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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

QUEIMANDO UM EXCELENTE NOME

Evangélicos querem dar as cartas no governo Bolsonaro

Evangélicos fazem nomeação de ministro da Educação subir no telhado

Era bom demais para ser verdade. Tão logo começou a circular, nesta tarde, o nome do professor Mozart Neves Ramos como escolhido para o Ministério da Educação, sua nomeação passou a ser bombardeada pela bancada evangélica e pelos defensores do Escola sem Partido. Uma pena, pois o nome do diretor do Instituto Aírton Senna e ex-secretário de Educação de Pernambuco, seria talvez o único da escalação de Jair Bolsonaro a agradar de A a Z educadores e especialistas em educação, inclusive gente da esquerda.
Seria um caso raro de indicação acima de conflitos ideológicos e políticos, de um professor que se destaca por sua atuação na área – e não por estar, entre os profissionais do setor, representando direita ou esquerda. Mozart Ramos tem longa experiência, é respeitado entre os educadores brasileiros de diversas tendências, foi presidente do Movimento Todos pela Educação,  professor e reitor da Universidade Federal de Pernambuco.
A pergunta que não quer calar hoje é se Bolsonaro resistirá à pressão dos evangélicos ou se, de fato, a nomeação subiu no telhado. O argumento dos evangélicos é que Mozart não apoia o movimento Escola sem Partido e nem seria contrário à “ideologia de gênero”. O episódio será ilustrativo em relação ao que se deve esperar do governo Jair Bolsonaro, deixando claro se as forças do obscurantismo vão se sobrepor sempre aos critérios de competência e profissionalismo.

Helena Chagas

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