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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

POBRE FUTEBOL PERNAMBUCANO

 À ESPERA DE UM MILAGRE

A travessia pandêmica efetivou a presença do cinema em nossas casas. Nunca o slogan difundido pelo visionário, Luiz Severiano Ribeiro, esteve tão atual: "Cinema é a maior diversão". O cardápio de filmes novos, e séries, atende a todos os gostos. Rever "velhos" títulos que provocaram encantamentos faz parte desta rotina que nos arremete a horas de poltrona.

A ao rever - "À espera de um milagre" - cuja atuação brilhante do "gigante", Michael Clarke Duncan, o levou a indicação do Oscar, foi inevitável não transportar o título para o atual cenário do futebol pernambucano.

Os grandes clubes recifenses - Sport, Náutico e Santa Cruz - que em outras épocas desempenharam, de forma elogiável, papeis reservados aos protagonistas em cenários nacional e regional do futebol brasileiro, hoje são vistos como meros coadjuvantes e figurantes.

Como disse Tom Hanks, em - "O resgate do soldado Ryan" - outro título cuja mensagem nos leva a uma boa reflexão: "Faça por onde merecer".

Com todo o respeito a mais pura das criaturas, o torcedor, cuja paixão o deixa cego, o futebol pernambucano, por tudo o que tem plantado na última década, fez por onde merecer este triste flagelo.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, que chegou a entidade na década de 80, do século passado, junto com Fred Oliveira, tem grandes serviços prestados ao futebol pernambucano na condição de vice-presidente jurídico da FPF. Quando assumiu o cargo de presidente, por conta da morte de Carlos Alberto Oliveira, teve sua incompetência como gestor traduzida através do encolhimento do futebol estadual. Hoje, prega a criação da Série E nacional, projeto que foi elaborado e enviado para a CBF por José Joaquim Pinto de Azevedo, quando esteve na Federação junto com Carlos Alberto Oliveira. 

Os clubes esqueceram a condição maior de formador. 

Como bem ressaltou  o ex-jogador, Grafitte, na edição desta quinta-feira, do Jornal do Commercio, pessoas, "sem conhecerem do futebol", foram guindadas ao cargo de presidente, e a resultante é o acumulo de equívocos que levaram as agremiações centenárias a um estado de pré falência.

Bons advogados e péssimos gestores! Eis um mantra bom para o desencadeamento das crises de Sport,  Santa Cruz e FPF.

E o Governo do Estado? A pergunta que não quer calar por aqueles que ficaram órfãos dos programas "Todos com a Nota" e "Futebol Solidário".

Os programas foram desvirtuados pelo viés político. Ao longo dos anos foi transformado num grande guarda-chuva que abrigou gato-sapato. Por fim, a conta não fechava, o Governo acabou o programa e os clubes foram "prejudicados". Ninguém foi criativo o suficiente para apresentar uma proposta nova, que viesse ajudar as agremiações de forma efetiva. Afinal, o Governo já carrega um grande fardo que é a manutenção de uma Arena sem uso.

Á espera de um milagre é uma história comovente, emocionante, mas com um final triste porque o milagre não chega a acontecer.

Oxalá no futebol o final seja menos melancólico. O que nos parece pouco provável.

Sigamos ouvindo a narrativa dos "Rolandos Leros". Afinal, como estão acostumados os apaixonados torcedores: "Me engana que eu gosto!".

CLAUDEMIR GOMES

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