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terça-feira, 9 de junho de 2020

VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

Perfil mais comum de vítima atendida pelo Disque 180 é mulher parda, solteira e com 25 a 35 anos


A violência em seus diversos tipos é uma triste realidade vivida por mulheres brasileiras de todas as faixas etárias, etnias e níveis socioeconômicos. Porém, dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 de 2019 traçaram o perfil mais comum de acordo com registros de denúncias feitos ao longo do ano.
De acordo com o balanço de 2019, o perfil da vítima atendida é composto, em sua maioria, por mulheres declaradas pardas, solteiras, com idade entre 25 e 35 anos. A faixa etária dominante muda para 36 a 45 anos quando a mulher apresenta deficiência mental, física ou intelectual.
Mulheres que se declaram brancas compõem o segundo grupo mais afetado por violações. Enquanto as mulheres pardas sofrem mais de 43% das 85.412 denúncias registradas, as brancas representam 37% desse total.
As violências mais recorrentes são a doméstica (78,96%), tentativa de feminicídio (4,35%), a moral (4,08%) e ameaça (3,81%). As demais denúncias foram divididas entre cárcere privado, violências sexual, física, policial, virtual, obstétrica, feminicídio, tráfico de mulheres, trabalho escravo e violência contra diversidade religiosa.
As informações divulgadas pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) também revelaram que mais de 50% dos suspeitos têm relação direta com a vítima. 29,67% são companheiros; 15,13%, ex-companheiros; e 10,67%, cônjuges. Em 84% dos casos, o agressor é do sexo masculino.
Unidades da Federação
O Rio de Janeiro lidera o ranking de número de registros de denúncias de violência contra a mulher. No estado, são 98,92 registros atendidos pela central para cada 100 mil habitantes.
Em seguida, aparece o Distrito Federal com 91,64 atendimentos a cada 100 mil habitantes. Na terceira posição, o Mato Grosso do Sul, com 82,42. No último lugar, está o estado do Acre, com 17,26 atendimentos por 100 mil habitantes.
“Com as informações coletadas pela Ouvidoria, podemos, de maneira mais assertiva, trabalhar no enfrentamento à violência contra a mulher. É importante não só a ampliação e a eficiência no recebimento das denúncias, mas o aperfeiçoamento dos fluxos e encaminhamento das demandas para os outros órgãos da rede. Estamos fazendo a nossa parte”, ressaltou a ministra Damares Alves.
Disseminações de informações
Os atendimentos do Ligue 180 tratam não somente de registros de denúncias, mas de disseminação de informações sobre os direitos das mulheres e orientações acerca de ações, programas, campanhas, serviços de atendimento, proteção, defesa e responsabilização de direitos das mulheres, disponíveis em âmbito federal, estadual e municipal.
A temática da violência doméstica e familiar contra a mulher aparece expressivamente à frente do segundo serviço mais mencionado.

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