Paraguai quer impeachment do seu presidente
Mario Abdo Benítez é acusado de traição à pátria após documento assinado com Brasil aumentar custos paraguaios em US$ 200 milhões
Causa é acordo anergético com o Brasil assinado por Bolsonaro
Partidos de oposição do Paraguai anunciaram nesta quarta-feira (31) que apresentarão um pedido de impeachment contra o presidente, Mario Abdo Benítez, e o vice-presidente, Hugo Velázquez, em meio a uma crise política detonada pela assinatura de um acordo energético com o Brasil.
Políticos e parlamentares reagiram contra a assinatura do acordo, que estabelece um cronograma para a compra de energia gerada pela hidrelétrica binacional Itaipu até o ano de 2022.
O acordo —fechado em maio, mas conhecido publicamente apenas na semana passada — elevará os custos para a empresa estatal de eletricidade do Paraguai em mais de US$ 200 milhões, segundo legisladores e o ex-diretor da entidade.
"Vamos preparar a documentação necessária para o processo por traição à pátria. Isso significa mau desempenho, e serão necessárias novas eleições", disse Efraín Alegre, presidente do Partido Liberal, a principal sigla de oposição no país.
A oposição convocou ainda manifestações para a próxima sexta-feira (2). O processo de impeachment deve ser iniciado na Câmara dos Deputados, onde são necessários 53 votos para a acusação.
O processo de impeachment deve ser iniciado na Câmara dos Deputados, onde são necessários 53 votos para a acusação.
A abertura do processo foi garantida pela adesão, na noite de quarta, do Honra Colorada, movimento dissidente liderado pelo ex-presidente Horacio Cartes —as siglas da oposição, como o Partido Liberal Radical Autêntico, o Partido Encontro Nacional e outros, reuniam apenas 38 votos.
Folha de S.Paulo
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