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terça-feira, 26 de maio de 2020

BRONCA PESADA

Investigado por corrupção, Witzel acusa a PF de ser ‘polícia política’ de Bolsonaro

Ele era investigado pela Polícia Civil do Rio, mas, por ser governador, caso subiu ao STJ, que ordenou a operação Placebo

Alvo da Operação Placebo nesta terça-feira (26), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), publicou em suas redes sociais que não tem participação em irregularidades investigadas e denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).
A corrupção na Saúde do Rio de Janeiro era investigada pela Polícia Civil do Estado, mas, ao chegar no governador, o caso subiu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e coube ao ministro carioca Benedito Gonçalves ordenar a operação da Polícia Federal.
Apesar de a operação ter sido ordenada à PF pelo STJ, Witzel acusa o governo de Jair Bolsonaro de “oficializar”, com a operação de hoje, a interferência na Polícia Federal. E disse que a corporação “não pode ser a polícia política do governo Bolsonaro”.
O governador que passou de aliado a principal rival de Bolsonaro no Rio de Janeiro disse ainda que estranha e o deixa indignado o fato que afirma ser “absolutamente claro” de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a ele. E conclui que declarações de aliados do presidente demonstrariam “limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”.
“A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”, conclui Witzel, em suas redes sociais.
A PF cumpre mandados de busca e apreensão no Palácio da Laranjeira, residência oficial, e em endereços do governador Witzel, como sua residência particular e o escritório da primeira-dama Helena Witzel. A operação apura se um esquema de corrupção envolve o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) que recebeu R$ 836 milhões do total de R$ 1 bilhão que o governo fluminense destinou a ações de enfrentamento da pandemia de covid-19.
Witzel foi chamado de “estrume” pelo presidente Jair Bolsonaro, na reunião ministerial de 22 de abril, cuja exibição foi liberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (23), por ordem do ministro Celso de Mello.
Veja a publicação do governador:
Foto do perfil de wilsonwitzel

Verificado

"Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro".

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