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quarta-feira, 28 de junho de 2023

POLÍCIA

Manguezal Vermelho: criminosos torturavam e enterravam corpos em cemitérios clandestinos em Ipojuca

Operação cumpriu 24 mandados de prisão - Foto: Reprodução


Bando atuava no Litoral Sul de Pernambuco e tinha planos de invadir Delegacia de Porto de Galinhas



Criminosos alvos da Operação Manguezal Vermelhodeflagrada na manhã desta quarta-feira (28), torturavam e enterravam pessoas em cemitérios clandestinos em áreas de mangue de Porto de Galinhas e Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco

A ação cumpriu 24 mandados de prisão e nove de busca e apreensão nas cidades de: Recife, Ipojuca, Igarassu, Abreu e Lima, Palmares e Limoeiro, em Pernambuco, e Aracaju (SE).

Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa tem base em Porto de Galinhas e atua em diversas regiões do Estado. Eles são suspeitos de tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo, tortura e lavagem de dinheiro.

Os alvos dos criminosos, que eram torturados e enterrados nas covas clandestinas, eram supostos informantes da polícia, usuários de droga com dívidas com a facção, pessoas que comercializavam drogas na região sem a "autorização" dos líderes da quadrilha, moradores locais que praticam crimes patrimoniais ou de violência doméstica na comunidade. 

"Todos estes julgados e condenados por uma espécie de tribunal do crime", explicou a polícia.

O delegado Ney Luiz, titular da Delegacia de Porto de Galinhas, explicou que os criminosos espancavam e até esquartejavam os que eram "julgados" pelo "tribunal do crime".

"Eles mesmo decidem o destino de quem vai morrer e quem vai viver. Há casos de mulheres que foram torturadas e tiveram os cabelos arrancados", detalhou.

Durante a deflagração da operação, diversos itens foram apreendidos, como dinheiro, carros, celulares, drogas e balanças de precisão.

O grupo traficava as drogas em pousadas, já que havia um forte mercado consumidor pela grande presença de turistas, segundo o delegado. "Um desses criminosos que foi morto em operação policial teria alugado uma pousada nas proximidades da praia para facilitar o comércio de entorpecente", completou Ney Luiz.

Áudios obtidos pela polícia mostram que o grupo tinha planos de invadir a Delegacia de Porto de Galinhas e até derrubar um helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS).

"Durante as investigações, no contexto da morte da criança naquele confronto que teve com policiais do Bope, a gente acabou tendo êxito em conseguir áudios onde esses criminosos falam em ter armamento capaz de derrubar aeronave da polícia e falaram até mesmo em invadir a delegacia de Porto de Galinhas", finalizou Ney Luiz. 

As investigações da operação continuam, e a polícia segue em busca de demais membros do bando ainda foragidos. 

Presos e materiais apreendidos foram encaminhados à sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife. 

Por Portal Folha de Pernambuco


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