SANTA CRUZ - BOLA DE NEVE

Santa Cruz deve mais de R$ 181 milhões em causas perdidas na Justiça

(Foto: Renda de jogo contra o Tocantinópolis deu sobrevida aos cofres (Rômulo Chico/DP Foto))

Afundado em dívidas, crise coral dentro de campo se agrava fora dele

Uma verdadeira bola de neve. Esta é a melhor expressão para definir o caos financeiro do Santa Cruz, que se afunda em dívidas que parecem cada vez mais insanáveis. Com passivo de R$ 222 milhões, o clube deve R$ 181.798.190 só de causas dadas como perdidas na justiça. Os números são referentes ao balanço financeiro do exercício 2021, divulgado na última semana pelo Conselho Deliberativo.

Segundo apurou o Esportes DP, o Santa ainda espera algumas pendências a serem corrigidas pela contabilidade para se pronunciar oficialmente sobre o balancete, que foi reprovado por maioria esmagadora do Conselho. Agravando ainda mais a situação caótica, o ex-presidente Joaquim Bezerra deve ficar inelegível no clube pelos próximos 10 anos, enquanto as contas foram adiadas pela terceira vez consecutiva, algo inédito na história coral.

Vivendo no fio da navalha, a falta de conquistas em campo ajuda o clube a se afundar cada vez mais em declínio monetário. A expectativa da cúpula coral era de seguir avançando na Série D do Campeonato Brasileiro e, dessa forma, ter verbas para poder quitar os débitos. O jogo contra o Tocantinópolis no Arruda, por exemplo, com renda milionária (R$ 1.214.645,00), deu sobrevida aos cof

Além das causas consideradas perdidas, o Santa deve R$ 14.132193 milhões só de obrigações sociais e dívidas trabalhistas, além de outros R$ 6.506.496 em impostos tributários.

Caso Breno Calixto

Há menos de dois meses, o Santa foi condenado a pagar R mil por não cumprir acordo com o zagueiro Breno Calixto, que atuou no ano passado. O processo entre o atleta e o clube corre na justiça desde dezembro de 2021. Até agora, nenhuma quantia foi recebida por Breno. “O Santa Cruz entrou com um recurso e nós estamos próximos de responder o recurso”, disse João Vilaça, advogado do defensor, à reportagem.

DP