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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SIGILO QUEBRADO

STF: autorizada quebra de sigilo de Temer

Ministro Luís Roberto Barroso autorizou quebra de sigilo em inquérito que investiga Temer, diz PGR


A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou em dezembro do ano passado alguns pedidos de quebra de sigilo no âmbito do inquérito que investiga o presidente Michel Temer. Mas não especificou quem são as pessoas e empresas atingidas pela decisão. Além de Temer, há outros três investigados por supostas irregularidades no decreto presidencial dos portos. O presidente, que nega as acusações, é suspeito de ter beneficiado a Rodrimar, que opera no porto de Santos.
As informações da PGR vêm depois que o GLOBO revelou, na última sexta-feira, relatório do delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pela apuração do caso na Polícia Federal (PF). Elereclamou da demora da PGR em proceder na quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Temer. Além do presidente, são investigados Rodrigo Rocha Loures, que foi assessor de Temer e despachava no Palácio do Planalto, e os executivos Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, da Rodrimar.
Neste domingo, Barroso entrou em contato com Cleyber Lopes. Em breve despacho, ele afirmou que o delegado relatou pendências, mas o ministro não entrou em maiores detalhes. Disse ainda que Cleyber assegurou não ter divulgado nenhuma informação sigilosa.
Em depoimento à Polícia Federal no dia 16 de fevereiro, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, afirmou que Temer atuou para favorecer os interesses do grupo no Porto de Santos. Segundo o colaborador, os dois se reuniram na Vice-Presidência. O executivo teria falado com o presidente sobre as dificuldades que a J&F estava encontrando para concluir as obras em uma área comprada da empresa Rodrimar para escoar a produção da Eldorado Celulose. A obra havia sido embargada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pelo Porto de Santos. Ele relatou que Temer teria tomado nota das informações. Poucos dias depois, Ricardo Saud foi comunicado por um diretor da Eldorado de que a obra havia sido liberada.

O Globo – André de Souza

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