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terça-feira, 19 de março de 2019

O LARANJAL DO PSOL

PESQUISA MOSTRA QUE PSOL TEVE QUASE O DOBRO DE CANDIDATAS 'LARANJAS' DO PSL
Deputados do PSOL ironizando parlamentares governistas, na Câmara: de "laranjas" eles entendem. (Foto: reprodução Facebook)


No PSOL, 27,1% das candidatas mulheres foram laranjas; no PSL, 15,9%

Pesquisa das professoras Malu Gatto, da University College London, e Kristin Wyllie, da James Madison University, divulgada pela BBC News Brasil, revela a dimensão do uso de “laranjas” para burlar a lei de cotas femininas e a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de exigir que os partidos destinem 30% dos recursos do fundo de campanha para candidaturas femininas. Além de burlar a lei de cotas, as candidaturas “laranjas” servem para que recursos do fundo eleitoral financiem candidatos homens, segundo as pesquisadoras.
A pesquisa mostra que nas eleições de 2018 são possíveis “laranjas” 15,9% das 132 candidatas a deputada federal pelo PSL do presidente Jair Bolsonaro, percentual que representa quase metade do percentual de candidaturas “laranjas” do PSOL: 27,1% das 166 candidatas. A situação de “laranjas” no Podemos é ainda mais grave: 35,5% de suas 59 candidaturas.
O levantamento de Gatto e Wyllie aponta também que 35% de todas as candidaturas de mulheres para a Câmara dos Deputados na eleição de 2018 não chegaram a alcançar 320 votos. Ou seja, candidatas  usadas apenas para cumprir formalmente a lei de cotas que sequer fizeram campanha.
“O que os números mostram é que não é uma questão de competitividade, porque, de 1998 a 2018, as candidaturas laranjas de mulheres aumentam muito como resposta às mudanças na lei de cotas. E a quantidade de candidaturas não competitivas de mulheres é muito desproporcional na comparação com as dos homens”, explicou Gatto, que é professora da University College London.Vinte anos após a adoção da lei de cotas, em 1998, o percentual de deputadas passou de 5,6% para 15%. Malu Gatto acha o percentual muito baixo. “É o menor da América Latina, empatado com o Paraguai”, disse.
Com exceção do partido Novo, que teve 2% de candidatas com menos de 317 votos na eleição de 2018, todas as 30 legendas com representação no Congresso Nacional tiveram mais de 10% de possíveis laranjas dentre suas candidatas mulheres para a Câmara.
Das 132 mulheres lançadas como candidatas à Câmara dos Deputados pelo PSL, 21 receberam menos de 317 votos. Isso representa quase 16% do total.
Já entre os candidatos homens do PSL apenas 0,66% receberam menos de 317 votos. Ou seja, praticamente só há possíveis laranjas entre candidatas mulheres do partido.
Diario do Poder

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