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quarta-feira, 25 de maio de 2016

TODOS FRACASSARAM

NINGUÉM CONSEGUIU "MELAR" A LAVA JATO
TODOS OS ACUSADOS TÊM UMA COISA EM COMUM: FRACASSARAM


Nos últimos meses, vários personagens da política foram flagrados falando o que realmente pensam sobre as investigações da operação Lava Jato e foram acusados de tentarem "melar" as investigações conduzidas primorosamente pelo juiz federal Sérgio Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná, capitaneados por Deltan Dallagnol. Além do incômodo demonstrado por todos os flagrados em conversas nada republicanas, todos eles têm outra coisa em comum: fracassaram.
O primeiro deles foi o senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) gravado por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, arquitetando um plano de fuga envolvendo jatinho particular para tirá-lo do País e evitar o acordo de delação premiada com a Justiça. Delcídio chegou a oferecer R$ 50 mil mensais como ajuda de custo, mas não sabia que o acordo já havia sido fechado e a gravação da conversa era parte dele. Delcídio acabou preso.
Pouco tempo depois, Aloizio Mercadante, ex-ministro da Casa Civil e outros de Dilma, foi gravado pelo então chefe de gabinete de Delcídio falando sobre formas de ajudar o petista a se livrar da Lava Jato e evitar a delação premiada, que também aconteceu.

O caso mais emblemático foi o do ex-presidente Lula, que demonstrou o pânico com relação a Sérgio Moro e articulou com diversas pessoas a possibilidade de se tornar ministro para escapar das mãos do juiz. A cereja do bolo foi a conversa com a então presidente Dilma onde o medo da prisão de Lula fez Dilma enviar o termo de posse dele como ministro para apresentar "se precisar".

Os mais recentes são os peemedebistas Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney, alvos de gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado para validar seu acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal. Enquanto Jucá sugere um "pacto" para "estancar a sangria" atribuída à Lava Jato, Renan e Sarney se mostram preocupados com o instituto da delação premiada e temem que atinja a quase todos no Congresso. Segundo Renan, "se sobrar uns cinco ou seis" seria muito.

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