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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

NO LIMITE

Temer: Forças têm atuado de maneira sacrificada

O presidente Michel Temer afirmou, hoje, em discurso durante uma cerimônia em Belém (PA), que as Forças Armadas têm atuado de "maneira sacrificada", inclusive com ações no "campo da segurança pública".
Temer foi ao Pará para assinatura do protocolo de intenções para doação de um terreno da União à Igreja Católica. Conforme a assessoria do Palácio do Planalto, a área será utilizada Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
A visita a Belém, em meio às celebrações do Círio de Nazaré – festa religiosa que costuma reunir cerca de 2 milhões de fiéis – é mais uma tentativa do Palácio do Planalto de emplacar uma agenda positiva em meio à tramitação na Câmara da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Em meio ao discurso na solenidade de concessão do terreno da União, o presidente aproveitou a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para abordar a questão das Forças Armadas.
"Nossas Forças Armadas têm prestado uma colaboração extraordinária, aliás, convenhamos até, de uma maneira sacrificada, introduzindo-se até pelo campo da segurança pública", disse Temer.
Segundo o peemedebista, a população tem demonstrado apoio ao emprego dos militares nestas situações.
"Em tantos e tantos episódios, assistimos o aplauso extraordinário com que, ao determinamos que as Forças Armadas fossem para certos estados, eram recebidas com salvas de palmas", completou.
Diante da crise da segurança pública no país, o governo tem autorizado o emprego de militares em ações nos estados, a exemplo do que ocorreu no Espírito Santo e ocorre no Rio de Janeiro. Em setembro, após confronto entre fações e tiroteios entre criminosos e policiais, as Forças Armadas ficaram por uma semana na comunidade da Rocinha.
Reclamações sobre orçamento
As dificuldades orçamentárias do governo e consequente contingenciamento de verbas previstas para as Forças Armadas geraram críticas de integrantes da caserna nos últimos meses. Em agosto, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em sua conta no Twitter que faz o "dever de casa" diante dos cortes de recursos, mas que "há limites".
“Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao Exército. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites”, disse o general na ocasião.
Até mesmo o ministro da Defesa já chegou a fazer críticas indiretas aos cortes orçamentários. No mês passado, durante uma visita ao Recife, Jungmann afirmou que a situação estava no "limite" na área da Defesa em razão do contingenciamento.
“Até aqui, nós não tivemos comprometimento operacional das Forças, mas nós estamos no limite. Ou seja, o nosso limite é exatamente o mês de setembro", disse
Após a aprovação da mudança da meta fiscal pelo Congresso Nacional, que prevê um déficit nas contas públicas de até R$ 159 bilhões em 2017, o governo avalizou novos gastos em diversas áreas.
Na última terça-feira (3), o Ministério da Defesa ficou com a maior fatia dos R$ 9,8 bilhões liberados pelo governo. Conforme o Ministério do Planejamento, a Defesa pode fazer até R$ 2,11 bilhões em novos gastos.

Do G1

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