'Decisão judicial que não é definitiva': CD espera Justiça para cravar adiamento de eleição
Pleito era previsto para 14 de dezembro, mas Santa Cruz tenta recorrer de decisão que inviabiliza postergação para realocar data para fevereiro
Em votação na noite da quinta-feira, o Conselho Deliberativo do Santa Cruz decidiu pelo adiamento das eleições para o dia 10 de fevereiro, após o final da Série C. Ainda assim, porém, isso não garante que o pleito ocorre nesta data, uma vez que, para oficializar a postergação, o clube precisa reverte decisão judicial que prevê o contrário, como afirma o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Paulo Borba.
"O adiamento das eleições para o dia 10 de fevereiro, principalmente por causa da extensão do calendário que a CBF fez em virtude da pandemia. Todas as eleições do Santa Cruz são em dezembro, mas já com todos os campeonatos resolvidos, então, com esse entendimento, o Conselho entendeu que se deve adiar as eleições e o placar foi de 39 a 11. Todavia, existe uma decisão judicial que não é definitiva e o clube está com recurso em andamento. Se a Justiça manter sua decisão, o Santa Cruz fará sua eleição no dia 14 de novembro, de forma presencial".
Questionado sobre a liberdade do Conselho para definir sobre esta pauta, Borba afirmou que o Estatuto do Santa Cruz garante a decisão sobre casos omissos ao órgão. Ele ainda lembrou que, na última vez que houve uma pandemia, o Santa tinha quatro anos de criação e, como clube amador, talvez sequer tivesse um conselho formado à época.
"O Conselho soberano, como a oposição entende que só quem pode definir isso é uma assembleia de sócios e não tem como fazer uma assembleia de regime de pandemia, porque a lei não permite, só seria de forma virtual e não tem como fazer uma assembleia virtual porque você não conhece os sócios, não tem como se identificar. O Santa Cruz se baseou no seu artigo 112 do estatuto vigente que diz que, para assuntos omissos, o Conselho decide".
Outra pauta definida nesta quinta-feira foi a realização do pleito de maneira presencial, sem opção de voto remoto. Após críticas de movimentos de oposição, vendo isso como ilegal, Paulo Borba negou obrigação legal de eleição remota e justificou a opção pelos valores envolvidos.
"É caríssima. Eu tenho um orçamento aqui que passa de R$ 100 mil. A oposição, inclusive, na reunião que antecedeu a de ontem, exigia que uma empresa de segurança digital fosse contratada e o orçamento que nós temos é proibitivo. A gente recebeu um orçamento de uma empresa em R$ 66 mil para realizar as eleições e, ontem, o proprietário dela, como é conselheiro, estava na eleição e disse que abaixava para R$ 50 mil. Mas tem, também, a empresa de segurança que vai auditar essa empresa que faz a votação que tem um orçamento de R$ 40.760,30. Então, ficaria uma eleição por volta de R$ 100 mil”.
Paulo Borba ainda traçou o comparativo entre os valores. “Uma eleição presencial custa de R$ 13 mil a R$ 15 mil, de acordo com o orçamento que nós fizemos. Então porque gastar R$ 50 mil se a gente pode gastar R$ 13 mil? Se a oposição está com dinheiro sobrando, que ela coloque o dinheiro aqui dentro para ajudar a gente a pagar os jogadores, mas não tem condição de fazer eleição virtual. O próprio Sport Club do Recife, que é um clube de Série A, julgou que o valor é o proibitivo, imagina o Santa Cruz, na Série C".
DP
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