CASO PORTO DE GALINHAS

Prefeita do Ipojuca se reúne com Defesa Social e pede rigor em investigações e ordem pública

A cobrança foi feita pessoalmente ao secretário de Defesa Social de Pernambuco (Rafael Vieira/DP Foto)

Nesta sexta-feira, 1º de abril, a prefeita do Ipojuca, Célia Sales, convocou o Comitê de Crise, composto por 10 secretarias municipais, e se reuniu com o secretário de Defesa Social do Estado, Humberto Freire, para reforçar a cobrança de que o governo cumpra seu papel de restabelecer a segurança no município.

Desde a última quarta-feira (30), quando uma perseguição policial nas comunidades de Socó e Salinas, localizadas em Porto de Galinhas, teve como consequência a morte da menina Heloysa Gabrielly, de seis anos, que o caos se instalou no município. O que inicialmente começou com o protesto da comunidade e pedidos de justiça pela morte da criança, depois se tornou atos de vandalismo atribuído ao comando do tráfico de drogas da região, com tentativas de sitiar toda a área.  

A cobrança feita pessoalmente ao secretário de Defesa Social, além do rigor nas investigações na morte de Heloysa, foi sobre a demora na presença do estado durante o caos instalado na quinta-feira (31), quando ipojucanos e turistas foram tomados pelo terror e perderam o direito de ir e vir. Apenas por volta das 21h, o governo mandou ao município mais de 40 viaturas e três helicópteros. A mesma queixa foi trazida ao secretário pelo deputado estadual Romero Sales Filho e pelo representante do Trade Turístico de Porto de Galinhas, Ulisses Ávila. Ambos estavam presentes na reunião. 

O secretário de Defesa Social do estado, Humberto Freire, explicou que passou o dia de ontem monitorando, com o serviço de inteligência e em contato constante com o secretário de Defesa Social do Ipojuca, Osvaldo Morais, e que à noite enviou o reforço de forma ostensiva para devolver ipojuca aos ipojucanos. “Me coloco à disposição para fazermos mais, fazermos melhor e se necessário for, fazermos diferente. Estamos do mesmo lado”, comentou Freire.

 

Custos com vandalismo 

 

Os estragos causados pelos atos de vandalismo ainda estão sendo calculados pelo município e a prefeita colocou à disposição do secretário do estado, a Central de Monitoramento do Ipojuca para montar uma base da PM no município para ajudar nas investigações da morte da menina Heloysa.