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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

CARNAVAL 2020

Sobe para 142 número de relatos de agulhadas no Carnaval em Pernambuco

Hospital Correia Picanço, no RecifeFoto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco


Dados foram divulgados na noite desta Quarta-Feira de Cinzas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE)

Subiu para 142 o número de pessoas que relataram terem sido furados por agulhas no Carnaval no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Reife, e em Orobó, no Agreste de Pernambuco. Os dados foram atualizados na noite desta Quarta-Feira de Cinzas (26) pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Do total, 81 são mulheres e 61 homens. As notificações são encaminhadas ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs).
Dessas pessoas, 111 pacientes realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções. Os demais (31), ou se recusaram a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação), e, consequentemente, o tratamento, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início da medicação. 
As vítimas precisam seguir algumas recomendações médicas para evitarem a contaminação pelo HIV, hepatites virais e outras infecções. Os pacientes foram orientados a realizarem o monitoramento permanente de possíveis infecções no Hospital Correia Picanço, localizado no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, ou nos Serviços de Atenção Especializada (SAE), espalhados por vários municípios do Estado.

É importante ressaltar que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média apenas 0,3%. Todos os pacientes também receberam a indicação de procurarem os órgãos policiais para investigação das ocorrências.Em 2019, cerca de 300 pessoas deram entrada no Correia Picanço alegando terem sido furadas por seringas durante o Carnaval daquele ano segundo a SES-PE. Mas, ainda segundo a secretaria, não houve casos positivos relacionados a esse evento.

Cuidados

Segundo Filipe Prohaska, médico infectologista da Universidade de Pernambuco (UPE), o primeiro procedimento de quem relata ter sido vítima de agulhadas é buscar ajuda imediata em uma unidade de saúde especializada. Localizado no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, o Hospital Correia Picanço é a referência estadual em doenças infecto-contagiosas.

“No hospital, o paciente faz os testes rápidos e recebe as medicações necessárias”, explica Filipe. Em relação ao HIV, quem foi perfurado tem até 72 horas para dar início ao uso do coquetel antirretroviral e evitar a contaminação. “No caso da hepatite, existe uma imunoglobulina específica para o pós-exposição, mas a melhor profilaxia é a vacinação”, alerta o médico.

O risco maior de transmissão, de acordo com Filipe, é o da hepatite de tipo B, que ataca o fígado, inflamando o órgão e alterando sua funcionalidade. “O vírus do HIV, que é o maior medo das pessoas, não vive muito tempo fora do organismo. A transmissão depende de alguns fatores, como o contaminador ter uma carga de vírus muito e a penetração da agulha ter sido grande. As chances de contágio são baixas, mas existem”, afirma. Os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são de apenas 0,3%, segundo dados da SES.

Ainda de acordo com o médico, as vítimas dos ataques que procuraram ajuda podem ficar tranquilas. “A profilaxia, que é feita para evitar a propagação do vírus e da doença, é extremamente eficaz, tanto as hepatites como para o HIV”, assegura. Após a avaliação inicial, os pacientes são orientados a retornar à unidade de saúde em 30 dias para darem continuidade ao tratamento.


Por: Portal FolhaPE

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