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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

RECIBOS FALSOS

COM CERTEZA DE QUE RECIBOS DE ALUGUÉIS DE LULA SÃO FALSOS, MPF DESISTE DE PERÍCIA
FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO SUSTENTA QUE APARTAMENTO É PROPINA DA ODEBRECHT A LULA (FOTO: REPRODUÇÃO)

PARA PROCURADORES, NOTAS FORAM PRODUZIDAS PARA DAR APARÊNCIA DE LEGALIDADE

O Ministério Público Federal considerou desnecessária a realização de uma perícia técnica nos 31 recibos de aluguel de um dos apartamentos do edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), apresentados pela defesa do ex-presidente Lula. A força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que o imóvel foi fruto de propina da Odebrecht ao petista em troca de contratos com a Petrobras. 
Em petição ao juiz Sérgio Moro, que conduz ação penal contra Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, os procuradores sustentam que o ‘conjunto probatório’ é ideologicamente falso para dar aparência de legalidade a atos ilícitos. Alguns deles, conforme o MPF, têm datas que não existem no calendário. O apartamento está no nome do engenheiro Glaucos da Costamarques, primo de José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
“Ante o exposto, em atenção a todo o conjunto probatório colhido, os aspectos pontuais sobre a confecção dos recibos apresentados pelo acusado Luiz Inácio Lula da Silva que se pretendia analisar por meio da realização de prova técnica foram aclarados, permitindo concluir que Glaucos da Costamarques firmava recibos ideologicamente falsos em bloco exclusivamente para dar amparo dissimulado à locação do apartamento n. 121, que não existia de fato. Dessa maneira, o Ministério Público Federal deixa de insistir na realização da prova técnica”, afirma a força-tarefa.
Os recibos foram entregues pela defesa do ex-presidente em outubro.
Lula é réu em ação penal por supostas propinas de R$ 12,5 milhões da Odebrecht. Do total das vantagens indevidas, o apartamento no condomínio Hill House representa R$ 504 mil.
Para a força-tarefa, o petista nunca pagou pelo aluguel do imóvel, que é vizinho à sua residência, em São Bernardo do Campo.
Durante o processo, Glaucos afirmou à Justiça nunca ter recebido os valores entre 2011 e 2014 e que, somente em 2015, após visitas que recebeu durante sua internação em processo pós-operatório, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, do advogado do ex-presidente Roberto Teixeira e do contador João Muniz Leite, passou a ser pago.
A defesa de Lula também se manifestou nesta segunda-feira. Os advogados afirmam que a perícia técnica não é necessária porque os recibos são autênticos.
“(...) Está devidamente comprovada a autenticidade dos recibos apresentados bem como a quitação emitida em favor da inquilina, D. Marisa Letícia Lula da Silva, não havendo novos requerimentos a serem realizados por esta Defesa”, escreveram os advogados.

Diario do Poder

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