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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

NÁUTICO - CAUTELA COM A GAROTADA

Após estreia com o brilho da base, Hélio dos Anjos prega cautela com as joias do Náutico: "Não tenho pressa"

(Foto: Júlio estreou na temporada marcando o último gol do jogo e deve ter mais chances esta temporada)



Todos os gols marcados pela equipe na abertura da temporada foram marcados por jogadores formados pelo clube


A vitória do Náutico sobre o Íbis na estreia do Campeonato Pernambucano trouxe benefícios além dos três pontos conquistados. O triunfo por 3 a 0 sobre o Pássaro Preto foi alcançado com gols de Juninho Carpina e Júlio, ambos oriundos das categorias de base do clube. Com um calendário apertado e limitações financeiras, os pratas da casa hoje correspondem a mais da metade do elenco alvirrubro e terão mais oportunidades no time principal em comparação ao ano passado.

O técnico Hélio dos Anjos lançou três titulares formados na base, além de outros cinco atletas que entraram no decorrer da partida (todos os suplentes eram pratas da casa). O treinador desmistificou a máxima de ter escolhido um adversário tecnicamente inferior para poder lançar os jogadores na equipe profissional.

“Eu sinceramente não escolho jogo pra colocar jogador da base. A partir do momento que estão trabalhando comigo, eles vão ter condições, vou criar situações para eles jogarem qualquer jogo. Você não escolhe a partida ideal para colocar um jogador pra jogar. Se eu for olhar friamente, as partidas ideais são as mais difíceis, porque se ele passar bem, se ele for um jogador dentro da sua normalidade, jogar com naturalidade, ele realmente vai acrescentar muito na equipe”, declarou em entrevista pós-jogo. 

Hélio, que foi bastante pressionado pela torcida na última temporada para uma maior utilização de Carpina, fala insistentemente sobre a necessidade de um amadurecimento por parte dos atletas da base. O comandante teme que uma possível precipitação em lançar um prata da casa possa interferir negativamente no seu desempenho e na sua formação, podendo assim prejudicar tanto o clube como o jogador.

“Eu quero frisar bem: a ideia de usar esses jogadores passa por uma maturação. O Júlio já é hoje um jogador do profissional pela idade dele, mas o Kayon, por exemplo, tem 17 anos. Assinou seu primeiro contrato com o Náutico, se eu não me engano, há uma semana. A gente tem que ter muita atenção, eu não tenho pressa, mesmo as pessoas achando que você sempre tem que ter 10 ou 20 jogadores da base no grupo, mas eu não posso ter pressa porque senão o trabalho não vai surtir o efeito que o clube necessita”, concluiu. 

O Náutico volta a campo amanhã, diante do Campinense, em sua estreia nesta edição da Copa do Nordeste. Caso não regularize os atletas que faltam (Richard Franco, Leandro Carvalho, Eduardo Teixeira, Wellington e Robinho), o clube deve ter novamente um banco de reservas composto exclusivamente por jogadores formados em casa. 

DP

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