacho também atingiu o tesoureiro do partido, Emídio de Souza.


Lebbos argumenta que, segundo a lei, como membro do Legislativo, Gleisi não pode praticar a advocacia contra ou a favor de sociedades de economia mista -como é o caso da Petrobras.
A juíza lembra que Lula foi condenado por crime contra a administração pública, com o dever de ressarcimento de danos à estatal, que também atuou como assistente de acusação no processo do tríplex.
Sendo assim, no entendimento da magistrada, a procuração por meio da qual a senadora incluiu Emídio de Souza como advogado também é nula.


Lebbos voltou a negar, ainda, pedidos da imprensa para entrevistar o ex-presidente -entre eles, um da Folha de S. Paulo.
Atendendo pedido do Ministério Público Federal, a juíza pediu uma série de esclarecimentos à Polícia Federal.
Lebbos quer que as autoridades policiais respondam, entre outros pontos, se houve conhecimento de eventual entrevista concedida por Lula ao jornal italiano La Repubblica e a relação de todos que visitaram o ex-presidente, incluindo dia e a hora dos encontros.


Ela também ordenou a abertura de conta de depósito judicial para o recolhimento dos valores devidos por Lula. No total, o ex-presidente deverá efetuar o pagamento de mais de R$ 30 milhões.
“Rememoro que referidos valores serão depositados em conta judicial vinculada a este Juízo e após o trânsito em julgado serão devidamente destinados.”
Lebbos advertiu que a progressão de regime está condicionada à reparação dos danos causados.
Além disso, a magistrada informou ter encaminhado pedido de Lula para votar à Justiça Eleitoral.

A BRIGA DOS PODEROSOS

Reajuste dos juízes: agora briga do auxílio-alimentação

Ação sobre o benefício está na pauta de julgamentos do dia 12 de setembro

A solução articulada pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), para garantir o reajuste salarial de 16,38% para magistrados em troca do fim do auxílio-moradia deve passar por uma ação que discute no tribunal um outro benefício, o auxílio-alimentação.
A ação sobre o auxílio-alimentação está na pauta de julgamentos do dia 12 de setembro. Trata-se da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4822. Sua análise começou em 2013 e será retomada no voto de Toffoli, que pediu vista naquele ano.
Essa saída está em estudo no Supremo porque o ministro Luiz Fux, que é o relator das ações que tratam do auxílio-moradia, tem indicado que pode não levá-las a julgamento em breve. Na quarta-feira (29), integrantes do governo federal e do Judiciário informaram que Toffoli e Fux se comprometeram, em reunião com o presidente Michel Temer, a extinguir o auxílio-moradia irrestrito que hoje é pago a toda a magistratura.
Com base nisso, Temer liberou a inclusão do reajuste dos salários no orçamento do ano que vem --o que terá impacto calculado em R$ 930 milhões por ano e ainda precisará passar pelo Congresso. O acordo, contudo, é apontado como sendo mais de Toffoli do que de Fux.
As entidades sustentam que as perdas salariais acumuladas chegam a 40% por causa da inflação, e que o índice de 16,38% é insuficiente para compensá-las. O pagamento irrestrito do auxílio-moradia a toda a magistratura é feito desde 2014 por força de uma liminar de Fux. A questão em torno da ADI 4822, que trata do auxílio-alimentação, é que, com a estratégia de Toffoli, ela deverá ser usada, no mínimo, como precedente para declarar inconstitucionais quaisquer auxílios desse tipo.

Reynaldo Turollo Jr. – Folha de S.Paulo

ELEIÇÕES 2018

Estamos lascados

Abundam subavaliações e ideias fantasiosas na campanha de presidenciáveis

O que de melhor poderia acontecer para o Brasil agora seria que os principais candidatos à Presidência fizessem uma campanha honesta, isto é, que não deturpassem demais a dura realidade fiscal do país nem prometessem o impossível.
A julgar pelos debates, programas de governo e declarações de assessores, há uma boa chance de estarmos lascados. É verdade que a perspectiva não é tão ruim como em 2014, quando os principais postulantes pareciam falar de um país que não era o Brasil, em que havia dinheiro para tudo. Hoje, as candidaturas reconhecem que a situação econômica é difícil. Ainda assim, em meio à perturbadora generalidade da maioria das propostas, abundam subavaliações e ideias fantasiosas.
Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, por exemplo, anunciam que pretendem acabar com o déficit primário em dois anos, o que parece virtualmente impossível dada a extensão das despesas obrigatórias. E esses são supostamente candidatos mais pé no chão. Bolsonaro diz que vai resolver a parada em um ano. Lula, Marina e Ciro querem elevar o gasto público em educação de 6% do PIB para 10% até 2024. O principal assessor econômico do PT não vê necessidade de grandes mudanças na Previdência.
Para agravar um pouco mais o quadro, sabe-se que basta um dos postulantes mais competitivos fazer uma promessa mirabolante para que seus rivais se sintam na obrigação de superá-la, deflagrando uma espécie de corrida armamentista.
Até entendo que, numa campanha, precisa haver algum espaço para vender esperança. Não dá para só falar dos problemas que enfrentaremos. Mas é preciso muito cuidado para não exagerar. Afinal, quem quer que vença o pleito terá a missão de administrar o país, e será menos difícil fazê-lo se não estiver comprometido com expectativas irrealistas que tenha fomentado na população. Todos vimos três anos atrás os efeitos devastadores que um estelionato eleitoral pode produzir.

Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo

ELEIÇÕES 2018

Alckmin começa a ser cristianizado


Empacado nas pesquisas eleitorais, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) aposta tudo na máquina partidária e no tempo de televisão para crescer. Porém, a primeira já dá sinais de abandonar o tucano. Primeiro, apenas 96 dos 216 diretórios regionais dos partidos do Centrão vão fazer campanha para o ex-governador de São Paulo, que agora sonha com o Planalto.
Caso emblemático é o Presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que fará campanha para o candidato de Lula à presidência, mesmo com o partido apoiando formalmente o ex-governador de São Paulo. Agora, lideranças regionais do PSDB de São Paulo, principalmente na região oeste do estado, dizem que apoiarão Bolsonaro (PSL).
Nas eleições presidenciais de 1950, Getúlio Vargas foi candidato pelo PTB e era tido como grande favorito. Outro partido próximo a Vargas, o Partido Social Democrático, lançou Cristiano Machado como candidato. Com o andar da campanha e a percepção de que Getúlio ganharia com facilidade, integrantes do PSD abandonaram Cristiano Machado e passaram a apoiar Vargas. Daí surgiu o termo “cristianização”.
Mais um problema para o tucano conseguir deslanchar nas pesquisas eleitorais, algo que já parece pouco provável, tendo em vista as movimentações em curso.

Victor Oliveira – Blog Os Divergentes

ELEIÇÕES 2018

Marina se impôs no Jornal Nacional


A sorte ajudou ao deixá-la na posição de última entrevistada da semana, e é inegável que, no seu caso, a artilharia reunida pelo Jornal Nacional é menor do que em relação aos demais candidatos. Marina Silva parece ter sido a presidenciável que saiu com menos arranhões da primeira rodada inquisitória do JN em 2018. Se alguém ganhou votos na entrevista, o que é raro, deve ter sido a candidata da Rede, que, com toda a sua fragilidade física, conseguiu em diversos momentos levantar a voz e se impor a William Bonner e Renata Vasconcelos.
Não cronometrei, mas apostaria que, dos quatro entrevistados, terá sido Marina que conseguiu manter Bonner e Renata calados por mais tempo, ouvindo suas respostas -uma tarefa para lá de difícil. Deu boas cortadas às réplicas dos entrevistadores, que acabaram sendo enfadonhas. Mais de cinco minutos, por exemplo, foram gastos em argumemtos sobre os problemas de organização da Rede.
Ficou até meio patética a tentativa de grudar em Marina a pecha de falta de liderança por causa das dificuldades do partido e de falta de firmeza em relação a reformas como a da Previdência. Bonner e Renata não se conformavam com o fato de a candidata ter dito que pretende debater pontos da reforma como a idade mínima para aposentadoria. Já não foi muito debatido? – indagaram.
Não, respondeu ela, completando que o atual governo ouviu só um lado e mandou a proposta que quis ao Congresso – e que talvez estejamos acostumados a receber pacotes prontos, em vez de debater, como se deve fazer em qualquer democracia.
Marina nadou de braçada também quando indagada sobre a suposta demora em licenciamentos ambientais quando era ministra do governo Lula, enumerando as liberações feitas e queixando-se de que, nesse caso, muita gente fala sem entender do assunto – claro, com a educada ressalva de que “este não é o seu caso, Bonner”.
A candidata passou firmeza e se impôs. Mas o público, como ocorreu nas outras entrevistas do JN, ficou grande parte do tempo assistindo a perguntas, respostas, réplicas e tréplicas sore temas secundários e periféricos. Saúde, educação, ajuste fiscal e outras questões cruciais para o país neste momento continuaram de fora.

Helena Chagas - Blog Os Divergentes

AUMENTO DOS PODEROSOS

Judiciário faz discurso moralista

....mas abocanha recursos dos mais pobres
STF manobra para incorporar auxílio-moradia a salários

O Judiciário faz um discurso moralista, mas não tem vergonha de abocanhar recursos públicos num momento de grave crise fiscal e de empobrecimento do país. O STF pressionou e obteve do presidente Michel Temer a promessa de que o aumento de 16,38% para os salários dos 11 ministros da corte constará da proposta orçamentária de 2019.
Em troca, os ministros Dias Toffoli, futuro presidente do STF, e Luiz Fux, pai da liminar que criou a farra do auxílio-moradia, prometem acabar com esse penduricalho.
Na prática, foi feita uma troca. O STF se compromete a cortar o auxílio-moradia de R$ 4,4 mil pago de forma geral e irrestrita, mas ganhará um reajuste de R$ 5,5 mil. Obviamente, haverá efeito bilionário para as contas da União, Estados e municípios devido ao efeito cascata. Na largada, os salários da magistratura e do Ministério Público vão incorporar o privilégio aos seus ganhos que são altíssimos para o padrão brasileiro e mundial.
Além de Temer, os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) aceitaram o acordo proposto por Dias Toffoli e Luiz Fux em nome do STF e do lobby do Judiciário.
Esse é um exemplo de como a elite brasileira abocanha recursos que farão falta para políticas públicas voltadas para os mais pobres e para investimentos públicos.
Essa elite tira proveito de um governo fraco e de políticos acuados com investigações no STF e em outras instâncias da Justiça. Senadores e deputados tendem a aprovar essa troca de favores que explica a desigualdade social e a falta de recursos para os mais carentes. O próximo governo e a sociedade vão pagar essa conta.
Seria conveniente que os candidatos à Presidência se manifestassem a respeito desse grande acordo nacional envolvendo o Executivo, o Legislativo e o STF.

Blog do Kennedy

AUXÍLIO DOS PODEROSOS

Auxílio-moradia tem que ser extinto, sem compensações a magistrados


O acordo que garantiu o reajuste do STF precisa ser esclarecido. É perigosa a proposta de reajustar o salário do Judiciário Federal para extinguir o auxílio-moradia. Magistrados e aposentados que não têm direito ao benefício receberão o aumento. O custo seria maior para o contribuinte. A melhor solução é simplesmente extinguir o privilégio sem que se negocie qualquer compensação ao Judiciário. 
O fim do auxílio-moradia traria uma economia de até R$ 600 milhões, estima a consultoria da Câmara. O impacto do reajuste será maior, estimado em R$ 930 milhões. Isso porque o reajuste é repassado a todos os aposentados e vai privilegiar também os juízes federais que não recebiam o penduricalho. 
Não cabe relacionar o aumento com a incorporação de um benefício sem sentido. Acabar com o privilégio é a melhor decisão. Os magistrados já ganham bem, não precisam que o estado pague também um auxílio-moradia. O benefício vinha sendo desfrutado até por quem já tem casa ou por marido e mulher juízes que moram na mesma residência. 

Miriam Leitão – O Globo

JUSTIFICANDO O VOTO

No JN, Marina Silva justifica apoio a Aécio em 2014

... e diz que centrão faz 'corrupção brava'
Candidata foi entrevistada nesta quinta-feira (30) pelo Jornal Nacional

A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, justificou seu apoio ao tucano Aécio Neves no segundo turno das eleições de 2014, e disse que partidos do centrão praticam "corrupção braba". 
A candidata foi entrevistada nesta quinta-feira (30) pelo Jornal Nacional, da TV Globo. 
"Hoje, com as informações que vieram com a Lava Jato, não teria declarado apoio", afirmou, quando questionada pelo apresentador William Bonner sobre a aliança. 
"Nas eleições de 2014, a maioria das pessoas conscientes acabou votando em alguém. Mesmo com tudo que tinha, alguém escolheu um candidato no segundo turno, mas eu tenho certeza que muitos de nós aqui não teriam votado se tivessem as informações da Lava Jato", disse. 
Marina não respondeu quando o apresentador mencionou o caso do aeroporto de Cláudio, construído pelo governo mineiro em terreno do tio de Aécio, polêmica da campanha do candidato tucano conhecida já em 2014. 
Bonner também questionou a candidata a respeito das alianças regionais de seu partido, que em estados está coligado com partidos que ela critica, como DEM, PT e PSDB. O apresentador afirmou que o centrão é conhecido pelo "toma lá, dá cá". 
"É mais do que isso, é corrupção brava mesmo", retrucou Marina. Apesar disso, ela voltou a afirmar que suas alianças são coerentes e que busca os melhores em cada partido.  "Desde 2010 eu digo que pessoas boas existem em todos os partidos", afirmou. 
O apresentador questionou a ex-senadora sobre as citações em delação do ex-governador Eduardo Campos (PSB), cabeça de chapa em 2014 que morreu durante as eleições em um acidente de avião. 
Marina lembrou Campos, morto um dia após sua própria entrevista no JN, e disse que hoje está "muito bem calçada pela Lava Jato". "Não tenho compromisso com erros", afirmou.

Angela Boldrini e Joelmir Tavares – Folha de S.Paulo

CORAGEM PRA ATACAR A GLOBO

Bolsonaro usa reportagem para atacar Globo

Texto foi publicado em 29 de junho de 2015 e tem sido compartilhado por seguidores do candidato

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e apoiadores têm utilizado reportagem feita pelo UOL em 2015 e que foi reproduzida no site da Folha para sustentar o argumento de que a Rede Globo recebe bilhões de reais em publicidade estatal federal.

O candidato fez o comentário sobre a emissora na terça-feira (28), durante entrevista no Jornal Nacional e passou a compartilhar a reportagem no dia seguinte, com ajuda de seus seguidores.

A reportagem foi publicada em 29 de junho de 2015 pelo UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha. Em 30 de junho do mesmo ano, a Folha veiculou-a em sua versão digital. É a versão da Folha que vem sendo difundida pelo candidato.
Bolsonaro fez o comentário crítico no Jornal Nacional durante diálogo sobre sua defesa, no passado, de que homens e mulheres não devem necessariamente receber o mesmo salário. O candidato então disse que William Bonner, editor-chefe e apresentador do programa, e Renata Vasconcellos, apresentadora, não recebem salários equivalentes.

A jornalista na sequência respondeu que o salário de Bolsonaro é de interesse público, já que ele é deputado e candidato à Presidência, e o dela, não. E então ele replicou com o argumento sobre os recursos públicos investidos na Rede Globo, indicando que dessa forma o salário dela seria, sim, de interesse público.

"Vocês vivem em grande parte de recursos da União. São bilhões que recebe o sistema Globo de recursos da propaganda oficial do governo", disse o candidato.

Na quarta-feira (29), os apoiadores do candidato passaram a compartilhar a reportagem "TV Globo recebeu R$ 6,2 bilhões de publicidade federal com PT no Planalto", publicada pela Folha há três anos.

Folha de S.Paulo

SATISFEITO COM O DECRETO

Temer: Com intervenção, índices de criminalidade são "extraordinários"

Presidente diz estar 'satisfeitíssimo' em ter decretado a ação federal no estado

Após se reunir com o comando da intervenção federal na segurança do Rio para um balanço sobre os seis primeiros meses da ação, o presidente Michel Temer não poupou elogios à ação das forças federais no estado. Mesmo com o aumento de diversos índices criminais, como os homicídios dolosos, Temer afirmou que os números são "extraordinários".
— Nesses três ou quatro meses (de ações concretas) os índices de combate à criminalidade são extraordinários — afirmou, citando um aumento nas prisões e apreensões de drogas.
Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), índices de crimes importantes tiveram crescimento em julho, em comparação ao mesmo período de 2017. O número de homicídios dolosos cresceu 9%, enquanto as mortes em confronto com as polícias tiveram um aumento de 105%. Por outro lado, houve redução de 29% nos roubos de veículos, e 19% nos roubos de carga.
Temer esteve na reunião acompanhado pelos ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo, Torquato Jardim, da Justiça, e Joaquim Silva e Luna, da Defesa. Também participaram do encontro o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Marcelo Crivella e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano. Para Temer, não há nenhum arrependimento em ter decretado a intervenção federal, em fevereiro.
— Nós da área federal estamos satisfeitíssimos por ter decretado a intervenção — garantiu.

Igor Mello: O Globo