ATERRORIZANTE
As palavras têm força. Isto
é verdade irrefutável. No início da semana, ao ser provocado pelo apresentador
da resenha Bola ao Centro, da Rádio Clube AM 720, João Batista Nascimento,
o comentarista, Pedro Luís, foi por demais sucinto ao definir o momento do
Náutico: "ATERRORIZANTE". Definição
mais forte não poderia haver. Confesso que a palavra não saiu de minha cabeça.
Ficou ecoando como se me forçasse a analisar os fatos referentes ao Clube dos
Aflitos com mais profundidade. Novos acontecimentos surgiram, e me levaram a
compreender o porque do brado dado por Pedrão em sinal de alerta.
Durante o dia de ontem,
circulou pelas redes sociais, uma peça publicitária formatada por um desses
grupos que acreditam ter a fórmula de salvação para o clube alvirrubro. A
informação que me foi repassada dava conta de que tal peça foi criada pelo
grupo Unidos pelo Náutico. A
postagem foi uma agressão sem precedente ao presidente, Ivan Brondi. Dos 75
anos vividos por este paulista de nascença, pelo menos 50 anos foram dedicados
ao Náutico. Um cidadão de uma conduta ilibada, de uma retidão de caráter
elogiável, que tem uma folha invejável de serviços prestados ao clube. Digo,
sem medo de errar, que nenhum desses profetas do apocalipse alvirrubro, fez um
terço do que Ivan fez pelo Náutico. Infelizmente a rede social é uma terra sem
lei, onde as pessoas que não têm limites cometem crimes e não são punidas.
A punição dessa briga dos
alvirrubros contra os próprios alvirrubros acontece dentro de campo. Esta
corrente de maldade que se instaurou no clube ecoa nos vestiários e a
insegurança passou a dominar um grupo de jogadores que perdeu a autoestima e se
tornou presa fácil para qualquer adversário. A derrota (3x2), para o Goiás,
ontem a noite, na Arena Pernambuco, foi mais um reflexo desse angu de caroço
que ferve nos Aflitos. O início da era Beto Gomes, o quarto técnico do Náutico
nesta temporada, começou como terminou as outras, sob a marca da derrota.
Agora, o clube contabiliza 7 derrotas em 9 jogos. Sofreu 19 gols, uma média de
2 por partida. Números tão negativos tornam a distância do lanterna para a zona
de conforto abissal. Afinal, estamos falando de uma das edições mais parelhas
da Série B. A nona rodada, para se ter uma idéia do equilíbrio, teve o registro
de apenas uma vitória de clube mandante, contra 5 vitórias de visitantes e
quatro empates.
É amigo Pedrão! Você está
coberto de razão: a situação do Náutico é "ATERRORIZANTE".
CLAUDEMIR GOMES
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