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segunda-feira, 4 de março de 2019

CRISE NA VENEZUELA

SÃO OS AMERICANOS DE SEGUEM O BRASIL NA CRISE DA VENEZUELA, DIZ ERNESTO ARAÚJO
O ministro Ernesto Araújo cumprimenta venezuelanos na fronteiras com a Colômbia: "heróis da liberdade".

Em artigo no 'Diário do Poder', Araújo ataca 'consenso infame'

O ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) sustenta que “não foi o Brasil que seguiu os EUA, mas antes o contrário”, e desafia os críticos a perguntar “aos venezuelanos que lutam por sua pátria, e que passarão à história como heróis da liberdade” o que acham da política externa do presidente Jair Bolsonaro. “Perguntem aos venezuelanos expulsos de seu país pela fome e pela tristeza e que agora sentem-se à beira de poder voltar para casa”, exorta.
O chanceler afirma que, com Bolsonaro, “estamos rompendo esse consenso infame” ao qual se associou a política externa brasileira nos últimos 25 anos, que favoreceu “a corrupção e a estagnação econômica, a crise moral e o enfraquecimento militar, o apequenamento internacional, o descaso pelos sentimentos do povo brasileiro”. As palavras contundentes do chanceler brasileiro estão no artigo “Contra o consenso da inação“, que ele escreveu para o Diário do Poder e o site metapoliticabrasil.com.
“Os brasileiros rejeitaram esse consenso nas urnas, em outubro de 2018, ao escolher o único candidato que se ergueu contra o sistema”, escreve Ernesto Araújo. “Insistir agora em que esse consenso continue a prevalecer na esfera da política externa, por temor e preguiça, sob o pretexto de ‘manter as tradições’, seria trair o povo brasileiro”, afirma.
O chanceler lembra em seu texto que alguns apoiaram abertamente o chavismo, enquanto “0utros fingiram que foram contra mas não fizeram nada de concreto”. Além de ironizar os artigos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricúpero, “espezinhando aquilo que não conhecem, defendendo suas tradições inúteis de retórica vazia e desídia cúmplice”, ele também não poupou a atitude do antecessor no governo Michel Temer: “Aquilo que parecia haver de defesa da democracia na política brasileira para a Venezuela no último governo extinguiu-se completamente, entre sorrisos, em setembro de 2018, na reunião de Aloysio Nunes com o chanceler de Maduro em Nova York, onde o lado brasileiro aceitou na prática a normalização das relações com a Venezuela sob o pretexto de que ‘é um país com o qual fazemos fronteira'”. Ernesto Araújo conclui: “Se permanecesse aquele maravilhoso consenso, não haveria hoje um pingo de esperança para a Venezuela, e Maduro estaria firme, sem qualquer receio de perder o poder, sorrindo ao ver as crianças venezuelanas comerem lixo.”
O ministro relata em seu artigo os momentos de emoção que viveu na fronteira. “Eu vi com meus próprios olhos essas crianças e seus pais, nas fronteiras da Colômbia e do Brasil com a Venezuela. Eu ouvi os venezuelanos em Cúcuta gritando “obrigado Brasil” e apertei suas mãos, eu escutei suas vozes rasgadas de esperança, gritando “Venezuela libre!” e gritei junto com elas. Eu senti o seu enorme anseio de que agora, finalmente, graças em grande parte ao novo Brasil, os venezuelanos possam recuperar sua pátria e sua dignidade humana, com o fim iminente da ditadura. Eu abracei Juan Guaidó, esse líder destemido que, sob risco de vida, corporifica o sonho de uma nova Venezuela, vi os índios pemones que viajaram até Brasília, grande parte do trajeto a pé, e saudaram Guaidó em frente ao Itamaraty, e entoaram um cântico por seus parentes massacrados por Maduro.
“O Presidente Bolsonaro e eu estamos, sim, rompendo esse consenso infame. Estamos rompendo com a tolerância irresponsável que ajudou a acobertar os crimes do regime chavista-madurista, e que continuaria acobertando até hoje, se o sistema que vinha governando o Brasil permanecesse no poder”, escreve Araújo.

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