'Se ficar vultuoso vamos tomar providência', diz Bolsonaro sobre nova denúncia contra Onyx
Documento entregue por delatores da JBS sugere que Lorenzoni (DEM-RS) recebeu, via caixa dois, uma segunda doação eleitoral, além dos R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral que ele já havia admitidoFoto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Bolsonaro afirmou que tem conversado com ministeriáveis sobre corrupção, mas declarou que é difícil ter uma equipe isenta de denúncias
Bolsonaro afirmou que tem conversado com ministeriáveis sobre corrupção, mas declarou que é difícil ter uma equipe isenta de denúncias. "É muito difícil hoje em dia você pegar alguém que não tenha alguns problemas, por menores que sejam. Os menores, logicamente, nós vamos ter que absorver. Se o problema ficar vultoso, você tem que tomar uma providência".
A providência de Bolsonaro, segundo ele, seria o desligamento de acusados com denúncias contundentes. Um documento entregue por delatores da JBS, empresa dos irmãos Batista, à Procuradoria-Geral da República (PGR) sugere que o Onyx Lorenzoni (DEM-RS) recebeu via caixa dois uma segunda doação eleitoral, além da que ele já havia admitido. O congressista confessou ter recebido da empresa, para a campanha de 2014, R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral.
Reportagens da Folha de S.Paulo mostraram, antes mesmo do resultado da eleição, que a campanha de Bolsonaro havia omitido uma série de informações na prestação de contas parcial que todos os candidatos têm que apresentar na primeira quinzena de setembro. A não apresentação de contas consolidadas e regulares impede a diplomação do futuro presidente. "Bebianno [Gustavo, secretário-geral da equipe de transição] me relatou que alguns documentos estão faltando e será cumprido o prazo de entrega", afirmou.
Entre os indícios de irregularidade apontados pelo TSE nas contas de Bolsonaro estão omissão de gastos na declaração parcial de setembro, arrecadação de doações pela internet por empresa não autorizada, recebimento de recursos de origem não identificada ou vedada pela legislação, uso de serviços de advocacia não declarados e divergências entre os dados de doadores e os constantes da base de dados da Receita Federal.
A equipe de Bolsonaro nega irregularidades.
Por: Folhapress
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