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sexta-feira, 17 de julho de 2020

EFEITO CORONAVÍRUS

522 mil empresas fecharam as portas por pandemia, diz IBGE


Segundo instituto, só 13% dos empresários acessou socorro para pagar salários
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quinta (16) que 1,3 milhão de empresas brasileiras estavam com atividades suspensas ou encerradas na primeira quinzena de junho. Deste total, 522 mil disseram que a pandemia motivou a decisão.
Os dados fazem parte da primeira edição da pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, lançada pelo instituto na semana passada. A pesquisa detectou também que um terço das empresas brasileiras demitiu e só 13% tiveram acesso ao auxílio federal para pagar empregados.
A pesquisa identificou a existência de cerca de quatro milhões de empresas no país, dos quais 716 mil estavam fechadas definitivamente naprimeira quinzena de junho. O instituto, porém, não sabe quantas delas foram motivadas pela pandemia.
De acordo com os dados do IBGE, o impacto da crise atingiu todos os setores da economia, mas foi pior para o setor de serviços, que é o maior gerador de empregos do país. E foi mais profundo também entre as pequenas empresas.
Entre aquelas que encerraram definitivamente suas atividades, 99,8% (ou 715 mil) estão nessa categoria, que consideram negócios com até 49 empregados. O restante é formado por 1,2 mil empresas consideradas intermediárias (49 a 500 empregados). Nenhuma é de grande porte.
No grupo das 2,7 milhões de empresas que permaneceram em atividade, 70% relataram que a pandemia teve impacto geral negativo sobre os negócios. Para 13,6%, por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades e teve um efeito positivo sobre a empresa. [ x ]
O setor de serviços é o que registrou o maior percentual de empresas afetadas negativamente: 74,4%. Na indústria, foram 72,9%; na construção 72,6% e no comércio, 65,3%.
“Os dados sinalizam que a Covid-19 impactou mais fortemente segmentos que, para a realização de suas atividades, não podem prescindir do contato pessoal, têm baixa produtividade e são intensivos em trabalho”, disse Alessandro Pinheiro, coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE.
São segmentos mais afetados pelas restrições à circulação de pessoas para tentar conter a pandemia, que começaram a ser adotadas na segunda quinzena de março e levaram indicadores da atividade no comércio, serviços e indústria a tombos recordes no mês seguinte.
As lojas voltaram a abrir na maior parte do país, incluindo Rio e São Paulo, mas o crescimento no número de casos vem levando governos a repensar o relaxamento das medidas de isolamento.
Segundo o IBGE, cerca 60% das empresas brasileiras mantinham, na primeira quinzena de junho, o mesmo número de funcionários que tinha antes da pandemia. Dentre as que reduziram o número de pessoal ocupado, 37,6% reportaram uma redução inferior a 25% do pessoal.
Também neste caso, o setor de serviços mostrou maiores dificuldades: 44% das empresas deste segmento demitiram mais da metade do quadro de empregados. No segmento de serviços administrativos e profissionais, 71% das empresas cortaram mais da metade da mão de obra.

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