REUNIÃO MINISTERIAL

EM REUNIÃO, BOLSONARO DEMONSTROU INCÔMODO COM INVESTIGAÇÕES CONTRA FAMILIARES 

  

Durante encontro, presidente sinalizou que poderia trocar comando da PF e do Ministério da Justiça

Durante reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou incômodo com o vazamento de informações sobre investigações da Polícia Federal (PF). Além disso, o presidente defendeu a exoneração do então diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo e cobrou do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro acesso a relatórios sobre a atuação do órgão.

A informação é de duas fontes que tiveram acesso ao vídeo que faz parte do inquérito instaurado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e que apura uma suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.  O vídeo foi analisado nesta terça-feira, 12, por investigadores da Procuradoria-Geral da República, integrantes da PF, integrantes da Advocacia Geral da União (AGU) e defesa do ex-ministro da Justiça.

Conforme informações destas fontes, Bolsonaro chegou a citar na reunião ministerial investigações relacionadas a familiares e amigos e que tinham a participação da Polícia Federal. Após abordar apurações que vazaram à imprensa, Bolsonaro disse que poderia trocar o então superintendente do órgão no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo ou até o então Ministro da Justiça.

Para investigadores, essas informações substanciam as acusações do ex-ministro de Sérgio Moro sobre a tentativa de interferência política na Polícia Federal. Entretanto, investigadores ainda buscam novos elementos que ratifiquem as acusações feitas por Moro.