PT não consegue demover Ciro, que anuncia apoio crítico a Haddad
Ciro Gomes Foto: Daniel Ramalho/AFP
Em rápida entrevista concedida nesta quarta-feira (10), em Brasília, o terceiro colocado na eleição presidencial deste ano anunciou um apoio crítico ao petista, contra o que chamou de fascismo
Em rápida entrevista concedida nesta quarta-feira (10), em Brasília, o terceiro colocado na eleição presidencial deste ano anunciou um apoio crítico ao petista, contra o que chamou de fascismo. "Abaixo a ditadura e viva a democracia", disse.
Nos últimos dias, o senador eleito Jaques Wagner (PT-BA) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, procuraram dirigentes pedetistas em torno de uma adesão à candidatura petista. Em um aceno a Ciro, Haddad incorporou propostas do adversário em seu programa de governo e se reuniu com Mangabeira Unger, um dos principais conselheiros do pedetista.
Magoado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusa de ter atuado para esvaziar sua candidatura, no entanto, Ciro decidiu manter a postura crítica. A ideia é de que ele faça críticas a Bolsonaro durante o segundo turno, mas evite subir no palanque do petista.
O acordo também prevê que nenhum integrante do partido faça parte de uma eventual gestão Haddad e que a sigla se mantenha no campo da oposição independentemente de quem vença o processo eleitoral. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defende que, no dia seguinte à posse, Ciro seja anunciado como candidato à sucessão presidencial em 2022.
"O Ciro não subirá em nenhum palanque. Nós somos mais um voto contra o Bolsonaro, aos riscos que ele representa, do que ao Haddad", disse Lupi.
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