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sábado, 21 de março de 2020

EFEITO CORONAVÍRUS

Sem jogos, clubes acionam governo para suspender pagamento de dívidas

Clubes fazem apelo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre dívidas do Profut (Foto: Agência Brasil)


Agremiações se preocupam com dificuldade para quitar o Profut


O temor do impacto financeiro do novo coronavírus no futebol brasileiro levou os clubes a se mobilizarem para propor ao Ministério da Economia a suspensão temporária dos pagamentos do Profut, programa de refinanciamento de dívidas fiscais do futebol. A mensagem chegou ao governo na última quarta-feira pelo pedido oficial do órgão público que fiscaliza o projeto, a Autoridade Pública de Governança do Futebol (Apfut).

Após solicitação dos clubes, a Apfut enviou ao Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, a proposta de suspensão das parcelas. Nesta quinta, o órgão repassou aos presidentes dos clubes um e-mail com o aviso de que após entrar em contato com o governo, aguarda agora uma resposta. O objetivo do pedido é evitar uma crise financeira ainda maior nesse período em que há menos entrada de recursos nos cofres das equipes pelas competições estarem interrompidas para se evitar o aumento de casos da pandemia.

"A iniciativa da Apfut foi tomada com base nas informações referentes à interrupção das diversas competições nacionais e internacionais, e o consequente impacto nas finanças das entidades desportivas vinculadas ao Profut", diz trecho do e-mail enviado aos clubes, ao qual a reportagem teve acesso. "Entretanto, cabe ressaltar que somente o Ministério da Economia tem competência para deliberar sobre o assunto, em especial para a autorização da suspensão do pagamento das parcelas do Profut junto aos órgãos credores", completa o texto.

Em entrevista nesta quinta-feira ao canal SporTV, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, afirmou que, para reforçar o pedido, a própria entidade que comanda o futebol brasileiro também tem atuado nesse tema. O presidente da CBF, Rogério Caboclo, encaminhou ofício sobre o assunto ao Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e ao Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ronaldo Lima. "Os pagamentos do Profut neste momento seriam um acréscimo de carga aos clubes que estão vivenciando diretamente essa crise", disse Feldman.

Caso a proposta seja aceita, a suspensão valerá por tempo indeterminado, até que a crise causada pela pandemia termine. O Profut foi instituído em 2015 e é um programa voltado para o refinanciamento de dívidas fiscais do futebol. A proposta permite às equipes ter descontos em multas e juros em impostos que estavam pendentes nos últimos 20 anos.


 Agência Estado


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