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quarta-feira, 11 de abril de 2018

PEDIDO DA DEFESA

Defesa de Andrea Neves pede que julgamento seja adiado


A defesa de Andrea Neves da Cunha, irmã do senador Aécio Neves (PSDB), pediu, hoje, que o Supremo Tribunal Federal (STF) adie o julgamento marcado para o dia 17 de abril que vai decidir se a denúncia de corrupção, organização criminosa e embaraço às investigações da Lava Jato será aceita contra ela.
Aécio Neves, o primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zeze Perrella (MDB-MG), também foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Andrea Neves foi presa preventivamente em maio na Operação Patmos, realizada a partir das delações da JBS. Em junho, outra decisão do STF concedeu a Andrea prisão domiciliar.
Em seu pedido, o advogado Marcelo Leonardo, que representa Andrea Neves, alegou que no mesmo dia 17 de abril defenderá um réu em um processo que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que por isso não poderia participar da sessão no STF. “A lei admite que o advogado tendo compromisso prévio pode requerer a mudança de data. O meu pedido é o adiamento para o dia 24 de abril, uma mera semana”, disse ele.
Ainda segundo Marcelo Leonardo, o processo tem sido rápido e não seria afetado pela mudança de data. “Não haverá prejuízo por causa de uma mera semana”, defendeu o advogado.
Denúncia
Aécio foi acusado em junho do ano passado, em denúncia da Procuradoria Geral da República, de pedir propina de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono da J&F, e tentar atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato (leia diálogo entre Aécio Neves e Joesley Batista). Na época da denúncia, o senador negou a acusação e disse ser vítima de "armação".
Em nota divulgada nesta terça (10), o advogado de Aécio, Alberto Toron, disse que o senador foi "vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos". A nota afirmou ainda que "inexiste crime ou ilegalidade na conduta do senador".
A PGR diz que o dinheiro supostamente pedido por Aécio e pela irmã era propina para beneficiar o grupo com favores políticos. A defesa do senador e da irmã diz que o montante era para pagar advogados.


Segundo a PGR, o senador também tentou embaraçar as investigações ao tentar aprovar nova lei contra abuso de autoridade com o suposto objetivo de punir juízes e procuradores; aprovar anistia a crimes de caixa 2 – doações não declaradas de campanha; e tentar interferir na escolha de delegados para conduzir investigações da Lava Jato.

por Magno Martins 

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