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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

SPORT - MAIS UMA BRONCA

Presidente do Conselho desabafa e acusa 'grupelho' de atentar contra a democracia no Sport

"O Conselho tem presidente, que se chama Pedro Leonardo Lacerda, e comigo golpista não prospera", dispara (Foto: Repdorução/Instagram)


Pedro Leonardo Lacerda apontou que o Conselho não tem poder para derrubar a eleição de Yuri Romão, mas não descarta intervenção judicial


O clima político do Sport já se transformou em um ambiente de crise, onde já não está mais contido nos bastidores. Nesta quarta-feira foi a vez do Presidente do Conselho Deliberativo, Pedro Leonardo Lacerda, realizar um desabafo contra um “grupelho” de cerca de 20 conselheiros, que segundo ele, aplicaria práticas que enxerga como danosas para a garantia de democracia no clube.

A princípio, o presidente do Conselho Deliberativo explicou o motivo que o levou a cancelar a reunião da última terça-feira. "É público o grau de acirramento que a disputa eleitoral gerou dentro do Conselho do Sport. Eu enfrentei ao longo deste biênio uma oposição silenciosa e perigosa no Conselho. Quando o ex-presidente Milton Bivar foi eleito junto comigo, nós tínhamos uma perspectiva de um biênio tranquilo, de um biênio de continuidade no processo de reconstrução que o Sport vinha vivenciando. Naturalmente, a imprevisibilidade da renúncia de Milton, que tem os seus motivos, fez com que o tabuleiro político do clube fosse revirado", iniciou, antes de apontar as interferências.

"Veio o Léo Lopes e já comecei a perceber de um grupo um sentimento de querer dificultar o período, o que prontamente eu repreendi, disse que não faria de jeito nenhum nada que viesse atrapalhar quem quer que fosse o presidente do clube, e esse pequeno grupo se recolheu. Com o Yuri (Romão), mesma coisa", apontou.

Sem citar nomes, Pedro Leonardo Lacerda continuou a destacar os atos que caracteriza com tentativas de atrasar o andamento do clube. "Não passam de vinte pessoas. É um grupelho. Se você juntar e ver visualmente, se assusta como é que aquelas pessoas podem ter tanta capacidade de fazer o mal. Não queriam empossar Yuri, queriam que o conselho não empossasse Yuri, o que prontamente eu repeli e empossei, porque era o certo. Infelizmente se aproveitaram das oscilações do futebol e começaram a fomentar uma rede de intriga e discórdia, mentira, boato que contaminou o ambiente no Conselho", acrescentou.

"Então, tendo em vista o que aconteceu quinta passada, na reunião extraordinária, onde foi um clima realmente beligerante e perigoso, como nunca vivenciei, eu entendi que realizar essa reunião seria apenas dar palco a essas pessoas, que não tem a menor significância na vida do clube, se aproveitaram e tentaram dar um 'cavalo de tróia' dentro do Conselho e no dito popular, 'rasgaram a boca', porque o Conselho tem presidente que se chama Pedro Leonardo Lacerda, e comigo golpista não prospera”, prosseguiu.

O presidente do Conselho negou ainda que tenha deixado de agir com suas obrigações durante as eleições. "Quem disse isso representa esse sentimento da boataria, da mentira e da criação de narrativas maldosas", rebateu, apontando ainda que precisou conter um possível conflito, inclusive com armas de fogo.

"Eu enfrentei uma cena horripilante, uma sala do Conselho tomada por mais de 200 pessoas. Eu estava dentro da sala da presidência, organizando o expediente da reunião, onde tinha chegado um requerimento da defesa do presidente Yuri Romão faltando dois minutos para começar a sessão. Eu tinha que ler esse requerimento para poder discutir, então só fui entrar no Plenário do Conselho perto da meia-noite, quando já havia uma multidão. Tenho informações, mas eu não tenho a confirmação, de que inclusive algumas pessoas estariam armadas, portando armas de fogo dentro da sala" destacou.

"Eu fui enérgico. Eu fui duro. Eu tive que bater na mesa para conter aquele ambiente que estava a qualquer fagulha de uma palavra que gerasse um conflito. Havia pessoas idosas dentro da reunião. Então eu fui muito firme, fui muito enfático na defesa da Presidência do Conselho, na defesa do Conselho, no uso do regimento. E nenhum dos presentes levantou a mão para contestar a minha condução no Plenário”, completou, antes de voltar a tecer críticas contra o grupo citado.

“A avaliação do quanto esse sentimento de tumultuar o clube trouxe reflexos, eu deixo para que a comunidade esportiva e rubro-negra faça. Porque as atitudes concretas divulgadas pela imprensa possibilitam essa avaliação. Eu falo aqui de um sentimento manifestado de forma obtusa, na escuridão. Ninguém assume, nenhum deles assume uma postura publicamente. Eles são fofoqueiros, eles são mesquinhos, eles são maledicentes. Não têm dignidade nem de se afirmar publicamente durante esse período todo como conselheiros num movimento político. Eles são omissos”, reforçou o presidente do Conselho, apontando que nutre boas relações com Yuri Romão e Luciano Bivar, ambos candidatos no último pleito.

Eleição de Yuri Romão sujeita a avaliação na Justiça

Por fim, Pedro Leonardo Lacerda conclui ao apontar para o fato de que o Conselho Deliberativo já não tem mais o poder de intervir no resultado das eleições da última sexta-feira, apesar de não descartar uma possível ação judicial sobre o caso.

“Não tenho condições de me manifestar sobre esse assunto, porque me parece que está sob a esfera do poder judiciário. No âmbito do Conselho, essa possibilidade não existe. O Conselho não tem poder para tomar uma decisão dessa, nesse momento, nessa etapa em que nós já estamos. Não há porque se falar em nenhum tipo de interferência a mais no curso de eleição na via do Conselho. Agora, o poder Judiciário é o órgão competente para apreciar os argumentos que por acaso surjam nesse sentido”, finalizou.

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