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domingo, 20 de outubro de 2019

ÓLEO NAS PRAIS PERNAMBUCANAS

Óleo chega à praia de Suape, no Cabo

Manchas de óleo são recolhidas na praia de SuapeFoto: Maria Cavalcanti


Manchas de óleo foram recolhidas neste domingo por voluntários e agentes públicos

Voluntários, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul do Estado, recolheram neste domingo (20) óleo na praia de Suape, local em que pescadores constataram o desastre ainda de madrugada. Pelo menos até as primeiras horas da manhã de hoje, mais de 100 sacos de 50 litros foram recolhidos da praia, e alguns trechos de mangue também foram atingidos.
Elaine de Santana Souza, pescadora, foi uma das primeiras a trabalhar na limpeza da praia com seus vizinhos. "Fiquei sabendo antes das 5 horas da manhã, nos reunimos com alguns vizinhos e viemos limpar a praia. O hotel Vila Galé disponibilizou luvas e sacos para continuarmos a limpeza de forma mais segura, mas iríamos fazer de todo jeito."

Cerca de 30 voluntários entre turistas e moradores trabalham na retirada do petróleo que chega na praia. Edson Antônio, que trabalha com passeios turísticos na praia, contou sobre o impacto turístico do desastre." Essa é a única praia de Pernambuco com águas abrigadas, seguras. Por essa importância e pelo tamanho da diversidade de ecoturismo da praia é que torna ainda mais drástico o que está acontecendo. Para nós é muito arriscado isso pela possível evasão do turismo em pleno verão", contou.
Sérgio Belo, do comitê popular que trabalha junto à equipe de monitoramento da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, comentou sobre os pontos atingidos. "Já encontramos uma concentração de óleo grande na foz do rio Massangana e tem outra no mangue".

O procedimento usado para coletar o óleo segue geralmente pelo arraste dele da água para a areia, se este já não estiver na praia, é depois pelo arraste dos pedaços. "A indicação é que quem não tiver EPI não pegue no óleo, devido a quantidade de material tóxico que ele possui. Então é evitar o contato, evitar banho nas áreas que tiver o material e informar o poder público o mais rápido possível para que eles possam agir de alguma forma", concluiu Sérgio. É importante salientar que o óleo, em contato com o corpo, gruda. Para retirá-lo, voluntários indicam o uso do óleo de cozinha, esfregando-o no local.

Mizania Pedrosa, engenheira química do Ibama, contou como estão sendo realizadas as ações: "As operações estão em todos os lugares do litoral. Tem equipes da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), do Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas), distribuídas em todas as praias de Pernambuco. É muito importante agirmos o mais rápido possível sempre para conter e retirar o material do mar".


FolhaPE

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