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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

SPORT - ACABOU A CALMARIA

Fim da "trégua" no Sport: chapa da situação critica decisão do conselho e oposição rebate

Martorelli solicitou ao departamento jurídico a análise da validade da intervenção realizada pelo Deliberativo

Presidente João Humberto Martorelli não concordou com decisão do Conselho Deliberativo, que votou pela manutenção de urnas manuais em vez de eletrônicas


Em votação realizada durante a noite desta última terça-feira, o Conselho Deliberativo do Sport decidiu que o pleito do próximo dia 16 será organizado através de urnas manuais. A opção desagradou o atual presidente executivo do clube, João Humberto Martorelli, que esperava implantar o sistema de urnas eletrônicas em definitivo nas eleições rubro-negras. O mandatário, inclusive, já solicitou ao departamento jurídico a análise da validade da intervenção realizada pelo Deliberativo. A oposição, por sua vez, criticou Martorelli. 

Foi o fim da "trégua" levantada por situação e oposição em prol do Leão. A medida de cessar as discussões em torno do bate-chapa se deu há dois dias, logo após o fim da penúltima rodada da Série A. Na ocasião, ficou decretado que o Sport chegaria à última rodada do Brasileiro precisando de uma vitória para escapar do rebaixamento sem precisar de resultados paralelos.

"Eu pedi à vice-presidência jurídica que analisasse a competência do Conselho para deliberar sobre o assunto (das urnas) e a legalidade da decisão, inclusive da forma como ela foi tomada. O que é importante é que essa iniciativa de barrar a urna veio de alguns conselheiros ligados à chapa de Wanderson (Lacerda) e (Milton) Bivar, retrato muito claro do que vai estar em jogo nas eleições. Enquanto a chapa da situação quer o Sport moderno, dinâmico, a outra chapa prega a volta às velhas práticas. É uma cultura velha", afirmou Martorelli, que apoia a chapa encabeçada por Arnaldo Barros e Gustavo Dubeux, da situação. 

Pelo lado da oposição, o ex-presidente Milton Bivar, atual candidato à vice do executivo na chapa que tem Wanderson Lancerda para presidente, respondeu às declarações de Martorelli. De pronto, Bivar lamentou a quebra do pacto pela trégua. "Infelizmente, mais uma de Martorelli. Ele quebrou totalmente o silêncio. Reabriu a campanha e não vamos ficar calados, se não tivesse falado eu não falaria. Mas estou falando porque ele reabriu a campanha", disse. 

"Foi uma decisão do Conselho. O estatuto do clube não pode ser quebrado do dia para a noite. E alegar que somos contra (a modernidade) é bobagem. É a mesma coisa de dizer que sou contra a internet, contra o Twitter, o Facebook... Ninguém é contra o modernismo, ninguém é doido. O estatuto está com Martorelli presidente há três anos e meio e não o mudaram. Falam tanto em modernização e esqueceram de modernizar o próprio estatuto. Se forem ao clube está lá tudo em papel pregado nas paredes, assim como manda o estatuto", pontuou Milton Bivar.




"Tréplica"

A chapa da situação irá se valer do argumento de que não há artigo que diga expressamente que deve se utilizar uma urna manual nas eleições. O artigo 108, enviado pela assessoria de imprensa da chapa, foi apontado como um exemplo.



Recorde

Para a eleição, a expectativa é de uma participação recorde. O Sport conta com 29 mil sócios titulares adimplentes, com a maioria formada por sócios contribuintes, a categoria mínima liberada para a votação. Além da titularidade e da maioridade, será preciso estar regularizado até 10 de dezembro e ser ligado ao clube há, pelo menos, um ano. Até hoje, a maior votação ocorreu em 2000, num pleito histórico (por ter dividido o clube) entre Luciano Bivar e Wanderson Lacerda, com 3.548 votos.



Diario de Pernambuco

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