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domingo, 16 de fevereiro de 2020

CARNAVAL 2020

Segurando o Talo faz passeio emocionante


Ao abrir a exposição, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco e escritor, Antônio Campos, saudou aos servidores da Casa, amigos e o secretário de Cultura do Estado. “Homenagear o Segurando o Talo e seus longos 36 anos é reverenciar o Carnaval do Recife, de Olinda, do Interior pernambucano com suas belas manifestações. O homem é um ser local, dono da sua casa, extensão da sua rua, do seu bairro, da sua cidade, para então ser um cidadão global”, declarou Antônio Campos.
Gilberto Freyre Neto lembrou que tinha apenas 11 anos quando o bloco dos motoristas da Instituição criada pelo avô ganhou as ruas pela primeira vez, em 1984. Das tantas histórias vividas — “a grande maioria impublicável”, brinca ele —, recordou as tantas pessoas que passaram pela troça, os que deixaram seu legado e já partiram. “Naquela época, sentíamos a ausência de manifestações carnavalescas na Área Norte. Então, a Turma da Jaqueira é precursora do Carnaval que a gente cultiva hoje”, refletiu o secretário.
A história da troça é revisitada pela exposição. O background colorido, preparado especialmente para explorar o saudosismo próprio do carnaval recifense, serve de contorno aos manequins fantasiados que vestem camisetas de outras edições do Talo. Entre confetes e serpentinas, o boneco gigante de Gilberto Freyre traja capa e cartola especialmente para integrar a mostra. 
Um curta-metragem com imagens das edições anteriores e depoimentos dos foliões também é exibido no local. De acordo com a curadora e museóloga do Museu do Homem do Nordeste, Ciema Mello, a exposição foi uma iniciativa do presidente da Fundação, Antônio Campos e dá forma ao túnel do tempo de um dos principais blocos do Recife. “Nós, do Museu, não guardamos somente objetos. As instituições têm índole, temperamento, têm memórias. Hoje rememoramos as saudades”, explica Ciema. 


No aquecimento para a abertura da mostra, se apresentaram passistas de frevo da Companhia Brasil com Dança, do bairro do Amparo, em Olinda, e os caboclinhos da Tribo Indígena Tapirapé, do Alto José do Pinho, no Recife. Orquestras e maracatus rurais garantiram o esquenta na concentração da Troça Carnavalesca Mista Turma da Jaqueira Segurando o Talo. Neste ano, o bloco saiu às ruas arrastando 150 mil foliões.

por Magno Martins

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