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terça-feira, 5 de novembro de 2019

PROPINODUTO DA PETROBRAS

Executivos da EIT são denunciados por suborno de R$2,3 milhões na Petrobras


Propina garantia aditivos em contratos de mais de R$ 670 milhões para Abreu e Lima e Cacimbas-Catu


A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) denunciou por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Petrobras os executivos da Empresa Industrial Técnica S/A, a EIT, Marcus Pinto Rola, Paulo César Almeida Cabral, Tanel Abbud Neto; bem como o ex-diretor de serviços da estatal, Renato de Souza Duque.
A denúncia teve seu sigilo levantado nesta segunda (4), e aponta que, de 2008 a 2010, a corrupção garantiu aprovação de aditivos em contratos de mais de R$ 670 milhões em obras da Refinaria Abreu e Lima e do Gasoduto Cacimbas-Catu.
O integrante da força-tarefa Lava Jato, procurador da República Marcelo Ribeiro, destacou o fato de esta ser a 24ª denúncia oferecida neste ano no âmbito da operação, evidenciando que a ação histórica de combate à corrupção segue avançando.
“2019 é, portanto, o ano com o maior número de denúncias oferecidas desde o início da operação. Com o crescente cruzamento de informações coletadas em mais de 60 fases, há muito trabalho a ser feito. Empresas e pessoas citadas nas investigações, ainda que há mais tempo, serão chamadas a responder pelos crimes que cometeram”, ressaltou Marcelo Ribeiro.
O MPF acusa os executivos da EIT Marcus (dono da EIT), Paulo César e Tanel Abbud, de oferecerem e realizarem pagamento de propinas milionárias ao então diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e a Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia ligado à Diretoria de Serviços.
Somente para um dos aditivos, referente ao contrato do gasoduto, o pedido da EIT alcançou mais de R$ 29 milhões.
Os valores iniciais das obras eram de R$ 83.509.265,71 para o contrato do Gasoduto e R$ 591.324.228,09 para o contrato da Refinaria. E as provas apontam que a propina relativa ao Gasoduto foi de R$ 1 milhão, paga em cinco parcelas trimestrais de R$ 200 mil durante 2008 e 2009, enquanto que a propina da Refinaria foi acertada em R$ 1.378.020,00, paga em seis parcelas durante o ano de 2010.
O colaborador Pedro Barusco confirmou o recebimento do dinheiro em seu acordo de colaboração firmado com a força-tarefa do Ministério Público Federal.
Diario do Poder

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