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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CALCINHA PARA COMBATER A VIOLÊNCIA

Em Aracaju, vereadora “mostra calcinha” na tribuna em combate à violência contra mulher

Lucimara em protesto na Câmara de Aracaju. Foto: Divulgação.

Para combater a violência contra a mulher, a vereadora de Aracaju Lucimara Passos (PCdoB) fez um protesto, no mínimo, inusitado. Durante sessão na Câmara nessa terça (25) – Dia Internacional de Combate à Violência Contra Mulher – a vereadora “mostrou a calcinha” na tribuna. A intenção era mostrar que a mulher não deve ser julgada pela vestimenta.Munida com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), referente ao tema, a parlamentar frisou a importância da luta em função da violência, que ainda é crescente.“Começa hoje, a grande mobilização pelo mundo inteiro e no Brasil. Movimentos sociais engajados nessas lutas estarão com atividades até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. E essa luta é pela igualdade de gênero, pelo respeito à condição da mulher, pela igualdade de oportunidades e pela libertação da opressão do homem”, defendeu Lucimara.Além do discurso, para reforçar a liberdade da mulher, Lucimara Passos frisa na Tribuna que a mulher não deve ser julgada. “A mulher não deve ser julgada pela vestimenta e muito menos por uma calcinha que veste, ou não. Hoje, eu afronto e quero saber se, ao mostrar essa calcinha, os senhores vão me julgar e me condenar a ser surrada”, finaliza.Ainda dentro do discurso, a vereadora clamou por justiça sobre homens que utilizam da força física para surrar uma mulher e para aqueles que incitam e estimulam a violência contra mulher.“Triste é saber que nós, enquanto legisladores, tivemos o desprazer de ouvir dentro dessa Casa Legislativa, um vereador estimular a violência, como fez o vereador Agamenon na semana passada, quando utilizou o espaço da Tribuna para rotular uma mulher de vagabunda e condená-la a uma surra por estar sem calcinha no seu casamento. Repetiu várias vezes que a mulher deveria ser surrada por ser vagabunda. Este foi um ato criminoso que merece punição””, lembra consternada.

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