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terça-feira, 5 de junho de 2018

SPORT - CRESCIMENTO NO LEÃO

Além da parte tática: gestão do elenco faz trabalho de Claudinei Oliveira no Sport crescer

Treinador do Sport adota tática de dar sequência, mas, quando precisa mudar, exalta opções


Técnico adota discurso de valorização de cada jogador e motiva grupo


O sucesso do Sport neste início de Série A está atrelado também ao que acontece fora de campo. Ao mesmo tempo em que ajustou o time taticamente, o técnico Claudinei Oliveira pregou uma gestão de elenco que ajuda o Rubro-negro a superar problemas como o atraso no salário para disputar as primeiras posições e avançar na intenção de se distanciar da zona de rebaixamento o quanto antes. Essa postura do comandante pode ser resumida em uma palavra: valorização. O treinador sempre procura dar sequência ao time titular e ressaltar o papel de cada atleta. Com isso, dá confiança pela sequência. E, quando é obrigado a fazer mudanças, adota o discurso uníssono de exaltar quem entra.

O grande exemplo veio na última rodada. Sem poder contar com cinco jogadores, entre eles os titulares Ernando e Anselmo, o treinador sequer perdeu tempo lamentando, por exemplo, a saída do principal jogador e capitão do time. Pelo contrário. Concentrou-se em exaltar o papel de quem entraria em campo diante do Internacional. No caso, os substitutos foram Durval e Deivid. “Vamos valorizar aqueles que estão entrando, que estão treinando firmes no dia a dia. A gente confia em que está entrando”, costuma dizer o treinador. No fim, um ponto importante foi conquistado com 0 a 0 no placar diante dos Colorados.

Com essa postura, Claudinei Oliveira também opera outro pequeno milagre. Antes da chegada do treinador, o elenco do Sport era visto como fadado ao fracasso depois de não render durante todo o início de temporada. Até agora, porém, o técnico teve apenas três reforços para a Série A: o volante Deivid, o meia Michel Bastos e o atacante Rafael Marques. Desses, apenas o último é titular no momento. Ainda assim, consegue fazer um trabalho acima das expectativas colocando o discurso em prática de reconhecer a importância de cada jogador em um grupo que não foi formado por ele.

Para o duelo contra o Atlético-PR, às 21h de amanhã, na Ilha do Retiro, o treinador também voltará a ter problemas para escalar a equipe apesar dos retornos dessas peças que ficaram ausentes contra o Internacional - com exceção do lateral Cláudio Winck, que ainda se recupera de lesão muscular. Com o lateral Sander, suspenso, terá que optar pelo prata da casa Evandro, que não atua desde o ano passado, ou convencer Michel Bastos a voltar à posição em que começou a carreira. Outra escolha pode ser a improvisação de Raul Prata, abrindo espaço para que Deivid jogue como lateral direito. 

A sequência

O trabalho de valorização do elenco também se vê no lado contrário: o de quem ganha sequência. Nesse caso, o volante Fellipe Bastos é um grande exemplo. Após se machucar na estreia e depois fazer jogos questionados pela torcida, o atleta seguiu na equipe de Claudinei Oliveira e hoje se vê em melhor condição. Para isso, credita, em primeiro ponto, o trabalho do técnico.

“Trabalho e confiança de Claudinei (para a evolução). Ele me passa muita confiança. Sempre trabalhei muito e busquei o meu espaço, sempre respeitando os companheiros que estavam jogando. Sabia das minhas limitações e que precisava melhorar. Trabalhei bastante nisso. Vejo também bastante vídeo. Eu venho numa crescente. É normal que, quando você ganha uma sequência de jogo, tenha uma evolução. Espero continuar melhorando e ajudando o Sport.”


Diario de Pernambuco

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