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domingo, 2 de dezembro de 2018

APOIANDO REFORMAS

G20 apoia reforma na OMC e acordo de Paris

Foto:Brasil 247
G20 apoia reforma na OMC e diz que Acordo de Paris é irreversível. Documento final não menciona, porém, guerra comercial entre China e EUA.


A cúpula do G20 terminou neste sábado (1º) em Buenos Aires com um comunicado que reafirma o compromisso com o comércio internacional e o esforço dos países que integram o grupo para enfrentar a mudança climática.
Porém, não menciona o tema do protecionismo e diz que apenas os "signatários do Acordo de Paris reafirmam que se comprometerão com sua implementação total".
Em outro item, se explica que os EUA reiteram que permanecerão fora do acordo, mas que se comprometem em ajudar de outras maneiras.
Em entrevista a jornalistas, o presidente argentino, Mauricio Macri, por sua vez, afirmou que os países no acordo "sabemos que todos temos que aumentar nosso esforço porque estamos num ponto limite".
Tampouco há, no texto final, uma menção direta com relação à guerra comercial. Indagado sobre o tema, Macri disse que "todos estamos na expectativa do resultado da reunião entre China e EUA", que ocorrerá na noite deste sábado.
O documento reafirma que a solução para o atual dilema nas relações internacionais de comércio passaria pela "necessária reforma da OMC(Organização Mundial do Comércio) para melhorar seu funcionamento."
Macri comentou que o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC, "saiu daqui com uma caixa de propostas e vamos acompanhar o seu trabalho nos próximos meses".
O acordo tem um item longo sobre as mulheres. "Nos comprometemos em reduzir o abismo entre os dois sexos no mercado em 25% até 2025".
E sobre os imigrantes, "vivemos num mundo em que há grandes movimentos de refugiados e isso tem de ser uma preocupação global com o impacto humanitário, político, social e econômico desses movimentos."
Indagado sobre seus encontros com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e com o príncipe saudita Mohammed bin Salman, Macri afirmou que conversou sobre as investigações do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi com o turco, mas não com o saudita, principal suspeito de ser o mandante do crime.
Um pouco antes da entrevista do presidente, os ministros da Economia, Nicolás Dujovne, e das Relações Exteriores, Jorge Faurie, afirmaram que "o texto final do encontro reflete o consenso possível, disponível, no momento da assinatura, tanto com relação ao comércio como com relação ao clima".

Folha de s. Paulo - Por Silvia Colombo

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