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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

SANTA CRUZ - ELIÇÕES NO ARRUDA

'Decisão judicial que não é definitiva': CD espera Justiça para cravar adiamento de eleição

Processo eleitoral no Santa Cruz vive instabilidade (Foto: Rafael Melo/SCFC)



Pleito era previsto para 14 de dezembro, mas Santa Cruz tenta recorrer de decisão que inviabiliza postergação para realocar data para fevereiro


Em votação na noite da quinta-feira, o Conselho Deliberativo do Santa Cruz decidiu pelo adiamento das eleições para o dia 10 de fevereiro, após o final da Série C. Ainda assim, porém, isso não garante que o pleito ocorre nesta data, uma vez que, para oficializar a postergação, o clube precisa reverte decisão judicial que prevê o contrário, como afirma o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Paulo Borba.

"O adiamento das eleições para o dia 10 de fevereiro, principalmente por causa da extensão do calendário que a CBF fez em virtude da pandemia. Todas as eleições do Santa Cruz são em dezembro, mas já com todos os campeonatos resolvidos, então, com esse entendimento, o Conselho entendeu que se deve adiar as eleições e o placar foi de 39 a 11. Todavia, existe uma decisão judicial que não é definitiva e o clube está com recurso em andamento. Se a Justiça manter sua decisão, o Santa Cruz fará sua eleição no dia 14 de novembro, de forma presencial".
Questionado sobre a liberdade do Conselho para definir sobre esta pauta, Borba afirmou que o Estatuto do Santa Cruz garante a decisão sobre casos omissos ao órgão. Ele ainda lembrou que, na última vez que houve uma pandemia, o Santa tinha quatro anos de criação e, como clube amador, talvez sequer tivesse um conselho formado à época.

"O Conselho soberano, como a oposição entende que só quem pode definir isso é uma assembleia de sócios e não tem como fazer uma assembleia de regime de pandemia, porque a lei não permite, só seria de forma virtual e não tem como fazer uma assembleia virtual porque você não conhece os sócios, não tem como se identificar. O Santa Cruz se baseou no seu artigo 112 do estatuto vigente que diz que, para assuntos omissos, o Conselho decide".

Outra pauta definida nesta quinta-feira foi a realização do pleito de maneira presencial, sem opção de voto remoto. Após críticas de movimentos de oposição, vendo isso como ilegal, Paulo Borba negou obrigação legal de eleição remota e justificou a opção pelos valores envolvidos.

"É caríssima. Eu tenho um orçamento aqui que passa de R$ 100 mil. A oposição, inclusive, na reunião que antecedeu a de ontem, exigia que uma empresa de segurança digital fosse contratada e o orçamento que nós temos é proibitivo. A gente recebeu um orçamento de uma empresa em R$ 66 mil para realizar as eleições e, ontem, o proprietário dela, como é conselheiro, estava na eleição e disse que abaixava para R$ 50 mil. Mas tem, também, a empresa de segurança que vai auditar essa empresa que faz a votação que tem um orçamento de R$ 40.760,30. Então, ficaria uma eleição por volta de R$ 100 mil”.

Paulo Borba ainda traçou o comparativo entre os valores. “Uma eleição presencial custa de R$ 13 mil a R$ 15 mil, de acordo com o orçamento que nós fizemos. Então porque gastar R$ 50 mil se a gente pode gastar R$ 13 mil? Se a oposição está com dinheiro sobrando, que ela coloque o dinheiro aqui dentro para ajudar a gente a pagar os jogadores, mas não tem condição de fazer eleição virtual. O próprio Sport Club do Recife, que é um clube de Série A, julgou que o valor é o proibitivo, imagina o Santa Cruz, na Série C".

DP

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