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terça-feira, 21 de maio de 2019

IRONIZANDO AS SUSPEITAS

Bolsonaro ironiza suspeitas sobre o PSL e diz que gostaria de ser dono de um laranjal

Presidente da República, Jair BolsonaroFoto: Flickr/ Palácio do Planalto


O partido está sendo investigado pelo Ministério Público Federal por um possível esquema de candidaturas laranjas

O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta segunda (20) acusações sobre o uso de candidatas laranja por seu partido, o PSL, nas eleições de 2018. Em discurso no Rio, ele disse "até gostaria" de ser dono de um laranjal, já que laranja é um produto rentável.

"No Rio de Janeiro, as três candidatas laranja recebeu [sic], cada uma, R$ 1,8 mil para pagar o contador e não coloca na prestação de contas. Aí eu sou dono do laranjal no Rio de Janeiro. Até gostaria que fosse, a laranja é um produto rendoso", afirmou o presidente.

Revelado pela Folha de S.Paulo, o esquema de candidaturas laranjas do PSL é alvo de investigações pelo Ministério Público e pela Polícia Federal em Minas Gerais e envolve um dos ministros de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio (Turismo). O caso também ajudou a precipitar a primeira demissão no alto escalão do governo, a de Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência).

Em fevereiro, a Folha de S.Paulo publicou reportagem mostrando que dinheiro do fundo eleitoral entregue a 33 candidatas do PSL no estado beneficiou empresa de uma ex-assessora de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e parentes de outra colaboradora do agora senador.

Uma das beneficiadas é a contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, primeira-tesoureira do PSL-RJ, partido presidido pelo senador, filho do presidente Jair Bolsonaro. Sua empresa, a Ale Solução e Eventos) recebeu R$ 55,3 mil a partir de pagamentos de 42 candidatos do PSL no Rio. 

Outros beneficiados foram dois parentes de Valdenice de Oliveira Meliga, tesoureira do diretório estadual do PSL. Oliveira e Meliga foram também assessoras do senador Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Oliveira e Valdenice tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados a pedido do Ministério Público Federal em processo que investiga movimentações financeiras entre assessores de Flávio Bolsonaro.

O presidente da República tocou no assunto quando falava a empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Em discurso, disse que o problema brasileiro é a classe política e convocou o prefeito e o governador do Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Wilson Witzel (PSC), a ajudar a "mudar isso".

Logo depois, voltou-se aos empresários prometendo "não criar dificuldades para vender facilidades". Ele citou que seu partido pegou apenas R$ 9 milhões dos R$ 1,6 bilhão do fundo eleitoral e que preferiu não usar recursos públicos em sua própria campanha.




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