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segunda-feira, 14 de maio de 2018

OPERAÇÃO LAVA JATO

MORO CONDENA EX-TESOUREIRO DO PT, RENATO DUQUE, LÉO PINHEIRO E MAIS DEZ
INVESTIGADOS FORAM ALVO DA 31ª FASE DA LAVA JATO, DEFLAGRADA EM JULHO DE 2016 (FOTO: REPRODUÇÃO)


ESQUEMA MOVIMENTOU R$20 MILHÕES EM PROPINAS NA PETROBRAS


O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta segunda-feira, 14, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, pelos crimes de corrupção passiva e ativa, respectivamente, na Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato.
Outras dez pessoas também foram condenadas por envolvimento em um esquema que movimentou R$ 20 milhões em propinas ligadas à licitação para a ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), da Petrobras, no Rio de Janeiro. As obras custaram mais de R$ 1 bilhão.
Erasto Messias da Silva Júnior foi absolvido de todas imputações e Edison Freire Coutinho e Agenor Franklin Magalhães Medeiros foram absolvidos do crime de lavagem de dinheiro.
A Operação Abismo, deflagrada em julho de 2016, investiga crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro por meio de contratos da Petrobras.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal (PF) afirmam que o Consórcio Novo Cenpes pagou R$ 39 milhões em propina para conseguir um contrato na Petrobras entre 2007 e 2012.
O consórcio era composto pela OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia. OAS e Shahin Engenharia já eram investigadas pela Lava Jato.
No despacho, Moro destacou que a prática do crime de corrupção que incide sobre Renato Duque e Léo Pinheiro envolveu o pagamento de R$ 20.658.100,76. "Um valor muito expressivo a executivos da Petrobras e a agentes políticos", disse.
A maioria dos réus condenados recebeu benefícios para o cumprimento da pena por ter colaborado com o processo, como no caso de Léo Pinheiro e Renato Duque, ou por ter assinado acordo de delação premiada, como aconteceu com a maioria dos executivos das construtoras.
As exceções ficam por conta de Paulo Ferreira, condenado a 9 anos e 10 meses de prisão, Genésio Schiavinato Júnior, ex-executivo da Construbase, sentenciado a 12 anos e 8 meses de prisão, e Roberto Capobianco, ex-executivo da Construcap, cuja pena chegou a 12 anos.

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