Bueno nega ameaça de greve por atraso salarial, mas admite: 'Nem previsão de quando vai sair'
Ricardo Bueno garantiu que elenco coral ainda não jogou a toalha na luta para evitar o rebaixamento
Camisa 99 afirmou que possível paralisação é algo impensável nos vestiários
Com a situação caótica que o Santa Cruz atravessa na Série B e com o empate inesperado contra o Luverdense no último sábado, informações de que uma possível greve dos jogadores corais ocorreria nesta semana começaram a ser veiculadas em redes sociais. Algo surpreendente para um elenco que vem lidando com os salários atrasados desde o começo da temporada e tem tido comportamento bem acima do esperado para quem convive com três meses e meio de salários atrasados. Uma informação que surpreendeu o atacante Ricardo Bueno, que mais uma vez confirmou a dedicação do atual elenco do Santa Cruz.
“Isso (greve) é conversa. Não tivemos nenhuma conversa sobre greve. Salário não é conversado há muito tempo no vestiário e isso é coisa de torcedor, ou até de torcedor rival, que quer colocar algo aqui dentro. Nós temos nossos problemas aqui e não é novidade para ninguém. Na saída (sábado) falei que iríamos continuar nosso trabalho e tentar tirar o Santa Cruz dessa situação e isso é conversa furada e fiada de quem não está aqui dentro”, avisou.
Bueno ratificou que o assunto sobre salários é algo evitado nos vestiários corais. O camisa 99 admitiu que o elenco tem parte da sua culpa pela situação da equipe, mas a falta de estrutura geral do Santa Cruz está cobrando o seu preço neste momento.
“Não temos nem previsão de quando vai sair. Teve até um certo momento da competição que falamos muito nisso e vimos a situação do clube, que sempre tem bloqueios (nas contas bancárias). Resolvemos nos fechar e sabemos das dificuldades de cada um. Resolvemos, jogar, treinar e temos nossa parcela de culpa na situação. Mas é um problema geral do clube. Sabemos que não é só treinar e jogar que faz o futebol.”
Os atletas do Santa Cruz poderiam repetir o que o elenco do ABC fez recentemente ao parar as atividades até o clube ao menos apresentar um planejamento de pagamento dos salários atrasados. No Arruda, o foco é em achar algum modo de manter a equipe na Série B de 2018 e encontrar a primeira das cinco vitórias em seis jogos já no próximo sábado contra o Náutico, no Clássico das Emoções.
“O sentimento nosso, principalmente nos últimos três jogos, atacamos bastante e não transformamos isso em resultado positivo. Tem que pensar jogo a jogo, sim. Não tivemos uma sequência dessa no campeonato inteiro. Temos que ganhar uma e depois olhar a tabela.”
Diario de Pernambuco
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