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terça-feira, 2 de julho de 2019

COPA AMÉRICA

Em noite de astros no Mineirão, Brasil e Argentina acirram rivalidade em alta tensão

Companheiro de Messi no Barcelona, meia Coutinho é um dos homens de confiança de Tite (Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press)


Clássico no Gigante da Pampulha vale vaga na final e afirmação das seleções


Brasil e Argentina se enfrentam nesta terça-feira, às 21h30, no Mineirão, pelas semifinais da Copa América’2019, bastante pressionados. As equipes precisam do título para que as comissões técnicas tenham tranquilidade para trabalhar, principalmente depois dos fracassos recentes, como as elminações precoces na Copa do Mundo da Rússia, no ano passado. O derrotado corre o risco de perder também o treinador. Isso significa recomeçar o trabalho quando se avizinham as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.

A situação na Seleção Brasileria é mais tranquila que a dos rivais, porém, nem tanto. Até por atuar em casa, com apoio do torcedor, a expectativa é pela conquista, quebrando jejum que já chega a 11 anos na Copa América.

O técnico Tite parece ter crédito com a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mesmo com o time tendo feito campanha abaixo do esperado em gramados russos – foi eliminado nas quartas de final pela Bélgica. O treinador aprovou o desempenho, tanto que convocou novamente nada menos que 14 jogadores que estiveram no último Mundial.

Muito desse otimismo vem de bons jogos nas últimas Eliminatórias Sul-Americanas, quando a Seleção se classificou em primeiro lugar e com folga. Contudo, levando em consideração as últimas edições da Copa América, é bom o comandante brasileiro ficar atento. Foram as campanhas horríveis em 2015, no Chile, e, principalmente, em 2016 (em comemoração ao centenário do torneio), disputada nos Estados Unidos, que custaram o emprego a Dunga, antecessor de Tite no cargo.

Até por isso, ele sabe que precisa do resultado positivo. “Não me sinto mais estável (que outros treinadores), cada um tem sua história. Um trabalho se constrói, tem etapas, nuances. Então, há uma série de aspectos para levar em consideração ao analisar um trabalho”, diz o treinador, ciente de que está sendo avaliado o tempo todo. “Talvez por ter mais tempo de trabalho, nosso time tenha de mostrar mais organização. Mas mesmo assim é preciso ver que nove jogadores não estavam conosco no último Mundial. Então, houve mudanças, há coisas a se ajustar.”

Mesmo que a derrota lhe custe o emprego, ele não quer a vitória a qualquer custo. “A gente sabe a importância desta partida, mas acima de tudo queremos produzir o nosso melhor, não pode ter subterfúgio, tem de ganhar fazendo bem, tendo orgulho daquilo que se possa produzir. O futebol transcende algumas coisas em termos educionais, não muda a realidade das pessoas, mas pode ensiná-las. Queremos competir forte e leal. E é dos dois lado. Por isso a expectativa de um grande jogo”, comenta.

O Brasil não é campeão desde 2013, quando faturou a Copa das Confederações em casa, superando a Espanha na final. De lá para cá não teve muito mais a comemorar que golear a Argentina, por exemplo, por 3 a 0, no próprio Gigante da Pampulha, em 2016, pelas Eliminatórias.

Argentina

Pelo lado argentino, a situação é ainda mais complicada. A seleção não ganha título desde a Copa América de 1993 e não consegue aproveitar nem mesmo a regência do craque Messi, vice-campeão mundial em 2014 e “bi” vice nas duas últimas Copas Américas, nas quais os argentinos foram derrotados na decisão pelo Chile.

Por isso, não é de se estranhar que a equipe alviceleste esteja em seu sétimo comandante nos últimos nove anos, tendo “fritado” nomes como Alejandro Sabella, Gerardo Martino, Edgardo Bauza e Jorge Sampaoli. Lionel Scaloni aceitou um emprego que ninguém queria, nas palavras de jornalistas argentinos, e desde agosto do ano passado ocupa o cargo interinamente.

Até por não ter sido oficialmente efetivado – teve o emprego garantido pela Associação de Futebol Argentino (AFA) até a Copa América –, muitos acreditam que ele não tem qualquer responsabilidade, podendo realizar o trabalho de forma mais leve que os antecessores. Mas Scaloni, de 41 anos, sabe que a cobrança virá: “Um grande treinador não para nunca de aprender. No meu caso ainda mais, sou jovem. Entendo que tenho de buscar saber sempre mais, inclusive com os jogadores. Quanto mais aprendo, melhor para a equipe”.

Mais uma vez, ele não antecipa a escalação, mas tem costume de mudar a equipe a cada partida. Garante que não o faz em função do adversário. “Sempre que fazemos uma modificação é para buscar o melhor para a nossa equipe. Temos uma partida importante pela frente e tudo que fazemos é mais buscando conseguir fazer o que pretendemos do que em função do rival.”

BRASIL X ARGENTINA

BRASIL
Alisson; Daniel Alves, Miranda, Thiago Silva e Alex Sandro (Filipe Luís); Arthur, Casemiro e Philippe Coutinho; Éverton, Gabriel Jesus e Roberto Firmino
Técnico: Tite

ARGENTINA
Armani; Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; Paredes, De Paul e Acuña; Messi, Agüero (Di María) e Lautaro Martínez
Técnico: Lionel Scaloni

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: terça-feira, 2 de julho
Horário: 21h30
Árbitro: Roddy Zambrano (EQU)
Assistentes: Christian Lescano e Byron Romero (EQU)
VAR: Leodán González (URU)


Estado de Minas

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