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sábado, 17 de setembro de 2022

ELEIÇÕES EM PERNAMBUCO

PSB monta estratégia pró Raquel


Caso vença a disputa contra seus principais concorrentes para chegar ao segundo turno, a candidata do PSDB ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra, será apoiada pelo PSB. Contará com o peso da máquina comandada pelo governador Paulo Câmara, assim como o prefeito do Recife, João Campos, além de uma penca de prefeitos da base governista espalhados pelo Estado.

Os socialistas já começaram a programar o Plano B das eleições de outubro, ao constatar, inclusive nas pesquisas que faz para uso de análises internas, que não há mais chances de o candidato Danilo Cabral avançar na disputa contra Marília Arraes do Partido Solidariedade, líder em todas as sondagens, com vaga garantida no turno final.

O Palácio das Princesas, leia-se governador Paulo Câmara, e o Palácio Capibaribe, através do prefeito João Campos, já autorizaram emissários do PSB a procurar interlocutores da ex-prefeita de Caruaru a fim de abrir um canal de diálogo entre as partes.

“Nas próximas duas semanas até 02 de outubro, dia das eleições, a ordem no comando da Frente Popular é concentrar artilharia pesada contra Marília e poupar Raquel”, disse em anonimato um cacique socialista, considerando que a candidata do PSDB, dentre os postulantes da oposição, “é a mais palatável para os socialistas subirem no seu palanque”.

Os líderes políticos do PSB sustentam que seria mais difícil convencer sua militância a apoiar Anderson Ferreira, candidato do PL, e Miguel Coelho, do União Brasil, contra Marília em função da eleição nacional. “Ambos têm a cara de Bolsonaro. Nossa base não aceitaria votar neles dois sabendo que do outro lado Marília terá o presidente Lula no seu palanque. É uma decisão pragmática: Marília é a nossa inimiga nessas eleições. Ela não pode vencer sob hipótese alguma. E Raquel teria mais a simpatia de todos”, comentou, em reserva, um candidato a deputado federal do PSB. Mas colocar em prática essa decisão não vai ser fácil no conjunto dos partidos da Frente Popular, segundo outros analistas.

Risco de implosão

Muitos ponderam que a militância da Federação formada pelo PT, PC do B e PV, cuja prioridade é eleger o presidente Lula no segundo turno, certamente, não acompanhariam o PSDB de Raquel Lyra. O PDT, provavelmente, também não, em função da briga local em Caruaru entre os grupos dos Lyra e dos Queiroz. O PP e Pros já vêm negociando com Marília nos bastidores. Sobrariam os Republicanos e o MDB. Ou seja, em qualquer cenário, a Frente Popular tende a implodir de vez, agravando ainda mais a crise interna entre suas lideranças.

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