Após fortes chuvas, produtores rurais de Petrolina enfrentam prejuízos
“Os dados pluviométricos dos últimos anos revelam que a nossa região tem um histórico em torno de 60 a 90mm neste período de outubro a dezembro. No entanto, este ano já chegamos a ter precipitação em torno de 1.000mm em áreas do Projeto Senador Nilo Coelho”, explicou o Gerente Executivo do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Flavio Diniz. As informações são do G1/PE.
De acordo com o representante, os principais impactos são a perda de parte das frutas que se encontram nos pomares; a redução de frutos para a safra seguinte e a elevação dos custos diretos com a mão de obra para fazer a limpeza dos frutos. Com a situação, o produtor de uva, manga e goiaba, Cristiano Klabin sente que a categoria está desamparada.
“Estou nesta atividade há quatro anos, e vejo que estamos desamparados por falta de ações para minimizar os impactos das chuvas. No início deste ano, o produtores dos sul passaram por uma grande seca, que prejudicou a safra, mas tiveram incentivos para poder sobreviver. Neste mesmo período, fomos castigados pelas chuvas e não tivemos ajuda”, lamentou.
Segundo o SPR, cerca de 2.500 produtores de Petrolina tiveram prejuízos com a safra deste segundo semestre. A estimativa é de que 50% da safra de uva e 30% de manga estejam comprometidas, o que representa um prejuízo de cerca de R$ 45 milhões.
“O SPR manteve contato no início desta semana com o executivo municipal sugerindo que seja decretado Estado de Calamidade Pública no município, a fim de que possamos utilizar este decreto para exigir das instituições financeiras a prorrogação das dívidas, custeios e empréstimos adquiridos pelos produtores que não terão condições de quitá-los em virtude da perda de parte da safra em decorrência do excesso de água em decorrência as chuvas”, destacou Flavio Diniz.
Em nota, a prefeitura de Petrolina informou que “está monitorando e atuando em todas as áreas afetadas nos últimos dias pelas fortes chuvas, tanto na zona rural quanto na urbana. A gestão municipal já está em contato com o Sindicato dos Produtores Rurais e com outras categorias de trabalhadores do campo para analisar
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