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sexta-feira, 23 de junho de 2017

NÁUTICO - JOGAR EM OLINDA

Ainda em reformas, Grito da República corre com obras para receber o Náutico na Série B

Estádio Grito da República é opção do Náutico, mas local ainda não tem condições de receber um jogo

Estádio não tem iluminação e não atende às normas da CBF, mas o clube alvirrubro se disponibilizou a auxiliar no processo de adequação


Em dezembro de 2016, o Superesportes acompanhou a inauguração do estádio Grito da República, em Rio Doce, mesmo ainda inacabado e com várias etapas a serem cumpridas. Hoje, seis meses após ser entregue pela Prefeitura de Olinda, o equipamento ainda precisa dar passos importantes para sediar jogos oficiais de futebol. Enquanto esse dia não chega, o Grito fica limitado a sediar jogos de futebol americano. Já os gritos de gol, que deveriam ecoar antes mesmo da Copa do Mundo de 2014, ficaram apenas na imaginação dos moradores do bairro. Um fato novo, porém, fez nascer uma ponta de esperança de que uma partida oficial seja realizada ainda em 2017.

Insatisfeito com a parceria com a Arena de Pernambuco, o Náutico busca se desvincular do Governo do Estado (atual gestor da Arena) e despertou o interesse de mandar os jogos no Grito da República, enquanto o estádio dos Aflitos ainda passa pelo processo de reestruturação. Secretário-executivo de Esportes de Olinda, o ex-jogador Chiquinho, confirmou o interesse em receber o clube alvirrubro, mas reconhece que o estádio de Rio Doce, ainda sem iluminação, necessita de reparos para receber os jogos do Timbu.

“Nós estamos fazendo todo o cronograma para tentar, após o feriado de São João, começar a tomar as medidas necessárias. Na semana que vem, vamos poder pensar no que poderemos fazer, a partir do que os bombeiros nos passarem. Temos os passos a cumprir e vamos dar início às adequações das normas. Quando recebermos as autorizações do Batalhão de Choque, da Vigilância Sanitária e do órgão de fiscalização da área de Engenharia - equipe da prefeitura que fará o laudo -, nós estaremos prontos para os jogos”, aponta.

Apesar das dificuldades para aprontar o estádio, a vontade do Náutico em jogar em Olinda fez com que o clube disponibilizasse recursos próprios para a obra do local, como equipamentos para a iluminação provisória do estádio - que ainda não conta com refletores, nem instalações. “A nossa parte de iluminação ainda atravessa processos de licitação. Enquanto isso, o Náutico se disponibilizou em trazer para cá a estrutura de iluminação que eles têm disponível, para ser usada enquanto não terminamos essa parte”, disse o secretário.

Ainda de acordo com Chiquinho, o Náutico também fornecerá funcionários para cuidar especificamente do gramado, que já não apresenta sua melhor qualidade, apesar do pouquíssimo tempo de inauguração. “O que prejudica o gramado é a falta de manutenção diária. Infelizmente, nós não temos uma equipe profissional para essa manutenção, mas o Náutico também se disponibilizou a trazer uma equipe para ter os cuidados necessários.”
 
Entretanto, mesmo com decisões tomadas, a migração alvirrubra ainda não tem data para  se concretizar. “Ainda é muito cedo para definir uma data. Ainda é tudo muito recente. A conversa começou na última segunda-feira (19) e nós estamos elaborando um relatório para levantar as necessidades que serão exigidas”, concluiu Chiquinho.


Diario de Pernambuco

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